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Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 23 - 21 de Setembro de 2007

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Reencarnação
Gabriel Delanne
(3a Parte)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como o princípio inteligente se individualiza?

R.: O princípio inteligente individualiza-se, passando pelos diversos graus da espiritualidade. É aí que a alma se ensaia para a vida. (A Reencarnação, cap. III, págs. 64 a 70.)

B. Que é que dá aos tecidos vivos sua especialidade?

R.: É o perispírito, corpo fluídico da alma, que dá aos tecidos vivos sua especialidade. (Obra citada, cap. III,  págs. 67 e 68.)

C. Qual é, dentre os vertebrados, o ser menos desenvolvido?

R.: Os vertebrados menos desenvolvidos são os peixes. Segundo Leuret, o encéfalo está em relação ao peso do corpo, nos peixes, como 1 está para 5.668, nos répteis como 1 para 1.321, nos pássaros como 1 para 212, nos mamíferos como 1 para 186. (Obra citada, cap. III, págs. 71 a 73.)

D. Quem foi o pioneiro nas pesquisas sobre a existência de sinais de inteligência em animais?

R.: O pioneiro nas pesquisas sobre a inteligência em animais foi Wilhelm Von Osten, que desde 1890 percebeu em seu cavalo Hans sinais de inteligência; pouco depois, Hans contava, fazia cálculos e lia. (Obra citada, cap. IV, págs. 75 a 81.)

Texto para leitura

40. Kardec, em "A Gênese", aceita perfeitamente a tese da evolução anímica exposta nesta obra por Delanne. O princípio inteligente individualiza-se, passando pelos diversos graus da espiritualidade: é aí que a alma se ensaia para a vida. (PÁG.  64)

41. As propriedades do perispírito não podem ser adquiridas senão por uma longa série de encarnações terrestres, pois o perispírito organiza seu corpo físico segundo as leis particulares do nosso planeta. (PÁG.  65)

42. Le Dantec entende que a "substância cão" pode viver na "substância ho­mem" e aí se adaptar perfeitamente. Eis de novo a noção de perispírito: é o terreno, no corpo do animal, que dá aos tecidos vivos sua especialidade. Uma artéria pode ser enxertada em outro corpo e aí gozar o papel de veia. Há pois um plano orgânico, e a matéria viva lhe obedece, no sentido de que ela transforma sua função caso lhe imponham viver em outro lugar. As experiên­cias do Dr. Alexis Carrel comprovaram esse pensamento. (PÁGS.  67 e 68)

43. Lamarck e Darwin imaginaram teorias sedutoras para explicar a mutação dos seres. Mas, a verdadeira causa da evolução deve ser procurada nos esfor­ços que o princípio inteligente tem feito para se ir desprendendo das faixas da matéria. (PÁG.  69)

44. A individualidade do princípio pensante não é aparente nas formas infe­riores. Somos obrigados a buscar no reino vegetal o exórdio da evolução aní­mica, porque a forma que as plantas tomam e conservam durante a vida implica a presença de um duplo perispiritual, que preside às trocas. (PÁG.  70)

45. A assimilação do papel representado pelo perispírito a um eletroímã de pólos múltiplos, cujas linhas de força desenhassem não somente a forma ex­terna do indivíduo como o conjunto de todos os sistemas orgânicos, parece passar do domínio da hipótese para o da observação científica. (PÁG.  70)

46. Em 1898, Stanoiewitch apresentou à Academia de Ciências desenhos tomados ao natural que mostram que os tecidos são formados segundo linhas de força nitidamente visíveis. (PÁG.  70)

47. Nos organismos inferiores, o princípio anímico só existe em estado im­pessoal difuso, pois o sistema nervoso não está diferenciado. (PÁG.  71)

48. À medida que o sistema nervoso adquire mais importância, as manifestações instintivas variam e apresentam complexidade maior. (PÁG.  71)

49. Nos vertebrados, tomando por base o desenvolvimento do sistema nervoso e mais particularmente do cérebro, como "criterium" da inteligência, veremos, segundo Leuret, que o encéfalo está em relação ao peso do corpo: nos peixes como 1 está para 5.668, nos répteis como 1 para 1.321, nos pássaros como 1 para 212, nos mamíferos como 1 para 186. (PÁG.  72)

50. O cérebro humano é tão desenvolvido, que nenhum ser pode ser comparado a nós; mas é sobretudo pelas circunvoluções que o cérebro humano difere do cérebro dos outros vertebrados. (PÁG.  73)

51. Em 1912 ficaram conhecidas em Paris as experiências do Sr. Krall, nego­ciante de Elberfeld, que mostraram que  seus cavalos  Muhamed e Zarif,  por meio de um alfabeto convencional,  podiam entreter-se com seu mestre e executar cálculos complicados, inclusive extração de raízes cúbicas. (PÁG.  75)

52. Krall não foi, porém, o pioneiro nessas pesquisas: o precursor foi Wilhelm Von Osten, que desde 1890 percebeu no cavalo Hans sinais de inteligência; pouco depois, ele contava, fazia cálculos e lia. (PÁG.  76)

53. Estando Hans velho e fatigado, decidiu Krall procurar Muhamed e Zarif. Treze dias depois da primeira lição, Muhamed executava pequenas adições e subtrações. Mais tarde, compreendia o francês e o alemão e podia extrair raízes quadradas e cúbicas. (PÁG.  77)

54. Os fatos parecem estabelecer, assim, que o cavalo é realmente inteligente, raciocina e está mais próximo do homem do que supomos. (PÁG.  81)  (Continua na próxima edição.)  
 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita