LEONARDO MACHADO
leo@leonardomachado.com.br
e
www.leonardomachado.com.br
Recife, Pernambuco
(Brasil)
O mínimo e o máximo
A olhos vistos, a
corrupção e a devassidão
vêm crescendo.
Por causa delas muitos
povos sucumbiram no
passado e o farão, por
certo, no futuro. Por
suas influências
deletérias, muitos
governantes perderam
suas capacidades de
ajuizarem o bem e o mal,
vislumbrando, tão
somente, o domínio do
egocentrismo.
Como seja, o fato é que,
desde todos os tempos,
esse binômio, filho
dileto do egoísmo, vem
fazendo morada nos
corações dos seres, das
sociedades e das
relações.
Nada obstante, inúmeros
indivíduos, muito mais
por suas atitudes do que
pelas suas palavras,
deram, dão e darão suas
parcelas de exemplo que
ecoaram, ecoam e ecoarão
pelos ventos como
verdadeiros gritos de
esperança.
Apesar disso, não se
pode negar que, para não
se correr o risco de ser
nefelibático em demasia,
a desonestidade, ainda,
teima em existir.
Certamente, a conduta
reprochável é mais
evidente quando faz
morada em grandes
proporções e em altos
escalões da sociedade, o
máximo, muitos deles os
quais deveriam zelar
pelas atitudes
moralizadas pela ética
de princípios salutares.
Nesses casos,
indubitavelmente, os
eixos norteadores dos
direitos humanos se
responsabilizam a dar
outros rumos em direções
mais benéficas. Ou, ao
menos, esforçam-se para
tal.
Entretanto, é preciso
convir que, no dia-dia,
em proporções menores,
em o mínimo, muitos
indivíduos se demoram, a
expensas de
justificativas pueris,
em atitudes execráveis.
Em tais ocasiões, porém,
os direitos dos homens,
quase sempre, caem
vencidos no
esquecimento. E, sendo
assim, só algo interno
às consciências, tem
condições de modificar
os cominhos. Tais
direitos são aqueles
lapidados pelas Leis de
Deus. Como, contudo, não
se pode, neste campo,
impor de fora para
dentro, mas, apenas,
inversamente, em
conquistas pessoais de
engrandecimento pessoal,
acha-se, por enquanto,
muitos desvios de
condutas.
Neste particular,
começa-se a entender que
“o máximo” que se pode
efetuar é sempre um
espelho de “o mínimo”. A
sociedade se torna um
reflexo do núcleo
familiar. As atitudes
dos mais altos
governantes se mostram
como sendo um refletir
daqueles que ocupam,
mesmo que ínfimos,
cargos de chefia. A
violência urbana se
apresenta como um
espectro das pressões
agressivas internas dos
indivíduos.
Foi com toda
propriedade, então, que
Jesus obtemperou que
“quem é honesto nas
coisas mínimas é honesto
também no muito; e quem
é desonesto em coisas
mínimas é desonesto
também no muito. Se não
administrardes fielmente
as riquezas vãs, quem
vos confiará os bens
verdadeiros?”
(1)
O Cristo enunciara tais
palavras logo após ter
contado a parábola do
feitor desonesto que
havia agido erradamente
para com as terras
pertencentes ao seu
senhor e que,
momentaneamente,
administrava.
Todos nós, igualmente,
independente das
decisões e das ações
alheias, somos
administradores, quer
seja das nossas
palavras, do nosso
corpo, da nossa vida ou
de locais em que estamos
à frente. Desse modo,
como poderemos fazer o
máximo se não damos
conta do mínimo?
Sendo assim, Jesus nos
alerta, dizendo-nos: “Dá
conta da tua
administração”.
(2)
E, com isso, faz-nos um
convite ao caminho da
retidão em nossas
variadas administrações,
quer sejam elas mínimas
ou máximas.
Referências: