Mediunidade - o
cumprimento da
promessa de
Jesus aos
apóstolos
Quando Jesus morreu na
cruz, o desespero tomou
conta dos apóstolos.
Como que Ele,
considerado por eles
como Filho de Deus,
fazedor de milagres, que
havia ressuscitado
mortos, curado cegos e
leprosos, poderia ter
sido morto daquela forma
tão vil e degradante?
Os apóstolos, além de
desesperados, estavam
sem rumo e quase sem fé.
A desconfiança e o medo
da prisão e do possível
fim similar a Jesus
estavam presentes em
cada um deles. O que
fazer agora?
Ao terceiro dia após Sua
morte, Jesus apareceu
aos apóstolos e ficou
com eles durante
quarenta dias, em
situações diversas. Os
Atos dos Apóstolos,
documento que segue aos
Quatro Evangelhos, nos
conta que Jesus
aparecia, ficava algum
tempo com eles, e
desaparecia logo após. E
ficou nesta situação por
quarenta dias. Quando
chegou a hora de Jesus
subir aos Céus, no
quadragésimo dia após o
primeiro aparecimento
após Sua morte, Ele se
reuniu com os apóstolos
e disse: - Não saiam
daqui a nenhum lugar,
pois as virtudes do
Espírito Santo descerão
sobre vocês (Atos,
cap. 1, vers. 4-5).
E Jesus começou a subir
aos céus e desaparecer
da vista dos apóstolos.
Foi quando eles se deram
conta que dois mancebos
de vestes brilhantes
estavam entre eles, sem
saberem quando e como
eles apareceram ali
(Atos, cap. 1, vers.
9-11).
Os Atos dos Apóstolos
não dizem nada mais a
respeito destes homens
de vestes brilhantes,
mas a sua presença ali
deve ter tido uma
repercussão bastante
importante, pois Jesus
tinha ido aos céus
e dois homens de
vestes brilhantes
apareceram do nada
ao lado dos apóstolos. A
presença deles deve ter
sido de capital
importância para a
formação dos apóstolos e
para o futuro da missão
de cada um, pois, se
assim não fosse, este
fato não teria sido
mencionado.
Com os conhecimentos que
hoje trazemos do
Espiritismo, podemos
inferir que estes homens
de vestes brilhantes
seriam Espíritos
materializados de alta
elevação moral, pela
resplandecência de suas
vestes. Podemos alongar
um pouco mais e chegar à
conclusão que eles
vieram para dar
cumprimento à promessa
de Jesus de que o
Espírito Santo iria
descer sobre os
apóstolos.
Os Atos dos Apóstolos
nos dizem que os
apóstolos seguiram a
recomendação de Jesus e
não saíram de Jerusalém
durante todos os
cinqüenta dias do
Pentecoste judaico.
No cap. 2, vers. 1-4,
está escrito que, no dia
final do Pentecostes,
estando os apóstolos
reunidos em um mesmo
lugar, línguas de
fogo desceram sobre
todos eles e que eles
ficaram cheios do
Espírito Santo.
A partir deste momento,
os apóstolos começaram a
fazer milagres
semelhantes ao que Jesus
fazia, curando cegos,
leprosos e doentes de
toda sorte, e sempre
fazendo em nome de
Jesus. Foram estas
maravilhas que eles
fizeram que deram origem
a este movimento
excepcional, fonte
primeira da religião
cristã.
É importante ressaltar
que não encontramos nos
Evangelhos nenhum
milagre ou feito
extraordinário realizado
pelos apóstolos, durante
a vida de Jesus. Como
eles, após a morte de
Jesus e depois dos
quarenta dias da Páscoa
Judaica e após os
cinquenta dias dos
Pentecostes, passaram a
fazer milagres em
conjunto e em quantidade
ilimitada? A nossa
explicação é simples e
ousada: após um
treinamento intensivo de
como desenvolver e
exercitar os diversos
carismas, como o
apóstolo Paulo mais
tarde identificava os
dons que hoje conhecemos
como dons mediúnicos.
E este treinamento teria
sido dado por estes dois
homens de vestes
brilhantes.
Foi o primeiro Curso
Intensivo de
Desenvolvimento
Mediúnico, podemos assim
sugerir, aplicado por
estes Espíritos
materializados. Era o
que faltava aos
apóstolos, pois eles
tinham tido a
comprovação da vida após
a morte, com o
aparecimento do corpo
espiritual de Jesus e
sua manifestação junto a
eles, cujo fato foi
denominado por eles de
ressurreição.
A morte tinha sido
vencida, eles sabiam e
tinham total certeza
disso, era mais do que
fé, era certeza de um
fato consumado. Mas como
levar esta verdades às
pessoas e ao povo em
geral? Somente pelo
testemunho deles não
seria suficiente.
Neste ponto é que veio
se dar a execução do
planejamento da
Espiritualidade
Superior, comandada por
Jesus: a eclosão da
mediunidade e seu uso
intenso pelos apóstolos,
curando e fazendo os
milagres e maravilhas em
nome de Jesus. Para isto
é que vieram aqueles
dois Espíritos
iluminados, que se
condensaram para o
treinamento dos
apóstolos. Entendemos
que assim foi cumprida a
promessa de Jesus aos
seus apóstolos.