CRISTIAN
MACEDO
cristianmacedo@potencial.net
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil)
Bons
hábitos
"A moral é a regra do bem proceder..."
As pessoas que têm moral são as que
procedem bem, ou seja, tem hábitos
positivos. Agir moralmente é ter
atitudes que promovam o bem geral.
Moral, desta forma, está relacionada à
ação, ou seja, aos hábitos adquiridos.
Podemos melhorar moralmente e, para
isso, não existe outro caminho senão o
que passa pela aquisição de bons
hábitos.
A razão tem papel fundamental nesse
processo, pois, antes de adquirirmos
hábitos morais sadios, precisamos usar
bem o intelecto. É ele que vai nos dar
consciência do que é certo e do que é
errado nas diversas situações que
vivemos.
James Hunter e os hábitos morais
O autor do best-seller O Monge e o
executivo trabalha com uma linha
muito interessante. Propõe que hábitos
morais podem ser adquiridos com
treinamento e muito esforço. Para tanto
precisamos, necessariamente, passar por
algumas etapas.
1.
Inconsciente e sem hábito
Antes de ter o hábito adquirido a pessoa
não sabe que necessita tê-lo.
É preciso saber o que deve ser mudado, o
que deve ser conquistado e por quê, para
que haja um esforço na aquisição do
hábito.
Dessa forma, todos passamos por essa
etapa de não saber o que precisamos
mudar. Somos ignorantes em relação aos
novos hábitos. É como a criança que
ainda não foi orientada que deve escovar
seus dentes sozinha.
2.
Consciente e sem o hábito
Chega um momento em que alguém nos
informa, ou tomamos conhecimento através
de livros, palestras ou experiências de
vida, da necessidade de termos hábitos
morais sadios.
É aí que passamos a ter conhecimentos
teóricos sobre a importância desses
hábitos. Ainda não agimos, mas temos o
conhecimento intelectual. Somos
semelhantes às crianças que ouviram da
mãe a importância da higiene bucal e as
instruções de como escovar corretamente
os dentes.
3.
Consciente com o hábito
Após a tomada de consciência do que deve
ser feito e do como deve ser feito,
passamos a treinar os hábitos morais
sadios.
Após um bom período de repetições e
esforços, já agimos com mais
naturalidade. Sabemos como agir e nos
esforçamos para isso.
Nossos esforços são recompensados com as
ações boas. As situações problema surgem
e o intelecto já aciona a pessoa na
tomada de decisões.
Seguindo o exemplo da criança, estamos
numa fase onde além de saber como
escovar os dentes e da importância desse
hábito, despertamos pela manhã e nos
lembramos de que devemos realizar a
escovação e nos dirigimos à pia,
procurando de forma consciente a escova
e o creme dental.
4.
Inconsciente e com o hábito
Essa é a fase onde sabemos o que
precisamos fazer, mas não necessitamos
lembrar a cada situação. Agimos de forma
correta nas situações onde devemos fazer
o melhor.
Não precisamos recorrer à memória ou a
teorias. Passamos a agir naturalmente,
de forma espontânea, pois já temos o
hábito adquirido.
O menino já escova os dentes de forma
automática. Pensa em outras coisas, sem
precisar repassar as instruções da mãe
no que diz respeito ao sentido da
escovada... se de baixo para cima ou de
cima para baixo. Simplesmente faz.
É uma espécie de segunda natureza. O
hábito está adquirido.
Treino, treino e treino
Mesmo que muitos digam: "falar é fácil,
o negócio é fazer", é bom nos
desafiarmos a adquirir bons hábitos.
O mundo se tornará um lugar melhor para
viver, na medida em que nos melhorarmos
moralmente.
Precisamos agir corretamente, pensando
no bem das pessoas a nossa volta.
E nada melhor do que o esforço real, que
o treinamento constante, para
adquirirmos novos valores, novas
capacidades.
São esforços pequenos e diários que
certamente valerão a pena.