ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Reencarnação
Gabriel Delanne
(6a Parte)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A
Reencarnação, de
Gabriel Delanne, de
acordo com a tradução
feita por Carlos
Imbassahy publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que vinculação existe
entre o sistema nervoso
e o perispírito?
R.: A vinculação entre
um e outro é ampla. O
corpo espiritual, ou
perispírito, é o molde
no qual a matéria física
se incorpora, ou, mais
exatamente, o plano
ideal que contém as leis
organogênicas do ser
humano. Ligado ao corpo
por intermédio do
sistema nervoso, toda
sensação, que abala a
massa nervosa, desprende
essa espécie de energia
a que deram os mais
diversos nomes: fluido
nervoso, fluido
magnético, força
psíquica... Essa energia
age sobre o perispírito
para comunicar-lhe o
movimento vibratório
particular, segundo o
território nervoso
excitado (vibração
visual, auditiva,
táctil, muscular etc.),
de maneira que a atenção
da alma seja acordada e
se produza o fenômeno da
percepção. (A
Reencarnação, cap. VII,
págs. 142 e 143.)
B. Que experiências
estabeleceram a certeza
absoluta da existência
do perispírito?
R.: Foram as
experiências espíritas
que estabeleceram a
certeza absoluta da
existência do corpo
espiritual, que se torna
visível durante o
desdobramento do ser
humano, as aparições e
as materializações.
(Obra citada, cap. VII,
pág. 143.)
C. É possível ativar a
recordação do passado
por meio do magnetismo?
R.: Sim, é possível
despertar tais
recordações,
magnetizando o
indivíduo. Kardec alude
a isso na "Revista
Espírita" (caso Dr.
Cailleu). O Coronel de
Rochas e Fernandez
Colavida comprovaram
experimentalmente essa
possibilidade. (Obra
citada, cap. VII, págs.
145 a 149.)
D. Que fato torna
possível renovar as
lembranças do passado a
uma pessoa que, mesmo
desencarnada, tenha
esquecido suas
existências anteriores?
R.: Todas as sensações
visuais, auditivas,
tácteis, cenestésicas,
que agem sobre nós,
ficam gravadas de
maneira indelével no
perispírito e podem
renascer
espontaneamente, ou
durante o sono
sonambúlico. Parece que
cada período da vida
deixa no perispírito
impressões sucessivas
inapagáveis, formadas
por associações
dinâmicas estáveis que
se superpõem sem se
confundir, mas cujo
movimento vibratório
diminui à medida que o
tempo passa, até cair
abaixo do limiar da
consciência espírita. Se
dermos a esse corpo
fluídico movimentos
vibratórios análogos aos
que ele registrou em
qualquer momento de sua
existência, far-se-á
renascer todas as
lembranças concomitantes
desse período. (Obra
citada, cap. VII, págs.
166 a 171.)
Texto para leitura
92. Se admitirmos, com
Claude Bernard, que
todos os movimentos
produzidos no organismo
exigem a destruição da
substância viva, como
explicar que nos velhos
são as lembranças da
mocidade que mais
persistem? Essa anomalia
seria inexplicável, se o
sistema nervoso fosse o
registrador de todas as
sensações, e não o
perispírito. (PÁG. 142)
93. É aqui que intervém
o ensino de Kardec sobre
o corpo espiritual, a
que deu o nome de
perispírito: ele é o
molde no qual a matéria
física se incorpora,
ou, mais exatamente, o
plano ideal que contém
as leis organogênicas do
ser humano. (PÁG. 142)
94. Ligado ao corpo por
intermédio do sistema
nervoso, toda sensação,
que abala a massa
nervosa, desprende essa
espécie de energia a que
deram os mais diversos
nomes: fluido nervoso,
fluido magnético, força
psíquica... (PÁG. 142)
95. Essa energia age
sobre o perispírito para
comunicar-lhe o
movimento vibratório
particular, segundo o
território nervoso
excitado (vibração
visual, auditiva,
táctil, muscular etc.),
de maneira que a atenção
da alma seja acordada e
se produza o fenômeno da
percepção. (PÁG. 142)
96. Desde esse momento,
essa vibração faz parte,
para sempre, do
organismo perispiritual,
porque, em virtude da
lei de conservação da
energia, ela é
indestrutível. (PÁGS.
142 e 143)
97. Foram as
experiências espíritas
que estabeleceram a
certeza absoluta da
existência desse corpo
espiritual, que se torna
visível durante o
desdobramento do ser
humano, as aparições e
as materializações.
(PÁG. 143)
98. Porque o perispírito
é indestrutível,
conservamos após a morte
a integridade de nossas
aquisições e a memória.
(PÁG. 143)
99. A separação entre o
espírito e a matéria
produz um período de
perturbação, durante o
qual a alma não tem
consciência exata de sua
nova situação; pouco a
pouco, essa espécie de
doença perispiritual tem
fim, quer normalmente,
quer sob a influência
dos Espíritos
protetores. (PÁG. 144)
100. Em certos pacientes
o estado fisiológico é
inseparável do
psicológico, que lhe
está associado; isso nos
permite entender como,
durante uma
materialização, o
Espírito pode
reconstituir seu corpo
físico por simples ato
de sua vontade, isto é,
por auto-sugestão.
(PÁG. 144)
101. Se a memória da
última vida terrestre é
renovada depois da
morte, o mesmo não se
dá, em muitos casos, com
as existências
anteriores. (PÁG. 145)
102. Vimos que existem
séries de memórias
superpostas e que as
camadas superficiais são
acessíveis à
consciência; se
quisermos penetrar,
porém, mais
profundamente no armazém
das lembranças, é
preciso mergulhar o
paciente no estado
sonambúlico, para dar
ao perispírito o
movimento vibratório que
lhe é próprio. Há no
corpo espiritual zonas
de intensidade
vibratória
prodigiosamente
diversas, e as camadas
perispirituais das vidas
anteriores têm um mínimo
de movimentos
vibratórios, que as
torna inconscientes para
os Espíritos pouco
evolvidos: é por isso
que ignoram se viveram
anteriormente. (PÁG.
145)
103. É possível
despertar tais
recordações,
magnetizando-os. Kardec
alude a isso na "Revista
Espírita" (caso Dr.
Cailleu). Se
magnetizarmos um
paciente terrestre, de
maneira a atingir as
camadas profundas do
perispírito, poderemos
renovar a memória de
suas vidas anteriores,
como fizeram os
espíritas espanhóis e o
Coronel de Rochas.
(PÁGS. 146 e 147)
104. Em 1887, Fernandez
Colavida obteve idêntico
resultado, no Grupo
Espírita "Paz", na
Espanha. O registro é de
Estevan Marata. (PÁG.
149)
105. Em obra publicada
em 1911, o Coronel de
Rochas refere suas
experiências de
regressão de memória,
com passes e sugestão.
(PÁG. 158)
106. Flournoy, professor
de Psicologia em
Genebra, estudou de
perto o caso Helena
Smith, que descrevia
duas existências
anteriores, como Maria
Antonieta e uma princesa
hindu, e a vida no
planeta Marte. (PÁGS.
159 e 160)
107. No caso da princesa
Simandini, as
investigações do prof.
Flournoy conduzem à
conclusão de que Helena
é a reencarnação da
princesa. (PÁG. 163)
108. Para Flournoy, a
mediunidade não é
incompatível com uma
vida normal e regular, e
o médium não é
necessariamente um
nevropata. (PÁG. 164)
109. A experiência
confirma o despertar dos
conhecimentos
anteriormente
adquiridos, no período
de transe do estado
sonambúlico. (PÁGS. 166
e 167)
110. Muitos exemplos
mostram Espíritos
descrevendo, em sessões
mediúnicas, suas vidas
anteriores e dando
provas disso. (PÁGS.
168 e 169)
111. Todas as sensações
visuais, auditivas,
tácteis, cenestésicas,
que agem sobre nós,
ficam gravadas de
maneira indelével no
perispírito e podem
renascer
espontaneamente, ou
durante o sono
sonambúlico. (PÁG. 170)
112. Parece que cada
período da vida deixa
no perispírito
impressões sucessivas
inapagáveis, formadas
por associações
dinâmicas estáveis que
se superpõem sem se
confundir, mas cujo
movimento vibratório
diminui à medida que o
tempo passa, até cair
abaixo do limiar da
consciência espírita.
(PÁG. 170)
113. Se dermos a esse
corpo fluídico
movimentos vibratórios
análogos aos que ele
registrou em qualquer
momento de sua
existência, far-se-á
renascer todas as
lembranças concomitantes
desse período. (PÁG.
171)
114. Foi o que sucedeu
nas experiências de
Richet, Bourru, Burot,
Pitres, Rochas e
outros, mas nem todos os
pacientes se acham aptos
a fazer renascer o
passado, em virtude de
múltiplas causas, e a
principal resulta, ao
que parece, do que se
poderia chamar a
densidade perispiritual,
isto é, a imperfeição
relativa do corpo
fluídico, cujas
vibrações não podem
achar a intensidade
necessária para
ressuscitar o passado.
(PÁG. 171)
(Continua na próxima
edição.)