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Raul Teixeira responde
Ano 1 - N° 23 - 21 de Setembro de 2007

  

Quais são os requisitos necessários aos médiuns que militam na tarefa mediúnica?

Raul Teixeira:  Percebendo que a mediunidade é uma faculdade mental, ela independe de o indivíduo ser nobre ou devasso. Sendo a mediunidade essa luz do Espírito que se projeta através da carne, admitiremos também poder encontrá-la representando a treva do Espírito que escorre através do soma. E exatamente por isso percebemos que o médium deverá ajustar-se, quando deseje servir com o Cristo. Atrelado às forças do bem, ajustar-se ao esforço de vivenciar as lições evangélicas, renovando, gradativamente, os panoramas da própria existência, domando as inclinações infelizes, inferiores, elevando o padrão mental para que sua mentalização se dirija para o sentido nobre, fazendo-o cada vez mais vibrátil nas mãos das Entidades felizes. Logo, os requisitos para o exercício da mediunidade espírita serão o exercício da humildade, de uma humildade que não se converte em subserviência, mas que é a atitude de reconhecimento da grandeza da vida em face da nossa pequenez pessoal; o espírito de estudo, de apercebimento continuado das leis que nos regem, que nos governam.

O médium espírita deverá estar sempre voltado para aumentar o seu patrimônio de conhecimento das coisas, dando-nos conta de que o Espírito da Verdade nos disse ser necessário o amor que assiste, que guarda, que renuncia, que serve, e, ao mesmo tempo, a instrução que, de maneira alguma, representará apenas o diploma acadêmico, mas que é esse engrandecimento do caráter, da inteligência, esse amadurecimento que, muitas vezes, o diploma não confere. Exatamente aí o médium deverá ater-se ao estudo, ao trabalho, à abnegação ao semelhante e nesse esforço estará logrando também subir a ladeira para conquistar a humildade.

Numa colocação feita pelo Espírito Albino Teixeira, através de Chico Xavier, no livro Paz e Renovação, diz ele que o melhor médium para o mundo espiritual não é o que seja portador de múltiplas faculdades, mas é aquele que esteja sempre disposto a aprender e sempre pronto a servir.


Do livro Diretrizes de Segurança, questão 7, Editora Fráter, 3a edição.


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita