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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 28 - 26 de Outubro de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O que é o Espiritismo
Allan Kardec

(6
a Parte)

Continuamos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, que surgiu em Paris em julho de 1859, o qual será aqui apresentado em 14 partes. As páginas citadas no texto referem-se à 20a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O que é preciso para que um Espírito se comunique?

Para que um Espírito se comunique, é preciso que lhe convenha fazê-lo, que sua posição ou suas ocupações o permitam, que encontre no médium um instrumento apropriado à sua natureza. (O que é o Espiritismo, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 96 e 104.)

B. Por que os Espíritos não são todos igualmente perfeitos?

Os Espíritos não são indivíduos perfeitos porque, em verdade, são apenas as almas dos homens que desencarnaram, os quais, como sabemos, não atingiram ainda a perfeição. O progresso espiritual faz-se gradualmente e algumas vezes com muita lentidão. Existem, por isso, Espíritos de todos os graus de inteligência e moralidade. (Obra citada, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 106 e 107.)

C. Qual a utilidade prática do Espiritismo?

Tudo o que ajuda a erguer uma ponta do véu que nos envolve, concorre para o desenvolvimento da inteligência, alarga o círculo das idéias e faz-nos compreender melhor as leis da Natureza. O mundo dos Espíritos existe em virtude de uma dessas leis e o Espiritismo nos faz conhecê-lo e nos mostra a influência que ele exerce sobre o mundo visível. Além disso, é a prova patente da existência da alma, de sua individualidade depois da morte, de sua imortalidade, de sua sorte futura. É, portanto, a destruição do materialismo, não somente pelo raciocínio, mas por fatos. Assim como a astronomia destronou os astrólogos, o Espiritismo veio destronar os adivinhos, os feiticeiros e os que lêem a buena-dicha. (Obra citada, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 109 a 111.)

D. As idéias espíritas podem causar perturbação das faculdades mentais?

Evidentemente que não, e a experiência o comprova. Bem compreendido, o Espiritismo é, ao contrário, um preservativo contra a loucura e o suicídio, porque o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado, que as tribulações da vida são para ele como incidentes desagradáveis de uma viagem. Aquilo que em outro indivíduo qualquer pode produzir violenta comoção, afeta o espírita de maneira diferente, porque ele sabe quais são os objetivos das vicissitudes e dos dissabores da vida. (Obra citada, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 111 a 113.)

Texto para leitura

67. As afinidades fluídicas, princípio do qual dimanam as faculdades mediúnicas, são individuais e não gerais, podendo existir entre o médium e determinado Espírito, e não existir em relação a outro. Sem essas afinidades, cujas variantes são múltiplas, as comunicações são incompletas, falsas ou impossíveis. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 103.) 

68. Na maioria das vezes, a assimilação fluídica entre o Espírito e o médium só se estabelece depois de algum tempo, sendo muito raro acontecer de modo completo desde a primeira vez. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 103.) 

69. A mediunidade é subordinada a leis, de alguma sorte orgânicas, a que o médium está sujeito. Se, pois, repelimos a exploração da mediunidade, não é por capricho, nem por sistema, mas porque os princípios que regem nossas relações com o mundo invisível se opõem à regularidade e precisão necessárias naquele que se põe à disposição do público. Nem todos os médiuns interesseiros são charlatães, mas a ambição do ganho impele ao charlatanismo e autoriza a suspeita de velhacaria. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 103.) 

70. Em todos os tempos houve médiuns naturais e inconscientes que foram qualificados de feiticeiros e acusados de pactuarem com o diabo. Mas há uma diferença evidente entre os verdadeiros médiuns e os chamados feiticeiros. O Espiritismo despojou a feitiçaria de seu pretenso poder sobrenatural e de suas fórmulas e amuletos, mostrando que o fenômeno mediúnico está subordinado a leis naturais e que ninguém tem o poder de constranger os Espíritos a atender ao seu chamado. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 104.) 

71. As imperfeições morais do homem pertencem ao Espírito e não ao corpo. É um erro acreditar que os Espíritos, deixando o corpo material, recebem logo a luz da verdade. Seu progresso faz-se gradualmente e, algumas vezes, com muita lentidão. É, assim, um princípio elementar do Espiritismo que existem Espíritos de todos os graus de inteligência e moralidade. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 106.) 

72. Se a conversação com os Espíritos servisse apenas para dar-nos a prova de sua existência, só isso já seria de grande utilidade para quantos ainda duvidam que tenham uma alma e ignoram o que será deles depois da morte. Mas as comunicações deram-nos mais: fizeram-nos conhecer o verdadeiro estado do mundo espiritual, que a todos nós interessa muito, pois que todos temos que ir para lá um dia. (Cap. I, Segundo Diálogo, pp. 107 e 108.) 

73. Os Espíritos não estão encarregados de trazer-nos a ciência já feita; isso seria, aliás, muito cômodo. Deus quer que trabalhemos, que o nosso pensamento se exercite, e só por esse preço adquiriremos a ciência. Os Espíritos não vêm libertar-nos dessa necessidade. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 108.) 

74. Os Espíritos também não são leitores da buena-dicha. O Espiritismo é uma ciência de observação, e não uma arte de adivinhar e especular. Não o estudamos para tirar dele qualquer vantagem material. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 109.) 

75. Não há Espírito algum cujo estudo não nos traga alguma utilidade. Alguma coisa aprendemos sempre com todos eles. Quanto aos Espíritos esclarecidos, esses nos ensinam muito, porém sempre nos limites do possível. Nunca devemos perguntar-lhes o que eles não podem ou não devem revelar; querer ir além é sujeitar-nos às manifestações dos Espíritos frívolos, dispostos sempre a falar de tudo. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 109.) 

76. Não se pode confundir a loucura patológica com a obsessão. Esta não provém de lesão alguma cerebral, mas da subjugação que Espíritos malévolos exercem sobre certos indivíduos e que, muitas vezes, têm as aparências da loucura propriamente dita. (Cap. I, Segundo Diálogo, pp. 113 e 114.) 

77. A obsessão é independente de qualquer crença no Espiritismo e existiu em todos os tempos. Nesse caso, a medicação comum é impotente e mesmo prejudicial. O Espiritismo nos oferece, contudo, o único meio de vencê-la, agindo não sobre o enfermo, mas sobre o Espírito obsessor. Temos então que o Espiritismo é o remédio e não a causa do mal. (Cap. I, Segundo Diálogo, pág. 114.) (Continua na próxima edição.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita