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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 19 - 22 de Agosto de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Os Mensageiros
André Luiz
(7ª Parte)

Continuamos a apresentar o texto condensado da obra Os Mensageiros,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual dá seqüência à série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Que diferença existe, na vida espiritual, entre os que dormem, os que estão loucos e os que sofrem?

R.: Foi Aniceto quem explicou a André Luiz a diferença existente, na vida espiritual, entre os que dormem, os que estão loucos e os que sofrem. Em "Nosso Lar" não havia nenhum Espírito situado no primeiro caso, que é o mais grave. Ele mostrou então que os que gemem e sofrem, em qualquer parte, estão melhorando. "Toda lágrima sincera é bendito sintoma de renovação", disse o instrutor. (Os Mensageiros, cap. 27, pp. 144 a 148.)

B. Onde vivia Bacelar e como ele chegou ao Posto?

R.: Bacelar vivia na colônia "Campo da Paz" e chegou ao Posto em um belo carro, tirado por dois soberbos cavalos brancos. (Obra citada, cap. 28, págs. 149 a 153.)

C. Onde fica e quando surgiu a colônia Campo da Paz?

R.: "Campo da Paz" localiza-se numa região inferior próxima da Crosta terrestre, e foi fundada há mais de dois séculos por benfeitores espirituais que pretendiam criar um instituto de socorro imediato aos que são surpreendidos com a morte física, em estado de ignorância ou de culpas dolorosas.  (Obra citada, cap. 29, pp. 154 a 158.)

D. Quantos reencarnações Campo da Paz prepara por dia?

R.: Em média, 15 a 20 reencarnações diárias.  (Obra citada, cap. 30, págs. 162 e 163.)  

Texto para leitura

39. Cooperador com saudade do lar - Alonso, um velhinho de humilde expressão, pede notícias a Alfredo sobre seus familiares. Ele responde dizendo que sua viúva continua acabrunhada e os filhos, ansiosos, por motivo da ausência paterna. Revelando a saudade que sente da família, Alonso deseja permissão para visitá-los. Alfredo não nega, mas mostra a inconveniência do pedido, relatando uma experiência ocorrida com dois trabalhadores daquele Posto, que foram rever as viúvas e abraçar os filhinhos, e nunca mais voltaram, tanto que se envolveram nos pesados fluidos do clima doméstico. Estavam lá como pássaros aprisionados pelo visgo das tentações. Alfredo temia que acontecesse com ele a mesma coisa e Alonso desistiu do pedido. (Cap. 26, págs. 140 a 143) 

40. O caso Paulo - Ele parecia um louco fundamente irritado, em seu quarto. Quando André abriu a porta, Paulo fixou nele seu olhar inexpressivo e gritou estentoricamente. Aniceto adiantou-se e cumprimentou-o, atencioso: - "Como vai, Paulo?" O enfermo aquietou-se. Aniceto aproveitou o ensejo para mostrar a diferença existente, na vida espiritual, entre os que dormem, os que estão loucos e os que sofrem. Em "Nosso Lar" não há nenhum Espírito situado no primeiro caso, que é o mais grave. Ele mostrou então que os que gemem e sofrem, em qualquer parte, estão melhorando. "Toda lágrima sincera é bendito sintoma de renovação", disse o instrutor. Paulo é, naquele momento, um doente a caminho de melhora positiva. Embora não possua consciência exata de sua situação, já chora, já padece com as recordações de seu passado triste. Foi ele o autor da calúnia que destruiu o lar de Ismália e Alfredo, mas seus crimes não se resumiram a isso. Ele envenenou o Espírito doutras senhoras, traiu outros amigos e destruiu a alegria e a paz de outros santuários domésticos. E as imagens de seus crimes povoam a sua mente, em pesadelos constantes. Foi o próprio Alfredo que o trouxe para o Posto, quando Paulo se encontrava em região abismal. Alfredo o trata como irmão e Ismália intercedeu por ele, tendo já preparado sua volta à Terra, na condição de filho de uma de suas vítimas na última existência terrestre. (Cap. 27, págs. 144 a 148)  

41. Visitas - Amigos da colônia "Campo da Paz" chegam à casa de Ismália e Alfredo. É o casal Bacelar e duas jovens, que foram transportados até o Posto em um belo carro, tirado por dois soberbos cavalos brancos. O veículo era quase idêntico aos velhos carros do serviço público do tempo de Luís XV. Do Posto até a colônia a distância era aproximadamente de três léguas. Bacelar tinha a seu cargo a chefia de turmas de assistência a criaturas em lutas na Terra, que nem sempre, por viverem sob véus de profunda ignorância, desejam tal assistência. Além disso, enfrenta também o "desculpismo" dos encarnados que prometem trabalhar, quando estão na erraticidade, mas não assumem suas obrigações, quando estão na Crosta. (Cap. 28, págs. 149 a 153)

42. "Campo da Paz" - Com o casal Bacelar também vieram em visita ao Posto de Socorro Cecília, filha do casal, e Aldonina, sobrinha. Cecília sonha com uma visita a "Nosso Lar", mas, para consegui-lo, é preciso atender a algumas obrigações importantes. A colônia "Nosso Lar" é muito avançada, comparativamente com "Campo da Paz". Seus Ministérios são verdadeiras universidades de preparação espiritual; daí a vontade imensa que a jovem tem de conhecê-la. "Campo da Paz", localizada em plena região inferior, foi fundada há mais de dois séculos por benfeitores espirituais que pretendiam criar um instituto de socorro imediato aos que são surpreendidos na Crosta com a morte física, em estado de ignorância ou de culpas dolorosas. Mas nem os Espíritos evolvidos estimam trabalhar lá. O trabalho é meritório, mas as aquisições são lentas. Bacelar ali se encontra há mais de cinqüenta anos, depois de ter sido socorrido na própria colônia. Sua esposa reuniu-se a ele mais tarde e, vinte anos atrás, Cecília e Aldonina foram atraídas à colônia, para ali dar continuidade ao lar terrestre. No momento, Cecília aguardava a chegada de alguém que ainda se encontrava encarnado na Terra. (Cap. 29, págs. 154 a 158)  

43. Casamento em "Campo da Paz" - As jovens relatam o caso de Isaura, que se casou em "Campo da Paz", havia três anos, e foi residir em "Nosso Lar", em companhia do esposo, funcionário dos Serviços de Investigação do Ministério do Esclarecimento. Ele morara em "Campo da Paz", mas foi convocado a serviços em "Nosso Lar", razão de ter levado consigo a noiva. Antônio, o noivo, poderia levá-la sem qualquer formalidade, já que se encontrava em posição evolutiva superior à dela. Um dos chefes de serviço na colônia aconselhou, porém, que Isaura se preparasse por seis anos consecutivos em "Campo da Paz", antes da partida definitiva, esclarecendo que, num casamento de almas, é indispensável apurar o enxoval dos sentimentos. Isaura aceitou a sugestão e trabalhou durante todo esse tempo em "Campo da Paz", adquirindo valores culturais e aprimorando o campo do pensamento. (Cap. 30, págs. 159 a 161)  

44. Centro de enfermagem - Há em "Campo da Paz" instituições de entretenimento parecidas com "Nosso Lar", mas, estando muito próxima à Crosta, as tempestades que a atingem obrigam seus moradores a serviços constantes. Lá não existem Ministérios da União Divina e da Elevação. A colônia mais se assemelha a um avançado centro de enfermagem, rodeado de perigos, porque os ignorantes e infelizes a cercam por todos os lados. De dez em dez quilômetros, nas zonas vizinhas à colônia, há Postos de Socorro que funcionam como Instituições de assistência fraternal e sentinelas ativas, ao mesmo tempo. (Cap. 30, págs. 161 e 162)  

45. Assistência à infância - Cecília e Aldonina desenvolvem ali tarefas de assistência junto dos recém-encarnados. "Campo da Paz" prepara, em média, 15 a 20 reencarnações diárias e torna-se imprescindível assistir os companheiros ou tutelados, pelo menos no período infantil mais tenro, que compreende os primeiros sete anos de existência carnal. Elas vão muito à Crosta, mas sempre em grupos, usando as faculdades de volitação, que, no seu caso, são bastante adestradas. (Cap. 30, págs. 162 e 163)

Frases e apontamentos importantes

78. Nem sempre agimos no mundo com a necessária visão; mas aqui é possível sentir, de mais perto, os interesses imperecíveis daqueles que amamos. O sentimento elevado é sempre um caminho reto para nossa alma; todavia, não podemos dizer o mesmo, a respeito do sentimentalismo cultivado no círculo da Crosta. (...) A saudade que fere, impedindo-nos atender à Vontade Divina, não é louvável nem útil. (Alfredo, cap. 26, pág. 140)  

79. Tenho a impressão, Alonso, de que Deus nos deixa sozinhos, por vezes, a fim de refazermos o aprendizado, melhorando o coração. A soledade, porém, quando aproveitada pela alma, precede o sublime reencontro. Além disso, você não deve ignorar que os filhos pertencem a Deus, que cada um deles precisa definir responsabilidades e cogitar da própria realização. (Alfredo, cap. 26, pág. 142)  

80. Os vôos de grande altura pedem asas fortes. (Alfredo, cap. 26, pág. 143)  

81. É necessário reconheçamos que os que gemem e sofrem, em qualquer parte, estão melhorando. Toda lágrima sincera é bendito sintoma de renovação. (Aniceto, cap. 27, pág. 145)  

82. O criminoso nunca consegue fugir da verdadeira justiça universal, porque carrega o crime cometido, em qualquer parte. Tanto nos círculos carnais, como aqui, a paisagem real do Espírito é a do campo interior. Viveremos, de fato, com as criações mais íntimas de nossa alma. (Aniceto, cap. 27, págs. 146 e 147)  

83. O dever possui as bênçãos da confiança, mas a dívida tem os fantasmas da cobrança. (Aniceto, cap. 27, pág. 147)  

84. Não julguem que o marido de Ismália conseguiu essa vitória espiritual tão somente pelo fato de desejá-la. Ele desejou-a, procurou-a, alimentou-a, e, agora, permanece na realização. (Aniceto, cap. 27, pág. 148)  

85. Como vêem, o ensinamento de Jesus, quanto ao "batei e abrir-se-vos-á", é muito extenso. No plano da carne, insistimos à porta das coisas exteriores, procurando facilidades e vantagens; mas, aqui, temos de bater à porta de nós mesmos, para encontrar a virtude e a verdadeira iluminação. (Aniceto, cap. 27, pág. 148) 

86. É indispensável aprender a servir e passar. (Bacelar, cap. 28, pág. 151) 

87. O progresso humano não é uma questão de dias. Não tenhamos ilusões. (Aniceto, cap. 28, pág. 151) 

88. Os doentes comuns, na Terra, muito raramente lembram a medicina preventiva. De modo quase invariável, esperam a positivação das moléstias para buscarem o recurso preciso. Necessitam de anestésicos para o socorro do bisturi. Fogem ao regímen tão logo surja a primeira melhora. Confundem o método de tratamento, apenas se registre o primeiro sinal de cura. Detestam a dor que restabelece o equilíbrio. (Bacelar, cap. 28, pág. 152) 

89. A cooperação dos encarnados é outro problema. A maioria dos irmãos que se propõem ao serviço, partem daqui prometendo, mas gostam de viver descansados, no planeta. Poucos fogem ao estalão comum. Raramente encontramos companheiros encarnados com bastante disposição para amar o trabalho pelo trabalho, sem idéia de recompensa. (...) À força de viciarem raciocínios, confundem igualmente a visão. Enxergam tormentas onde há paisagens celestes, montanhas de pedra onde o caminho é gloriosa elevação. (Bacelar, cap. 28, págs. 152 e 153)  

90. E o "desculpismo"? Nesse terreno de assistência espiritual, verão, um dia, quantos pretextos são inventados pelas criaturas terrestres por fugir ao testemunho da verdade divina, nas tarefas que lhes são próprias. Os mordomos da responsabilidade alegam excesso de deveres, os servidores da obediência afirmam ausência de ensejo. Os que guardam possibilidades financeiras montam guarda ao patrimônio amoedado, os que receberam a bênção da pobreza de recursos monetários aconselham-se com a revolta. Os moços declaram-se muito jovens para cultivar as realidades sublimes, os mais idosos afirmam-se inúteis para servi-las. Os casados reclamam quanto à família, os solteiros queixam-se da ausência dela. Dizem os doentes que não podem, comentam os sãos que não precisam. Raros companheiros encarnados conseguem viver sem a contradição. (Bacelar, cap. 28, pág. 153)  

91. Onde a maioria vive com a bondade, a maldade da minoria tende sempre a desaparecer. "Nosso Lar", portanto, mesmo para os que choram, possui soberanas vantagens espirituais. (Cecília, cap. 29, pág. 155)  

92. Em "Nosso Lar" há muitos Espíritos sofredores, mas em "Campo da Paz", conhecemos muitos Espíritos obsessores. Lá poderá existir muita gente que ainda chora; mas em nosso meio há muita gente que se revolta. É mais fácil remediar o que geme, que atender ao revoltado. (Cecília, cap. 29, pág. 156) (Continua no próximo número.)  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita