Informação
divulgada pelo jornal Gazeta do
Povo, de Curitiba, revela que,
quando o assunto é adoção de
crianças, o Brasil é o campeão
da informalidade. Estima-se que
metade das adoções são feitas
no país sem a intermediação da
Justiça, ou seja, os pais acolhem
uma criança, geralmente quando
ainda bebê, e a registram como se
fosse seu filho natural.
Não lhes
faltam amor e carinho, mas nem
sempre a verdade é revelada,
porque muitos, a rigor, não têm
certeza se devem fazê-lo.
Entrevistada
pelo referido periódico, a
psicóloga e professora Lidia
Natalia Dobrianskyj Weber, da
Universidade Federal do Paraná,
foi taxativa: "A primeira regra
ética de uma família que
adotou alguém é a verdade, ou
seja, o filho adotivo deve saber
desde o começo que foi adotado".
"Não deve existir - explica
a professora Lidia - um momento
especial para contar, mas o
assunto deve ser colocado na
família e para a criança de
maneira aberta, até mesmo antes
de sua linguagem verbal
formal."
A proposta da
psicóloga curitibana coincide com
o ensinamento transmitido por
Emmanuel há mais de trinta anos.
A mensagem, que
se intitula "Filhos Adotivos",
integra o cap. 5 do livro Astronautas
do Além, publicado pelo GEEM
– Grupo Espírita Emmanuel S.C.
Editora. Nela, o conhecido mentor
de Chico Xavier revela que existem
vínculos do pretérito muito
fortes entre o casal que adota e o
filho adotado. A adoção dessa ou
daquela criança não é, como se
poderia supor, obra do acaso, e é
por isso que a verdade deve desde
cedo ser revelada.
Recomenda,
então, o nobre instrutor
espiritual: "... se tens na
Terra filhos por adoção,
habitua-te a dialogar com eles,
tão cedo quanto possível, para
que se desenvolvam no plano
físico sob o conhecimento da
verdade. Auxilia-os a reconhecer,
desde cedo, que são agora teus
filhos do coração, buscando
reajustamento afetivo no lar, a
fim de que não sejam
traumatizados na idade adulta por
revelações à base da
violência, em que freqüentemente
se lhes acordam no ser as
labaredas da afeição possessiva
de outras épocas, em forma de
ciúme e revolta, inveja e
desesperação".