Márcia, da cidade de
Arapongas, focaliza o
tema mediunidade em
crianças e pergunta que
livro espírita trata
especificamente do
assunto.
A principal obra
espírita que trata do
tema mediunidade em
crianças é "O Livro dos
Médiuns", de Allan
Kardec, o Codificador do
Espiritismo.
Kardec formulou aos
Espíritos que
participaram da obra de
codificação da Doutrina
Espírita três questões
relativamente à
mediunidade em crianças,
como o leitor pode
conferir lendo o item
221, parágrafos 6 a 8,
da obra citada.
Em resumo, ensinam os
Espíritos Superiores:
1.o - Não
existe uma idade precisa
para que uma pessoa
passe a ocupar-se da
mediunidade. Isso
depende fundamentalmente
do desenvolvimento
físico e, mais ainda, do
desenvolvimento moral.
Há crianças de 12 anos
que são menos afetadas
que certos adultos.
2.o - Quando
a faculdade mediúnica é
espontânea na criança, é
sinal de que se acha em
sua natureza e que sua
constituição a isso se
presta. Já o mesmo não
se dá quando é provocada
e superexcitada.
3.o - É muito
perigoso desenvolver a
mediunidade nas
crianças, porque sua
organização franzina e
delicada ficaria abalada
e sua imaginação
superexcitada com a
prática mediúnica. Desse
modo, os pais prudentes
devem afastá-las dessas
idéias ou, pelo menos,
só tratar do assunto do
ponto de vista de suas
conseqüências morais.
Os autores espíritas,
quando tratam do
assunto, repetem essas
mesmas observações, às
quais é bom adicionar
uma explicação
importante:
Certas faculdades
mediúnicas, como a
vidência, são muito
comuns durante a
primeira infância.
O próprio Codificador
escreveu que a
mediunidade de vidência
parece ser freqüente, e
mesmo geral, nas
criancinhas. (Veja
“Revista Espírita” de
1865, p. 262.)
O fato decorre de que
não existe ainda, até os
7 anos de idade, uma
total integração entre a
alma e o corpo da
criança, o que favorece
o desprendimento parcial
da alma e, por causa
disso, a possibilidade
de certas percepções,
como a visão de pessoas
falecidas ou
Espíritos. Essa fase, no
entanto, é passageira e
pode ser que, ao
tornar-se adulta, jamais
a pessoa experimente
situações semelhantes.