Édson nos pergunta: “É
verdade que o Alcorão
foi escrito
mediunicamente?”
Sim. Foram os dons
mediúnicos de Maomé que
o levaram
a escrever o Alcorão.
Quando ele contava 40
anos, o anjo Gabriel lhe
apareceu no monte Hira
mostrando-lhe um livro
que o aconselhou a ler.
Três vezes Maomé
resistiu a essa ordem e
só para escapar ao
constrangimento sobre
ele exercido é que
consentiu em o ler. Ele
disse então haver
sentido “que um livro
tinha sido escrito em
seu coração”.
Profundamente perturbado
com sua visão e de volta
ao monte Hira, presa da
mais viva agitação,
julgou-se ele possuído
por Espíritos malignos e
ia precipitar-se do alto
de um rochedo quando uma
voz se fez ouvir: “Ó
Maomé! tu és enviado de
Deus; eu sou o anjo
Gabriel!”
Levantando os olhos, ele
viu então o conhecido
anjo sob forma humana,
que desapareceu pouco a
pouco no horizonte. Essa
visão aumentou-lhe a
perturbação, embora sua
esposa se esforçasse por
acalmá-lo. Varaka, primo
dela, pessoa afamada por
sua sabedoria,
explicou-lhe: “Se o que
acabas de dizer é
verdade, teu marido foi
visitado pelo grande
Nâmous, que outrora
visitou Moisés; ele será
profeta deste povo”.
A missão de Maomé não
foi, pois, um cálculo
premeditado de sua
parte, porque ele mesmo
só se convenceu depois
de nova aparição do
anjo.
O Alcorão – livro
sagrado dos muçulmanos -
não é uma obra escrita
por ele de cabeça fria e
de maneira continuada,
mas o registro feito por
seus amigos das palavras
que pronunciava quando
inspirado, diríamos
melhor: mediunizado.