São errantes,
isto é, estão na
erraticidade,
todos os
Espíritos que
têm caminho a
percorrer nas
lutas da
evolução
Erraticidade é o
nome que
adotamos para
indicar o tempo
que o Espírito,
terminada uma
experiência
encarnatória,
aguarda para
reencarnar-se de
novo. Significa
período de tempo
entre uma
existência que
terminou e outra
que se estará
iniciando. Não
se refere a
lugar, mas a
tempo. Alguns
metapsiquistas
importantes,
estudiosos da
reencarnação,
utilizam o termo
intermissão,
em vez de
erraticidade. O
Espírito,
durante esse
tempo, não está
à toa. Ele está
vivendo sua vida
normal de
espírito. Está
estudando,
preparando-se,
aprendendo,
convivendo com
outros Espíritos
enquanto a hora
do novo mergulho
na carne não
chega. Dizemos,
portanto que
todos os
Espíritos
sujeitos a novas
encarnações –
reencarnações,
portanto,
aguardam-nas na
chamada
erraticidade.
Erraticidade é,
portanto, tempo
de espera. Seria
a “fila da
reencarnação”. E
é uma senhora
fila. Sobretudo
hoje, quando os
casais se
recusam,
insistentemente,
a dar acolhida
aos filhos que
querem nascer.
Na França, por
exemplo, havia o
risco de os
franceses
desaparecerem do
mapa. Mulher
francesa ter
filhos?! Nem
pensar! De
repente, o
governo de lá
viu que devia
fazer alguma
coisa. E
ofereceu
incentivo às
mães que
resolvessem
abrir a porta da
fecundação. Era
necessário que
nascessem novos
bebês, senão, do
povo francês,
não restaria nem
semente.
Na China, há
muito tempo,
sofre
conseqüências
sérias o casal
que tenha mais
de um filho.
Filhas, lá,
tempos atrás,
nem por decreto.
Hoje estão os
chineses com um
problema sério:
não há mulheres
suficientes para
atender ao
anseio de
casamento dos
rapazes. Falta
mulher. Há mais
homens que
mulheres.
Na Itália, na
Alemanha, nos
Estados Unidos,
também, não é
fácil nascer.
Coisa de gente
rica. Ou de
economista. Ou
até de ministro
da saúde, ás
vezes. Nasce
muito é onde a
pobreza é farta.
Rico não quer
trabalho, nem
problema, nem
muita gente por
perto! Quer é
gozar a vida!
Pois bem: sobre
esse tempo de
espera já
aprendemos
algumas coisas.
É sobre essas
coisas que vamos
conversar um
pouco hoje. Por
exemplo:
1
– Reencarna o
Espírito, logo
depois de se
haver separado
do corpo, isto
é, uma
encarnação pode
ocorrer
imediatamente
após o término
de outra que a
antecedeu? (Há
pouco tempo uma
novela da Rede
Globo de
Televisão - Alma
Gêmea -
apresentou uma
cena em que
sugeria ter
acontecido
exatamente
isso.)
–
Imediatamente,
não. Há uma
impossibilidade
natural. No
período de nove
meses em que o
bebê está se
formando no seio
da mãe, o
Espírito que
fornece a matriz
do corpo que se
forma, tem que
estar presente,
já em condições
de participar do
processo; livre,
portanto, dos
resíduos que
ainda estaria
carregando da
experiência
anterior. A
literatura
especializada
registra casos
que sugerem a
ocorrência de
períodos muito
curtos de
intermissão. Não
são comuns, mas
existem.
2
– De
quanto tempo
podem ser esses
intervalos entre
uma encarnação e
outra?
–
Muito variados.
Desde poucos
meses até
milhares de
anos. Não há
limite extremo
estabelecido
para esse estado
de espera, que
pode
prolongar-se
muitíssimo, mas
que nunca é
perpétuo. Cedo
ou tarde, o
Espírito terá
que volver a uma
existência
apropriada a
purificá-lo das
máculas de
existências
precedentes. A
duração é uma
conseqüência do
livre arbítrio.
Não há pressa. É
preciso que haja
o convencimento
do Espírito para
que ele próprio
se decida a
aceitar
reencarnar-se.
Excetuam-se os
casos de
reencarnação
compulsória,
também não muito
comuns.
Hernani
Guimarães
Andrade,
examinando
diversos casos
de reencarnação
colhidos por
pesquisadores de
renome
internacional, e
baseando-se em
informações de
Emmanuel,
registradas no
livro Roteiro,
psicografado por
Francisco
Cândido Xavier,
deduz,
matematicamente,
que o tempo
médio de
intermissão para
os casos
pesquisados foi
de 250 anos,
indicando uma
média de quatro
encarnações por
milênio!. Mas
sugere que, com
o crescimento da
população
encarnada, esse
tempo médio,
evidentemente,
se tornará
menor.
3
– Há alguma
conotação entre
“estado de
erraticidade” e
“inferioridade
espiritual”?
–
Não. Nenhuma.
Dizemos que são
errantes, isto
é, estão na
erraticidade,
todos os
Espíritos que
têm caminho a
percorrer nas
lutas da
evolução.
Somente os
Espíritos puros,
porque já
chegaram lá,
estão fora do
grupo de
Espíritos
errantes. Até os
Espíritos
Superiores que,
segundo Kardec,
já atingiram a
penúltima classe
da escala
analisada nas
questões 100 e
seguintes de
O Livro dos
Espíritos,
até eles, estão
na fila da
reencarnação;
são, pois,
Espíritos
errantes,
também.