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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo
Ano 1 - N° 28 - 26 de Outubro de 2007

 

O farol apagado

Numa região muito distante, sobre um alto rochedo, existia um pequeno farol.

Naquele trecho da costa, o mar era muito perigoso, pois havia inúmeros rochedos que poderiam levar as embarcações a desastres, caso não percebessem o perigo a tempo.

Por essa razão foi construído o farol, para que os navios passassem em segurança pelo local.

Mas o pequeno farol vivia descontente. Achava sua vida muito monótona e sentia uma terrível inveja das embarcações que passavam ao longe, rumo a lugares distantes; das gaivotas que  voavam  livres  pelos ares e que poderiam

conhecer terras estranhas; e, até, das estrelas que contemplava todas as noites brilhando no firmamento.

Mas ele vivia ali, parado, sem sair do lugar, dia após dia, noite após noite.

Sua única distração era esperar o faroleiro, isto é, o homem que cuidava dele, que todos os dias, ao anoitecer, vinha acender sua luz. E então, ele ficava ali, girando... girando... girando...

O faroleiro vivia sozinho e era a única pessoa que existia nas imediações. Certo dia, ele caiu doente na cama, ardendo em febre e sem condições de se levantar e executar suas obrigações costumeiras.

Naquela noite ninguém acendeu a luz do farol.

O farol estranhou o acontecimento, pois nunca antes ocorrera tal coisa, e estranhou ainda mais a escuridão que tomou conta de tudo. Ficou tudo escuro... escuro...

Naquela noite, nuvens pesadas cobriam o céu prenunciando tempestade, e logo um vento forte começou a soprar. Em pouco tempo a chuva caiu, torrencial.

Sem poder enxergar nada, só escutando o barulho da chuva que caía e o ruído das ondas do  mar  que  faziam  chuá...  chuá...chuá..., o

farol acabou adormecendo.  No dia seguinte, aos primeiros raios do sol é que pôde ver o que acontecera durante a noite.

Uma canoa fora arrastada pelas ondas do mar, batendo de encontro aos rochedos; um barco de pescadores acostumados com o farol que lhes indicava o caminho, bateram nas pedras, soçobrando. E até um grande navio, que fazia sua rota para terras distantes, também ficou preso entre os rochedos, sem possibilidade de sair.

Só então o pequeno farol, ao ver a extensão da tragédia que acontecera pela falta da sua luz, percebeu como sua tarefa era importante.

As pessoas foram socorridas a tempo, e o faroleiro, levado a um hospital para receber o necessário atendimento médico.

Em seu lugar, porém, ficou um substituto, outra pessoa responsável para acender a luz do farol, enquanto o faroleiro não estivesse curado e pronto para voltar ao trabalho.

A partir desse dia, o farol nunca mais lamentou seu destino, cumprindo sua tarefa com boa-vontade e amor.

Feliz, todas as noites ele podia ser visto girando... girando... girando...

E quem o visse, de longe, poderia notar que sua luz se tornara mais viva e mais brilhante.

                                                                  TIA CÉLIA
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita