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Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 28 - 26 de Outubro de 2007

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Reencarnação
Gabriel Delanne
(8a Parte)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que valor tem, nos estudos sobre a reencarnação, o caso de Laura Raynaud?

R.: O caso da reencarnação de Laura Raynaud, descrito pelo Dr. Durville, tem enorme importância nos estudos sobre a reencarnação porque pôde ser completamente verificado e documentado. (A Reencarnação, cap. X,  págs. 215 a 228.)

B. Por que as lembranças de vida anterior são mais freqüentes entre as crianças?

R.: As lembranças de uma vida anterior se revelam mais freqüentemente entre as crianças, porque o perispírito, antes da puberdade, possui ainda um movi­mento vibratório que, em certas circunstâncias, pode adquirir bastante in­tensidade, para fazer recordações da existência anterior. (Obra citada, cap. XI, págs. 236 a 246.)

C. Os Espíritos sabem quando vão reencarnar? E sabendo disso podem anunciá-lo aos encarnados?

R.: Existem casos em que o Espírito sabe quando vai reencarnar e previne os familiares de seu retorno à Terra. Delanne relata inúmeros exemplos a respeito. (Obra citada, cap. XII, págs. 253 a 264.)

D. Que lições podemos extrair do caso de Alexandrina, filha do Dr. Carmelo Samona?

R.: O caso da jovem Alexandrina II é expressivo e só pode ser explicado pela reencarnação. A jovem reencarnada apresentava o mesmo aspecto físico da vida precedente: era ela cópia fiel da primeira Alexandrina. Onze anos depois do seu renascimento, as semelhanças entre ambas persistiam: além de canhota, Alexandrina II tinha os mesmos hábitos e recordações de lugares e experiências vividas na vida precedente. (Obra citada, cap. XII, págs. 264 a 277.) 

Texto para leitura

131. O caso de reencarnação de Laura Raynaud, descrito pelo Dr. Durville, pôde ser completamente verificado e documentado. (PÁGS.  215 a 228)

132. Verificamos que certas crianças têm a intuição de haver vivido ante­riormente, enquanto outras conservam indiscutíveis lembranças de suas vidas passadas. (PÁG.  229)

133. A clarividência pode explicar certos fatos, mas não explica o conheci­mento de que uma senhora tivesse morrido no início do século XIX  de doença do peito, nem que fosse inumada em uma igreja, nem a certeza que tinha de haver vivido anteriormente, como se deu com Laura Raynaud. (PÁG.  229)

134. Juliano lembrava-se de ter sido Alexandre da Macedônia. Empédocles di­zia ter sido rapaz e moça. Ponson du Terrail recordava-se de ter vivido ao tempo de Henrique III e Henrique IV. Devemos ater-nos, porém, às narrativas que trazem consigo  a prova de autenticidade. (PÁG.  232)

135. Muitas vezes, no sonambulismo e nas enfermidades, o paciente repete frases inteiras ouvidas no teatro ou lidas antigamente, profundamente esque­cidas no estado normal. Mas uma palestra sustentada em língua desusada, go­zando o indivíduo de todas as faculdades, supõe o funcionamento de um meca­nismo, muito tempo inativo, que se revela no momento próprio. (PÁG.  234)

136. Não se improvisa uma linguagem; ora, se a essa ressurreição mnemônica se juntam lembranças precisas de fatos e lugares, há fortes indícios de que a reencarnação é a explicação mais lógica desses fenômenos. (PÁG.  234)

137. Jules-Alphonse, de 7 anos de idade, cura com a imposição de suas mãos, ou com o auxílio de remédios vegetais que ele receita. Quando se pergunta onde as houve, responde que ao tempo em que era médico. (PÁG.  236)

138. As lembranças de uma vida anterior se revelam mais freqüentemente entre as crianças, porque o perispírito, antes da puberdade, possui ainda um movi­mento vibratório que, em certas circunstâncias, pode adquirir bastante in­tensidade, para fazer recordações da existência anterior. (PÁG.  237)

139. O fenômeno, nas crianças, de lembranças de vida passada não é particu­lar a uma época ou a uma nação. Delanne narra uma série de casos ocorridos em diferentes países. (PÁGS.  238 a 246)

140. Como vimos, a hereditariedade fisiológica não existe para os fenômenos intelectuais, não só porque os homens de gênio saem muitas vezes dos meios menos cultivados, como porque seus descendentes não lhes herdam as faculda­des. (PÁG.  247)

141. O Espírito que se encarna traz, em estado latente, o resultado de seus estudos anteriores e, quando as circunstâncias o permitem, certas crianças apresentam, desde a mais tenra idade, aptidões incríveis para a aquisição de conhecimentos que exigem, em outras pessoas, longos anos de estudo. (PÁGS.  247 e 248)

142. Na maior parte dos casos, a clarividência não deve ser invocada como explicação do fenômeno, porque, para que a lucidez possa ser posta em ação, é preciso, em regra, uma causa que estabeleça uma relação entre o vidente e a cena descrita. (PÁG.  248)

143. É preciso, no entanto, um número mais importante desses testemunhos, para que esse gênero particular de fenômenos entre definitivamente no domínio da Ciência. (N.R.: Leiam-se, sobre o assunto: "Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação", de Ian Stevenson, e "Reencarnação no Brasil", de Hernani Guimarães Andrade, editado em 1987.) (PÁG.  249)

144. A lei das vidas sucessivas, como vimos, não se nos apresenta mais como simples teoria filosófica, visto que se pode apoiar em fatos experimentais, como os da regressão da memória, levada além do nascimento atual. (PÁG.  250)

145. Existem casos em que o Espírito previne os familiares de seu retorno à Terra. Delanne relata inúmeros exemplos a respeito. (PÁGS.  253 a 256)

146. Após relatar casos de reencarnação anunciados em sessões espíritas, De­lanne comenta o caso de uma jovem que tivera um ódio implacável do irmão e, desejando progredir, solicitou uma reencarnação como filha dele. (PÁG.  260)

147. Léon Denis refere o caso de um Espírito que anunciou sua próxima en­carnação e, como sinal para o seu reconhecimento, acrescentou que teria uma cicatriz de 2 centímetros do lado direito da cabeça, o que ocorreu. (PÁG.  264)

148. O caso da jovem Alexandrina, filha do Dr. Carmelo Samona, conhecido nos meios científicos da Itália, é relatado por Delanne. (PÁGS.  264 a 270)

149. Reencarnada, a nova Alexandrina apresenta o mesmo aspecto físico da vida precedente: era ela cópia fiel da primeira, afirma o pai. (PÁG.  271)

150. A objeção de que a pequena Alexandrina não poderia manifestar-se, se a reencarnação tivesse começado, é inexata, pois sabemos que o Espírito encar­nado pode perfeitamente dar comunicações e, com mais forte razão, quando não se acha, ainda, completamente ligado ao corpo. (PÁG.  276)

151. Os hábitos de Alexandrina reencarnada não se podem atribuir à influên­cia do meio e da educação, porque sua irmã gêmea, Maria Pace, difere comple­tamente de Alexandrina. (PÁG.  276)

152. Onze anos depois do nascimento de Alexandrina II, as semelhanças com a primeira persistiam: além de canhota, tinha os mesmos hábitos e recordações de lugares e experiências vividas na vida precedente. (PÁG.  277)

153. Os fenômenos referentes ao aviso de uma futura reencarnação são bas­tante numerosos para se imporem como realidade. (PÁG.  278) (Continua na próxima edição.)  


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita