Esse especial
tesouro que é a
constelação
familiar alcança
a plenitude após
a longa
travessia
existencial,
quando, a partir
do primeiro
encontro, os
dois Espíritos
que se resolvem
pela edificação
do grupo
consangüíneo
unem-se através
dos laços
vigorosos do
amor.
Legalizando a
união por meio
do matrimônio, a
responsabilidade
moral se
estrutura no
respeito e na
dedicação que
vige entre os
parceiros do
relevante
compromisso.
Conscientes da
gravidade do
labor a que
entregam a
existência,
lentamente
descobrem a
grandeza da arte
e ciência de
amar,
enfrentando
todas as
dificuldades e
desafios que se
encontram pela
frente.
Estabelecendo
metas que se
multiplicam e se
abrem em
perspectivas
sempre mais
amplas, a
aventura da
união
proporciona-lhes
o
desenvolvimento
intelecto-moral
que lhes serve
de bússola para
a futura
plenitude a que
aspiram.
Desde o momento
quando a união
física enseja o
surgimento da
prole, que as
aspirações
pessoais alteram
a própria
programação para
ser dirigida, a
partir de agora,
em favor dos
outros Espíritos
que lhes são
confiados
temporariamente,
na condição de
empréstimos
divinos de que
darão conta,
após concluído o
ministério de
atendimento às
suas
necessidades
evolutivas.
Durante a
trajetória
existencial,
passando pelos
embates
inevitáveis do
processo de
educação e de
reeducação,
consolidam-se os
sentimentos da
afetividade e do
dever,
trabalhando a
consciência que
amplia a
capacidade de
discernimento em
relação à Vida
e aos
compromissos
defluentes do
conhecimento
espiritual que
lhes comanda a
marcha.
Todo o empenho
aplicado, não
poucas vezes
transformado em
sacrifício e
renúncia
pessoal,
expressa-se nos
grandiosos e
eloqüentes
silêncios e
sofrimentos bem
recebidos, de
forma que a
prole se
desenvolva sem
as marcas
conflitivas da
instabilidade
emocional dos
pais ou das
circunstâncias
menos felizes do
grupo social,
particularmente
na estrutura
familiar.
Na larga
trajetória de
convivência com
os filhinhos
dependentes e os
adultos, sejam
ancestrais ou
contemporâneos
do grupo
doméstico,
desenvolve-se o
amadurecimento
psicológico nos
relacionamentos
que se devem
transformar em
estímulos para o
futuro, como
reparação do
passado
perturbador,
objetivando-se o
equilíbrio e a
iluminação
espiritual de
todos quantos
fazem parte da
estrutura
familiar.
Nessa
organização em
que os Espíritos
se reúnem,
algumas vezes
repetindo
experiências
anteriores
malogradas, onde
ressumam os
sentimentos
doentios e as
emoções
superiores, num
calidoscópio de
provas e
testemunhos,
manifestam-se as
oportunidades de
renovação moral
e elevação
mental para
serem colhidos
os resultados do
amor pleno.
Comandando os
acontecimentos
que se
apresentam
dentro de uma
programação bem
elaborada ou que
surgem de
improviso, os
dois parceiros
responsáveis
pela constelação
familiar são os
colhedores das
realizações
passadas e, ao
mesmo tempo, os
semeadores do
porvir em
constante
atividade de
auto-iluminação.
No elenco de
complexas
ocorrências,
umas esperadas
outras não,
desenham-se as
possibilidades
para ser
alcançado o
êxito, mas
também as
perturbações e
os problemas
ameaçadores que
podem levar ao
insucesso,
gerando
situações de
difícil solução,
que, às vezes,
se convertem em
desastres
espirituais de
graves
conseqüências
morais e sociais
para o grupo.
Por isso, a
família é a
célula máter do
organismo
social, sendo
responsável
pelas
ocorrências
grupais na
humanidade.
Tudo quanto
acontece no lar
reflete-se no
conjunto externo
da comunidade,
nunca se podendo
dissociar os
reflexos
domésticos na
sociedade que
lhe é a
conseqüência
global.
Sob esse
aspecto, a
educação exerce
papel
preponderante,
porquanto tudo
que decorre do
relacionamento
familiar, sem
dúvida, será
sempre resultado
dos
procedimentos
disciplinadores
dos atavismos
prejudiciais e
das tendências
que remanescem
das existências
pretéritas.
Educar-se para
melhor educar é
o lema a ser
adotado por
todas as
criaturas no seu
processo de
conscientização
das
responsabilidades
que lhe dizem
respeito durante
a existência
carnal.
Como efeito, o
corpo não deve
ser considerado
um instrumento
para o prazer,
um acontecimento
insólito no
conjunto dos
fenômenos
existenciais,
mas um divino
recurso para o
crescimento
espiritual,
superando as
fixações
defluentes do
processo
antropológico,
que transfere de
uma para outra
expressão
biológica as
marcas que lhe
caracterizam
cada fase.
Transformá-lo em
verdadeiro
santuário de
bênçãos pelo uso
que se lhe dê, é
compromisso
impostergável
que todos
assumem antes do
renascimento na
Terra, a
especial escola
de evolução.
Aprimorá-lo,
mediante a
preservação
correta das suas
funções,
evitando
criar-lhe novos
condicionamentos
negativos e
danosos,
utilizando-o com
o fim de
enobrecer os
relacionamentos
sociais e
morais, torna-se
o programa de
sublimação
interior de cada
Espírito
comprometido com
a transcendência
a que aspira.
No lar, sem
dúvida,
multiplicam-se
as lições
credenciadoras
para a aplicação
do conhecimento
e do sentimento
voltados para o
bem geral, em
detrimento, em
certas
circunstâncias,
do prazer
pessoal, que
sempre virá
depois da
decisão de
servir e
impulsionar para
diante aqueles
com os quais se
convive.
Todo esse
processo de
edificação
pessoal
renovador que
diz respeito aos
parceiros, é
impositivo
existencial,
parte
fundamental do
programa de
iluminação da
consciência e de
vitalização dos
anseios íntimos
dos sentimentos
enobrecidos.
À medida,
portanto, que a
prole cresce e
adquire as
próprias
experiências,
firmando-se no
contexto social,
a família
penetra na fase
de plenitude, se
o resultado do
labor
desenvolvido
expressar-se em
equilíbrio e
saúde real
daqueles que
avançarão por si
mesmos no rumo
do progresso.
Em caso
contrário, a
família pode ser
considerada
enferma,
necessitando de
terapêutica
urgente, antes
que as
conseqüências da
irresponsabilidade
dos pais se
transforme em
prejuízo e
desorganização
no conjunto
social.
O êxito não deve
ser considerado
com sendo a soma
dos resultados
felizes em
totalidade,
porquanto muitos
Espíritos
renascem em
famílias
equilibradas com
finalidades
expiatórias,
permanecendo em
situação
afligente, sem
que isso
constitua
fracasso do
grupo doméstico.
Antes, pelo
contrário, a
sustentação do
enfermo
espiritual,
cercado por
bondade e por
amor, igualmente
significa
plenitude do
programa
estabelecido.
Assim sendo, não
se pode
descartar a
ausência de uma
conduta
espiritual no
lar, de um nobre
comportamento
religioso, sem
fanatismo,
libertador,
tolerante, entre
os seus diversos
membros, que
sempre terão a
que recorrer,
quando nos
momentos
difíceis ou nas
situações
penosas da vida
terrestre.
Atingindo, desse
modo, a situação
de harmonia e de
entrega dos
filhos à
sociedade, a
família,
alcançando a
plenitude,
torna-se modelo
que servirá de
estímulo para
outros grupos
humanos que se
atormentam nas
lutas diárias do
lar, explodindo
nos conflitos
sociais das ruas
e das
comunidades por
falta da
harmonia que a
educação moral e
intelectual bem
conduzida
consegue
realizar.
Bem-aventurado o
arquipélago
familiar onde
Deus reúne os
Espíritos para a
construção do
amor universal,
partindo do
grupo
consangüíneo, no
qual predominam
os impositivos
da carne, para a
expansão da
solidariedade,
do respeito, da
harmonia e da
verdadeira
fraternidade
entre todos os
seres humanos!