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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 22 - 14 de Setembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Os Mensageiros
André Luiz
(Parte 10)

Continuamos a apresentar o texto condensado da obra Os Mensageiros,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual dá seqüência à série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Há outras oficinas de trabalho na Crosta?

R.: Sim. Existem muitas oficinas de "Nosso Lar" e de outras colônias espirituais, como aquela, no Rio de Janeiro e noutras cidades do país. (Os Mensageiros, cap. 39, págs. 204 a 207.)

B. Como será a medicina do futuro?

R.: Na medicina do futuro, o homem terreno será considerado em sua natureza psicofísica. Segundo o instrutor Aniceto, no capítulo das moléstias não podemos considerar somente a situação fisiológica do homem, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. Chegará um dia – diz ele - em que a medicina da alma absorverá a medicina do corpo, porquanto no que concerne à cura real é preciso reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito. (Obra citada, cap. 40, págs. 210 a 213.)

C. Que lições podemos colher do caso do carroceiro imprudente?

R.: A primeira lição é saber que mesmo nas estradas de menor movimento existe proteção espiritual. A segunda lição é que a cólera é punida por suas conseqüências. Ao mal segue-se o mal. Ninguém pode educar odiando, nem edificar algo de útil com a fúria e a brutalidade. (Obra citada, cap. 41, págs. 216 a 218.)

D. Por que o nitrogênio é tão importante para o homem?

R.: A importância do nitrogênio na vida humana é tão grande que organismo algum pode viver na Terra sem essa substância. E coisa curiosa! Embora se locomova num oceano de nitrogênio, respirando-o na média de mil litros por dia, o homem não consegue apropriar-se do nitrogênio do ar. Somente as plantas conseguem retirá-lo do solo, fixando-o para o entretenimento da vida noutros seres. Cada grão de trigo é uma bênção nitrogenada para sustento das criaturas; cada fruto da terra é uma bolsa de açúcar e albumina, repleta do nitrogênio indispensável ao equilíbrio orgânico dos seres vivos. Se o homem conseguisse fixar dez gramas, aproximadamente, dos mil litros de nitrogênio que respira diariamente, a Crosta estaria – segundo Aniceto - transformada em um paraíso verdadeiramente espiritual. (Obra citada, cap. 42, pág. 222.)  

Texto para leitura

63. As oficinas de trabalho - Pelo número de trabalhadores espirituais que pernoitaram na casa humilde, André reconheceu a importância daquele núcleo de serviço, tão apagado aos olhos do mundo, registrando ainda que existem muitas oficinas de "Nosso Lar" e de outras colônias espirituais, como aquela, no Rio de Janeiro e noutras cidades do país. (Cap. 39, págs. 204 e 205)

64. Estagiários em serviço - André Luiz fica sabendo que somente alguns cooperadores de Isidoro e Isabel encontram-se em serviço naquele núcleo desde a sua fundação, ocorrida vinte anos atrás. Os demais ali não se demoram em trabalho por mais de dois anos consecutivos. O posto é como uma escola ativa em que todos aprendem muito e as atividades são inúmeras. Vieira e Hildegardo têm, por exemplo, a seu cargo a tarefa de auxiliar os irmãos ignorantes e sofredores que estejam em condições de vir até à casa, para os estudos evangélicos. Mas sua área de ação abrange apenas alguns quarteirões no centro urbano. Outros cooperadores fazem o mesmo trabalho em outros pontos da cidade. É preciso, porém, muito critério e atenção às normas doutrinárias da casa, para que não sejam levados até ali Espíritos ociosos e escarninhos, ou que se aproximam da casa alimentando intenções de natureza inferior. (Cap. 39, págs. 206 e 207)

65. Larvas mentais - Quando se dirigem ao campo, com Aniceto, para um momento de refazimento e descanso, André e Vicente observam manchas escuras na via pública. "São nuvens de bactérias variadas. Flutuam, quase sempre também, em grupos compactos, obedecendo ao princípio das afinidades", explicou Aniceto, que pede que eles observem grandes núcleos pardacentos ou completamente obscuros a envolver certos edifícios. "São zonas de matéria mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa classe de pessoas. Se demorarmos em nossas investigações – diz-lhes Aniceto – , veremos igualmente os monstros que se arrastam nos passos das criaturas, atraídos por elas mesmas..." O instrutor informa ainda que a matéria mental emitida pelo homem inferior tem vida própria, como os corpúsculos microscópicos de que se originam as enfermidades corporais. Falou então da medicina do futuro, em que o homem terreno será considerado em sua natureza psicofísica. No capítulo das moléstias, "não podemos considerar somente a situação fisiológica do homem", disse Aniceto, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. (Cap. 40, págs. 210 a 213)

66. O campo e suas virtudes - Aniceto leva Vicente e André Luiz a um repouso no campo, esclarecendo que, no círculo dos encarnados, em qualquer condição, o campo é o reservatório mais abundante e vigoroso de princípios vitais. Em geral, os cooperadores espirituais estimam o ar da manhã, quando a atmosfera permanece igualmente em repouso, isenta dos glóbulos de poeira convertidos em microscópicos balões de bacilos e de outras expressões inferiores. Na floresta, ao contrário, há uma densidade forte, pela pobreza das emanações, em vista da impermeabilidade ao vento. Aí, o ar costuma converter-se em elemento asfixiante, pelo excesso de emissões dos reinos inferiores da Natureza. Na cidade, a atmosfera é compacta e o ar também sufoca, pela densidade mental das mais baixas aglomerações humanas. O campo é, desse modo, o centro ideal para o repouso necessário. Reina ali a paz relativa e equilibrada da Natureza terrestre, sem a selvageria da mata virgem ou a sufocação dos fluidos humanos. (Cap. 41, págs. 215 e 216)

67. O carroceiro imprudente - Nas vizinhanças via-se grande quantidade de trabalhadores desencarnados que prestam serviços aos reinos inferiores da Natureza, preparando-se, assim, para novas encarnações no mundo. Ocorreu, no entanto, próximo de onde André estava, um fato inusitado. Duas pessoas encarnadas prestavam socorro a um homem ferido, e era grande o número de Espíritos que auxiliavam o pequeno grupo. Tratava-se de um carroceiro que havia recebido a patada de um burro. Uma entidade espiritual interpelou Glicério, perguntando-lhe como ele havia permitido semelhante acontecimento. Glicério tinha a seu cargo a vigilância e a proteção espiritual daquele trecho da estrada. O vigilante desencarnado respondeu explicando que todos os seus esforços foram improfícuos, pela imprudência do carroceiro. O infeliz não tinha o mínimo respeito pelos animais que o auxiliavam a ganhar o pão de cada dia. Não sabia senão gritar, surrar, ferir e tinha a mente fechada às sugestões de agradecimento. Naquele dia, tanto perturbou o pobre muar, tanto o castigou, que pareceu mais animalizado... Quando se tornou quase irracional, pelo excesso de fúria e ingratidão, o auxílio espiritual se tornou ineficiente. Atormentado pelas descargas de cólera do condutor, o burro humilde o atacou com a pata. Que poderia fazer? O superior entendeu perfeitamente o acontecido e deu razão a Glicério. O carroceiro fora punido por si mesmo, recebendo uma lição útil e necessária, decorrente de seus próprios atos. (Cap. 41, págs. 216 a 218)

68. Evangelho no meio rural - Ali mesmo, passado o episódio desagradável, realizou-se o estudo evangélico programado para o dia. Aniceto foi convidado a comentar um trecho do Evangelho. Logo que escolheu a página, o instrutor começou a meditar, enquanto sublimada luz lhe aureolava a fronte. O silêncio era geral. O interesse dos companheiros desencarnados, muito grande, e havia um aspecto imponente e calmo na Natureza. Um rebanho bovino acercara-se do grupo, atraído por forças magnéticas que André não conseguiu compreender. Alguns muares humildes também chegaram e as aves tranqüilizaram-se nas árvores, sem um pio. O ambiente, excetuada a rusticidade natural do campo, lembrava um pouco os salões verdes de "Nosso Lar". Aniceto leu em voz alta e comentou trechos do cap. 8 da Epístola de Paulo aos Romanos, lembrando como o homem tem oposto obstáculos ao desenvolvimento espiritual da Humanidade, com suas vaidades, suas ambições, suas viciações de sentimentos e irresponsabilidade, que geram a miséria, as guerras e todos os males que infelicitam a Humanidade terrena. No final da preleção, o instrutor conclamou todos ao entendimento e à cooperação fraternal. (Cap. 42, págs. 219 a 223)

69. A importância do nitrogênio na vida - Em seus comentários, Aniceto aludiu à importância do nitrogênio na vida humana. Organismo algum – disse ele –  pode viver na Terra sem essa substância, e embora se locomova num oceano de nitrogênio, respirando-o na média de mil litros por dia, não pode o homem apropriar-se do nitrogênio do ar. Somente as plantas conseguem retirá-lo do solo, fixando-o para o entretenimento da vida noutros seres. Cada grão de trigo é uma bênção nitrogenada para sustento das criaturas; cada fruto da terra é uma bolsa de açúcar e albumina, repleta do nitrogênio indispensável ao equilíbrio orgânico dos seres vivos. "Se o homem conseguisse fixar dez gramas, aproximadamente, dos mil litros de nitrogênio que respira diariamente, a Crosta estaria transformada no paraíso verdadeiramente espiritual", acrescentou Aniceto, explicando que mesmo na colônia "Nosso Lar" ainda estamos distantes da grande conquista do alimento espontâneo pelas forças atmosféricas, em caráter absoluto, o que somente ocorrerá mais tarde, com o progresso moral do homem. Quando isso acontecer, o matadouro será convertido em local de cooperação, onde o homem atenderá aos seres inferiores e estes atenderão às necessidades do homem. O Senhor permitir-nos-á, então, pelo menos em parte, a solução do problema técnico de fixação do nitrogênio da atmosfera. (Cap. 42, pág. 222)

Frases e apontamentos importantes

126. Os Espíritos encarnados, tão logo se realize a consolidação dos laços físicos, ficam submetidos a imperiosas leis dominantes na Crosta. Entre eles e nós existe um espesso véu. É a muralha das vibrações. Sem a obliteração temporária da memória, não se renovaria a oportunidade. Se o nosso campo lhes fora francamente aberto, olvidariam as obrigações imediatas, estimariam o parasitismo, prejudicando a própria evolução. (Aniceto, cap. 38, pág. 200)

127. Através das correntes magnéticas suscetíveis de movimentação, quando se efetua o sono dos encarnados, são mantidas obsessões inferiores, perseguições permanentes, explorações psíquicas de baixa classe, vampirismo destruidor, tentações diversas. Ainda são poucos, relativamente, os irmãos encarnados que sabem dormir para o bem... (Aniceto, cap. 38, pág. 203)

128. Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias destruidoras da vida física, quanto as formas caprichosas das sombras que ameaçam o equilíbrio mental. Como vêem, o "orai e vigiai" do Evangelho tem profunda importância em qualquer situação e a qualquer tempo. (Aniceto, cap. 40, pág. 211)

129. Não podemos considerar somente, no capítulo das moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. Ora, se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos, como almas. (Aniceto, cap. 40, pág. 211)

130. No futuro, por esse mesmo motivo, a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alívio. Mas, no que concerne à cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito. (Aniceto, cap. 40, págs. 211 e 212)

131. Por isso, a existência terrestre é uma gloriosa oportunidade para os que se interessam pelo conhecimento e elevação de si mesmos. E, por esta mesma razão, ensinamos a necessidade da fé religiosa entre as criaturas humanas. (...) As ciências e as filosofias preparam o campo; entretanto, a fé que vence a morte, é a semente vital. Possuindo-lhe o valor eterno, encontra o homem bastante dinamismo espiritual para combater até à vitória plena em si mesmo. (Aniceto, cap. 40, pág. 212)

132. Todos precisamos saber emitir e saber receber. Para alcançarem a posição de equilíbrio, nesse mister, empenham-se os homens encarnados e nós outros, em luta incessante. E já que conhecemos alguma coisa da eternidade, é preciso não esquecer que toda queda prejudica a realização, e todo esforço nobre ajuda sempre. (Aniceto, cap. 40, pág. 212)

133. Enquanto os homens, herdeiros de Deus, cultivarem o campo inferior da vida, haverá também criações inferiores, em número bastante para a batalha sem tréguas em que devem ganhar os valores legítimos da evolução. (Aniceto, cap. 40, pág. 213)

134. Os desencarnados, embora não se fatiguem como as criaturas terrestres, não prescindem da pausa de repouso. Em geral, nossas operações, à noite, são ativas e laboriosas. Apenas um terço dos companheiros espirituais, em serviço na Crosta, conserva-se em atividade diurna. (Aniceto, cap. 41, pág. 214)

135. O dia terrestre pertence, com mais propriedade, ao serviço do Espírito encarnado. (...) O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite. (Aniceto, cap. 41, págs. 214 e 215)

136. A Natureza nunca é a mesma em toda parte. Não há duas porções de terra, com climas absolutamente iguais. (...) É forçoso reconhecer, porém, que o campo, em qualquer condição, no círculo dos encarnados, é o reservatório mais abundante e vigoroso de princípios vitais. (Aniceto, cap. 41, pág. 215)

137. O reino vegetal possui cooperadores numerosos. (...) muitos irmãos se preparam para o mérito de nova encarnação no mundo, prestando serviço aos reinos inferiores. O trabalho com o Senhor é uma escola viva, em toda parte. (Aniceto, cap. 41, pág. 216)

138. A cólera é punida por suas conseqüências. Ao mal segue-se o mal. (...) ninguém pode educar odiando, nem edificar algo de útil com a fúria e a brutalidade. (Aniceto, cap. 41, pág. 218)

139. Altamente surpreendido, reparei na grande serenidade do nosso orientador e comecei a compreender que ninguém desrespeita a Natureza sem o doloroso choque de retorno, a todo tempo. (André Luiz, cap. 41, pág. 218)

140. Há milênios a Natureza espera a compreensão dos homens. Não se tem alimentado tão-somente de esperança, mas vive em ardente expectação, aguardando o entendimento e o auxílio dos Espíritos encarnados na Terra... Entretanto, as forças naturais continuam sofrendo a opressão de todas as vaidades humanas. (...) Muitos de vós aqui permaneceis, como em múltiplas regiões do planeta, ajudando a companheiros encarnados, acorrentados às ilusões da ganância de ordem material. (Aniceto, cap. 42, pág. 220)

141. Se o homem conseguisse fixar dez gramas, aproximadamente, dos mil litros de nitrogênio que respira diariamente, a Crosta estaria transformada no paraíso verdadeiramente espiritual. (Aniceto, cap. 42, pág. 222)

142. Ensinemos aos nossos irmãos que a vida não é um roubo incessante, em que a planta lesa o solo, o animal extermina a planta e o homem assassina o animal, mas um movimento de permuta divina, de cooperação generosa, que nunca perturbaremos sem grave dano à própria condição de criaturas responsáveis e evolutivas. (Aniceto, cap. 42, pág. 223) (Continua no próximo número.)  


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita