Há milhares de
companheiros nossos que dormem,
indefinidamente, enquanto se
alonga debalde para eles o
glorioso dia de experiência sobre
a Terra.
Percebem
vagamente a produção incessante
da Natureza, mas não se recordam
da obrigação de algo fazer em
benefício do progresso coletivo.
Diante da
arvore que se cobre de frutos ou
da abelha que tece o favo de mel,
não se lembram do comezinho dever
de contribuir para a prosperidade
comum.
De maneira
geral, assemelham-se a mortos
preciosamente adornados.
Chega, porém,
um dia em que se acordam e
começam a louvar o Senhor, em
êxtase admirável...
Isso, no
entanto, é insuficiente.
Há muitos
irmãos de olhos abertos,
guardando, porém, a alma na
posição horizontal da
ociosidade. É preciso que os
corações despertos se ergam para
a vida, se levantem para trabalhar
na sementeira e na seara do bem, a
fim de que o Mestre os ilumine.
Esforcemo-nos
por alertar os nossos companheiros
adormecidos, mas não olvidemos a
necessidade de auxiliá-los no
soerguimento.
É
imprescindível saibamos
improvisar os recursos
indispensáveis em auxílio dos
nossos afeiçoados ou não que
precisam levantar-se para as
bênçãos de Jesus.
Não basta
recomendar.
Quem receita
serviço e virtude ao próximo,
sem antes preparar-lhe o
entendimento, através do
espírito de fraternidade,
identifica-se com o instrutor
exigente que reclama do aluno
integral conhecimento acerca de
determinado e valioso livro, sem
antes ensiná-lo a ler.