Os
Mensageiros
André Luiz
(8ª Parte)
Continuamos a apresentar
o texto condensado da
obra
Os Mensageiros,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira, a qual dá
seqüência à série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. A música é importante
na vida espiritual?
R.: Sim. André Luiz
refere-se em vários
momentos da obra à
utilização da música
como uma prática comum
no mundo espiritual.
(Os Mensageiros, cap. 31
e 32, pp. 164 a 173.)
B. Do Posto à Crosta
como foi a viagem de
André?
R.: André e seus amigos
partiram do Posto de
Socorro, conduzidos em
um pequeno automóvel de
asas, que se deslocava
impulsionado por fluidos
elétricos acumulados. O
pequeno aparelho
conduziu-os por enormes
distâncias, sempre no
ar, mas conservando-se a
reduzida altura do solo.
Quase ao meio-dia,
estacionaram em humilde
pouso, destinado a
abastecimento e
reparação de veículos
como aquele. O automóvel
regressou depois ao
Posto e o grupo fez o
restante do percurso a
pé, consumindo então
quatro horas na
caminhada. (Obra
citada, cap. 33, págs.
174 a 177.)
C. Por que era
necessário que alguém
abrisse a porta para
André poder entrar em
casa de D. Isabel?
R.: A casa de Isabel,
uma residência de
aspecto humilde, era, na
verdade, uma oficina da
colônia “Nosso Lar”
implantada na Terra.
Para entrar na casa foi
preciso, porém, que
alguém abrisse a porta
porque vigorava ali um
sistema vibratório de
vigilância que André
Luiz não conhecia até
então. (Obra citada,
cap. 34, págs. 179 a
181.)
D. Quem era Isabel e
qual o seu vínculo com
“Nosso Lar”?
R.: Viúva de Isidoro,
desencarnado três anos
antes, Isabel e o marido
saíram de "Nosso Lar",
mais de quarenta anos
atrás, com a tarefa de
edificar aquela oficina.
Isidoro e ela
continuavam
estreitamente unidos.
Graças aos seus méritos,
ele tivera permissão
para continuar na casa
como esposo amigo, pai
devotado, sentinela
vigilante e trabalhador
fiel. Isabel era
portadora de grande
vidência psíquica e a
casa-oficina era um
posto de serviço que
estava sempre quase
repleto de entidades
evolvidas, com tarefas
definidas junto à
Crosta. (Obra citada,
cap. 34, págs. 181 a
183.)
Texto para leitura
46. Salão de
Música - Luzes
de um azul doce e
brilhante iluminavam um
grande recinto. Um grupo
formado por 80 crianças,
meninos e meninas,
executava linda canção:
50 tangiam instrumentos
de corda e 30 cantavam,
em coro. Era uma
barcarola que André
nunca ouvira no mundo.
Cecília, filha do casal
Bacelar, executa depois,
no órgão, uma melodia de
Bach, acompanhada pelas
crianças. Em seguida,
ela canta,
acompanhando-se ao
órgão, uma canção que
parecia sair-lhe das
profundezas do coração,
na qual lembra com
saudade Hermínio, seu
amado de outras eras,
que ela nunca esquece.
(Cap. 31, págs. 164 a
167)
47. A
música de Ismália
- A pedido de Aniceto, a
esposa de Alfredo
executa no órgão uma
canção de sua esfera.
Ela não cantava, apenas
tocava, mas havia no
seio da música uma prece
que atingia o sublime,
oração que André não
escutava com os ouvidos
mas recebia na alma,
através de vibrações
sutis, como se o
melodioso som estivesse
impregnado do verbo
silencioso e criador.
Ismália glorificava o
Senhor de maneira
diferente, inexprimível
na linguagem humana, que
tocava as recônditas
fibras do coração de
todos que a ouviam.
Luzes jorravam do Alto
sobre a fronte de
Ismália, envolvendo-a
num arco irisado de
efeito magnético. Belas
flores azuis partiam de
seu coração,
espalhando-se sobre os
ouvintes. Ao tocá-los,
desfaziam-se como se
feitas de cariciosa
bruma anilada. As flores
fluídicas
multiplicavam-se, sem
cessar, no ambiente e
penetravam a todos, como
pétalas constituídas
apenas de colorido
perfume. Aniceto
explicou então que a luz
que jorrou sobre Ismália
é a mesma que verte do
plano superior para
todos, mas a melodia, a
prece e as flores
constituíam sublime
criação daquela alma
santificada. (Cap. 32,
págs. 169 a 173)
48. Um automóvel
singular -
Aniceto e seus amigos
partiram do Posto de
Socorro, conduzidos em
um pequeno automóvel de
asas, que se deslocava
impulsionado por fluidos
elétricos acumulados. O
pequeno aparelho
conduziu-os por enormes
distâncias, sempre no
ar, mas conservando-se a
reduzida altura do solo.
Quase ao meio-dia,
estacionaram em humilde
pouso, destinado a
abastecimento e
reparação de veículos
como aquele. O automóvel
regressaria ao Posto e o
grupo faria o restante
do percurso a pé. (Cap.
33, págs. 174 e 175)
49. Uma viagem
difícil - Do
pouso de abastecimento
até a Crosta seriam
quatro horas de
caminhada. A paisagem
era muito fria e
diferente. O caminho não
era trevoso, mas muito
escuro e nevoento. A
atmosfera tornara-se
densa, alterando-lhes a
respiração. Sombras os
rodeavam: eram
resultantes das emissões
vibratórias da
Humanidade encarnada –
ainda bastante inferior,
em sua maioria – bem
como dos resíduos
escuros, de matéria
mental dos encarnados e
desencarnados de baixa
condição. A caminhada
foi pesada e dolorosa.
Monstros, que fugiam à
aproximação do grupo,
escondendo-se no fundo
sombrio da paisagem,
eram indescritíveis.
Somente duas horas
depois é que a luz do
Sol apareceu, como se
fosse madrugada clara. O
espetáculo era
magnífico. Calor brando
começou a revigorar
André e seus
companheiros. Aniceto
explicou que eles
estavam agora entrando
na zona de influenciação
direta da Crosta e
poderiam utilizar a
volitação, utilizando
seus conhecimentos de
transformação da força
centrípeta. A luz que os
banhava resultava do
contacto magnético entre
a energia positiva do
Sol e a força negativa
da massa planetária.
(Cap. 33, págs. 175 a
177)
50. Contacto com o
mar - Como André
e Vicente estavam
exaustos, o grupo
abeirou-se do mar, para
um exercício
respiratório necessário.
O esforço havia sido
significativo. A noite
estava começando e eles
rumaram então para uma
casa modesta, que servia
como refúgio terrestre
da colônia "Nosso Lar".
(Cap. 33, pág. 178)
51. Uma oficina de
"Nosso Lar" - O
cenário nas ruas do Rio
de Janeiro era
surpreendente aos olhos
de André Luiz.
Desencarnados de ordem
inferior seguiam os
passos de transeuntes
vários, ou a estes se
grudavam, em abraço
singular. Muitos
dependuravam-se em
veículos. Alguns, em
grupos, vagavam pelas
ruas, formando
verdadeiras nuvens
escuras que houvessem de
repente baixado ao solo.
O número de entidades
inferiores, invisíveis
aos nossos olhos, não
era menor que o de
encarnados. André tinha
a impressão de estar
mergulhado num oceano de
vibrações muito
diferentes, onde
respirava com
dificuldade. Na verdade,
segundo Aniceto
explicou, essas penosas
sensações experimentadas
por Vicente e André
decorriam do fato de ser
aquela a primeira vez
que eles desciam à
Crosta em serviço de
análise mais intenso.
Foi assim que o grupo
chegou, entre 18 e 19
horas, à casa de Isabel,
uma residência de
aspecto humilde, que,
entretanto, estava
lindamente iluminada por
clarões espirituais,
como a lembrar a colônia
"Nosso Lar". A casa era,
na verdade, uma oficina
da colônia implantada na
Terra. Para entrar na
casa singela, foi
preciso que alguém
abrisse a porta. André
diz que isso não sucedia
quando ele ia à sua
antiga residência
terrestre. As portas
fechadas ali não lhe
ofereciam obstáculos. Na
casa de Isabel vigorava,
porém, um sistema
vibratório de vigilância
que ele não conhecia,
até então. (Cap. 34,
págs. 179 a 181)
52. A
senhora Isabel
- A casa era chefiada
por Isabel, viúva de
Isidoro, desencarnado
três anos antes. O casal
saiu de "Nosso Lar",
mais de quarenta anos
atrás, com a tarefa de
edificar aquela oficina.
A viúva, na faixa dos 40
anos mais ou menos,
vivia com uma filha de
16 anos, um rapaz de 12
e mais três crianças de
9, 7 e 5 anos de idade.
Isidoro e a esposa
continuavam
estreitamente unidos.
Graças aos seus méritos,
ele tivera permissão
para continuar na casa
como esposo amigo, pai
devotado, sentinela
vigilante e trabalhador
fiel. Isabel era
portadora de grande
vidência psíquica, mas
apenas percebia uma
vigésima parte dos
serviços espirituais em
que colaborava. Aniceto
explicou que o
conhecimento exato da
paisagem espiritual, em
que vivia, talvez lhe
prejudicasse a
tranqüilidade, visto que
a casa-oficina era um
posto de serviço que
estava sempre quase
repleto de entidades
evolvidas, com tarefas
definidas junto à
Crosta. (Cap. 34, págs.
181 a 183)
Frases e apontamentos
importantes
93. A influência da
Humanidade encarnada em
nosso núcleo de serviço
é vigorosa e inevitável.
(Cecília, cap. 29, pág.
156, referindo-se à
colônia "Campo da Paz")
94. Se o casamento
humano é um dos mais
belos atos da existência
na Terra, por que
deixaria de existir
aqui, onde a beleza é
sempre mais
quintessenciada e mais
pura? (Cecília, cap. 30,
pág. 160)
95. Para possuirmos aqui
essa ventura, é preciso
ter amado na Terra,
movimentando os mais
nobres impulsos do
espírito. Para colher os
júbilos dessa natureza,
é necessário ter amado
com alma. Os que se
consagram exclusivamente
aos desejos do corpo,
não sabem amar além da
forma, são incapazes de
sentir as profundas
vibrações espirituais do
amor... (Aldonina, cap.
30, pág. 160)
96. Num casamento de
almas, é indispensável
apurar o enxoval dos
sentimentos. (Cecília,
cap. 30, pág. 161)
97. Nossos instrutores
afirmam sempre que tudo
de bom deve aguardar do
destino quem saiba
servir ao bem e
trabalhar com esperança.
(Aldonina, cap. 30, pág.
161)
98. No trabalho de
assistência aos outros e
defesa de nós mesmos,
não podemos dispensar a
prática avançada e justa
da cooperação sincera.
(Cecília, cap. 30, pág.
163)
99. A música elevada é
sublime em toda parte.
(Ismália, cap. 31, pág.
165)
100. Devotar-se não é
crime... O amor é luz de
Deus, ainda mesmo quando
resplandeça no fundo do
abismo. (Ismália, cap.
31, pág. 168)
101. Cada um de nós
traz, nos caminhos da
vida, os arquivos de si
mesmo. Enquanto os maus
exibem o inferno que
criaram para o íntimo,
os bons revelam o
paraíso que edificaram
no próprio coração.
(Aniceto, cap. 32, pág.
173)
102. Todo aquele que
opere, e coopere de
espírito voltado para
Deus, poderá aguardar
sempre o melhor. Não é
promessa de amizade. É
lei. (Aniceto, cap. 33,
pág. 175)
103. Infelizmente, as
emissões vibratórias da
Humanidade encarnada são
de natureza bastante
inferior, em nos
referindo à maioria das
criaturas terrestres, e
estas regiões estão
repletas de resíduos
escuros, de matéria
mental dos encarnados e
desencarnados de baixa
condição. (Aniceto, cap.
33, pág. 175)
104. Agradeçamos ao
Senhor dos Mundos a
bênção do Sol! Na
Natureza física, é a
mais alta imagem de Deus
que conhecemos. Temo-lo,
nas mais variadas
combinações, segundo a
substância das esferas
que habitamos, dentro do
sistema. (...)
Entretanto, é sempre o
mesmo, sempre a radiosa
sede de nossas energias
vitais! (Aniceto, cap.
33, págs. 176 e 177)
105. A luz que nos banha
resulta do contacto
magnético entre a
energia positiva do Sol
e a força negativa da
massa planetária.
(Aniceto, cap. 33, pág.
177)
106. A eficiência do
auxílio necessita
educação persistente.
Não seria possível
ajudar alguém,
prendendo-nos a
fraquezas de qualquer
espécie. (...) Diversos
companheiros adiam
nobres realizações, em
virtude das
manifestações de
injustificável receio.
(Aniceto, cap. 34, pág.
180)
107. O acaso não define
responsabilidades nem
atende à construção
séria. A edificação
espiritual pede esforço
e dedicação. Assim como
os navios do mundo
necessitam de âncoras
firmes para atenderem
eficientemente à sua
tarefa nos portos,
também nós precisamos de
irmãos corajosos e
abnegados que façam o
papel de âncoras entre
as criaturas encarnadas,
a fim de que, por elas,
possam os grandes
benfeitores da
Espiritualidade Superior
se fazerem sentir entre
os homens ainda
animalizados, ignorantes
e infelizes. (Aniceto,
cap. 34, pág. 183)(Continua
no próximo número.)