ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
A morte não
interrompe a
Vida, antes abre
a porta na sua
direção.
(Joanna de
Ângelis)
(1)
Entendemos com
Jesus, o
vexilário da
sepultura vazia,
que a morte é o
passaporte para
a Vida. Por
isso mesmo Ele
foi muito claro
ao nos convidar
a amealhar
tesouros no Céu
e não na Terra.
(Mt, 6:20.)
Em outra
oportunidade,
Ele disse:
Levantai os
vossos olhos e
vede as terras
que já estão
brancas para a
ceifa.
(Jo, 4:35)
O Mestre não
perdia
oportunidade
para fazer-nos
entender a
transitoriedade
das coisas da
Terra e a
perenidade das
do Céu.
Quando estamos
ergastulados no
casulo somático
temos, por
ancestral
atavismo, nos
ligado mais ao
estômago e ao
sexo. Não
contestamos o
fundamento
sagrado de
ambos,
entretanto, urge
não
estacionarmos
numa ou noutra
expressão...
Eis o lúcido
conselho de
Emmanuel:
Há que se
levantar os
olhos e devassar
zonas mais
altas. É
preciso
acreditar nas
palavras de
Jesus e cogitar
da colheita de
valores novos,
atendendo ao
nosso próprio
celeiro.
Não se resume a
Vida a fenômenos
de nutrição, nem
simplesmente à
continuidade da
espécie.
Laborioso
serviço de
iluminação
espiritual
requisita o
homem.
Valiosos
conhecimentos
reclamam-no a
esferas
superiores.
Verdades eternas
proclamam que a
Vida não
constitui apenas
curto período de
manifestações
carnais na
Terra, que a paz
é tesouro dos
filhos de Deus,
que a grandeza
divina é a
maravilhosa
destinação das
criaturas; no
entanto, para
receber tão
altos dons é
indispensável
erguer os olhos,
elevar o
entendimento e
santificar os
raciocínios.
(2)
O amadurecimento
psicológico vem
da observância
correta das Leis
da Vida, quando
a criatura já
adquiriu
consciência de
si mesma e do
porquê da
existência, não
desconhecendo,
portanto, sua
origem e destino
transcendentais.
Aprendemos com
Joanna de
Ângelis:
(...) Somente a
consciência dos
objetivos da
Vida, em seu
conjunto,
favorece a visão
correta para uma
conduta
existencial
preparadora das
etapas futuras.
Porque a morte
não interrompe a
Vida, antes abre
a porta em sua
direção, é
imprescindível
que a escalada
corporal seja
uma preparação
para a
espiritual e,
por conseguinte,
para a futura
reencarnação.
(1)
Em seguida, a
Mentora Amiga
traça os
normativos da
conduta reta que
nos
possibilitará
amealhar os
Tesouros dos
Céus, fazendo
jus ao
passaporte para
a Vida:
(...) Se desejas
possuir a
integridade da
criatura de bem,
treina os
pequenos
deveres, as
realizações de
significado
modesto. É muito
fácil tornar-se
gigante nas
grandes e
expressivas
realizações.
Entanto, os
verdadeiros
triunfadores
agigantam-se nas
pequenas coisas,
enobrecendo-se
nos lugares de
significado
inexpressivo sem
os quais ruem as
grandiosas
construções e
tornam-se
prejudicados e
impraticáveis os
complexos
projetos.
Apaga-se esse
trabalhador nas
situações de
alta projeção, e
toma
responsabilidade
nos serviços das
horas sem
aparente
significação.
Não é notado
quando presente,
pois que todos
se acostumaram
ao seu
equilíbrio, à
harmonia do
conjunto, no
qual labora, no
entanto, quando
não se encontra,
todos lhe notam
a ausência e
compreendem-lhe
o valor.
O homem íntegro
é fiel ao dever
e nunca deserta.
Ele tem
consciência da
sua utilidade,
que constrói e,
por
conseqüência, é
responsável,
discreto e
operoso.
(1)
Em sublime
peroração
completa
Emmanuel:
(...) Irmão
muito amado...
Olha para o
alto!... Repara
as frondes
imortais,
balouçando-se ao
sopro da
Providência
Divina! Dá-te
aos labores da
ceifa e observa
que, se as
raízes
demoram-se
presas ao solo,
os ramos
viridentes,
cheios de frutos
substanciosos,
avançam no
Infinito, na
direção dos Céus.
(2)
Fontes:
1. Joanna de
Ângelis/Franco,
D.P. “Momentos
de Consciência”
– Capítulo 17.
2.
Emmanuel/Xavier,
F.C. “Vinha de
Luz” – Capítulo
10.