WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 3 - 2 de Maio de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br

Londrina, Paraná (Brasil)  

Nosso Lar
André Luiz
(3ª Parte)  

 

Damos prosseguimento à apresentação do texto condensado do livro "Nosso Lar", de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira, o qual deu início à Série André Luiz.

Questões preliminares

A. Quem é Lísias e que atividades estavam a seu cargo?

R.: Lísias, que André Luiz conheceu durante seu tratamento, era um jovem de singular e doce expressão, que se designou como sendo um "visitador dos serviços de saúde". Foi ele quem primeiro lhe disse que "Nosso Lar" não era uma estância de Espíritos propriamente vitoriosos. "Somos felizes – explicou-lhe o amigo –, porque temos trabalho." (Nosso Lar, cap. 5, págs. 37 a 39.)

B. O que o ministro Clarêncio lhe disse sobre as lamentações e as queixas?

R.: Num dado momento em que André desabafou diante do ministro e lamentou tudo o que passara desde a morte de seu corpo, Clarêncio lhe perguntou: "Meu amigo, deseja você, de fato, a cura espiritual?" Ante sua resposta afirmativa, ele continuou: "Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios". Clarêncio o informou de que estaria a seu lado para resolver dificuldades presentes e estruturar projetos de futuro, mas não dispunha de tempo para voltar a zonas estéreis de lamentação. (Nosso Lar, cap. 6, págs. 43 e 44.)

C. Como é a natureza na colônia "Nosso Lar"?

R.: A natureza na colônia espiritual impressionara André Luiz. Quase tudo parecia melhorada cópia da Terra. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. O solo era forrado de vegetação. Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos. Graciosos edifícios, nenhum sem flores à entrada, e aves de plumagens policromas, que cruzavam os ares. Extremamente surpreendido, observando o movimento do parque, identificou ali animais domésticos. Lísias explicou, então, que todo processo evolutivo implica gradação e que há regiões múltiplas para os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para as criaturas envolvidas de carne terrestre. (Nosso Lar, cap. 7, pág. 46.)

D. Que fez a mãe de André enquanto ele estivera no Umbral?

R.: Embora André não a tivesse visto em momento algum desde que desencarnara, sua mãe o havia ajudado dia e noite. O ministro Clarêncio o localizara no Umbral atendendo aos apelos dela, que quando soube que ele havia rasgado os véus escuros, com o auxílio da oração, chorou de alegria. André foi informado, então, de que sua mãe não vivia em "Nosso Lar", mas em esferas mais altas, onde trabalhava não somente por ele. (Nosso Lar, cap. 7, págs. 47 e 48.)

Texto para leitura

17. O amigo Lísias – Foi durante seu tratamento que André ficou conhecendo Lísias, um jovem de singular e doce expressão, que se designou como um "visitador dos serviços de saúde" e lhe relatou que somente na seção onde André se encontrava existiam mais de mil doentes espirituais. Na turma de 80 enfermos que atendia diariamente, 57 se encontravam nas mesmas condições do ex-médico. E havia ainda os mutilados. O homem imprevidente, que gastou os olhos no mal, ali comparecia de órbitas vazias. O malfeitor, interessado em utilizar a locomoção fácil nos atos criminosos, experimentava agora a desolação da paralisia, quando não era recolhido absolutamente sem pernas. Os obsidiados nas aberrações sexuais costumavam chegar em extrema loucura... "Nosso Lar", explicou-lhe Lísias, não é estância de Espíritos propriamente vitoriosos. "Somos felizes – complementou o amigo –, porque temos trabalho." Depois, reportando-se ao caso de André, Lísias lembrou-lhe que a causa dos seus males persistia nele mesmo, e persistiria ainda, até que ele se desfizesse dos germes de perversão da saúde divina que havia agregado ao seu corpo sutil pelo descuido moral e pelo desejo de gozar mais que os outros. (Cap. 5, págs. 37 a 39)

18. Lamentações descabidas – Confessando a Clarêncio que as tempestades íntimas haviam voltado, André desabafou diante do ministro e lamentou tudo o que passara desde a morte do corpo. Clarêncio lhe perguntou: "Meu amigo, deseja você, de fato, a cura espiritual?" Ante a sua afirmativa, continuou: "Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios". Após lembrar-lhe que o Pai atende a todos e que atenderá, portanto, os parentes que ficaram na Terra, Clarêncio lhe disse que estaria a seu lado para resolver dificuldades presentes e estruturar projetos de futuro, mas não dispunha de tempo para voltar a zonas estéreis de lamentação. (Cap. 6, pág. 43)

19. A bênção da dor e do trabalho – "Temos nesta colônia – acentuou o bondoso ministro – o compromisso de aceitar o trabalho mais áspero como bênção de realização, considerando que a Providência desborda amor, enquanto nós vivemos onerados de dívidas." E advertiu: "Se deseja permanecer nesta casa de assistência, aprenda a pensar com justeza". Embora envergonhado de sua fraqueza, André assumiu diversa atitude. E Clarêncio mostrou as semelhanças entre o programa de trabalho na Terra e em "Nosso Lar". "Aqui, o programa não é diferente. Apenas divergem os detalhes. Nos círculos carnais, a convenção e a garantia monetária; aqui, o trabalho e as aquisições definitivas do espírito imortal. Dor, para nós, significa possibilidade de enriquecer a alma; a luta constitui caminho para a divina realização." (Cap. 6, pp. 43 e 44)

20. Sensações novas – À medida que procurava habituar-se aos deveres novos, sensações de desafogo aliviavam o coração de André. Diminuíram as dores e os impedimentos de locomoção fácil. Mas, quando tinha recordações mais fortes dos fenômenos físicos, voltavam-lhe a angústia, o receio do desconhecido e a mágoa da inadaptação. (Cap. 7, pág. 45)

21. A natureza em "Nosso Lar" – "Nosso Lar" o impressionava. Quase tudo parecia melhorada cópia da Terra. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. O solo era forrado de vegetação. Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos. Graciosos edifícios, nenhum sem flores à entrada, e aves de plumagens policromas, que cruzavam os ares... Extremamente surpreendido, observando o movimento do parque, identificou ali animais domésticos. Lísias explicou, então, que todo processo evolutivo implica gradação e que há regiões múltiplas para os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para as criaturas envolvidas de carne terrestre. (Cap. 7, pág. 46)

22. Saudades – Um pensamento martelava a mente de André: Por que sua mãe não o visitara ainda? Lísias esclareceu que ela o havia ajudado dia e noite, desde a crise que antecipou sua vinda. Foi aí, então, que André soube que sua permanência nas esferas inferiores durara mais de oito anos consecutivos e que ela jamais desanimou, intercedendo em seu favor em "Nosso Lar" e rogando os bons ofícios de Clarêncio, que passou a visitá-lo freqüentemente. "No dia em que você orou com tanta alma, quando compreendeu que tudo no Universo pertence ao Pai Sublime, seu pranto era diferente", disse-lhe Lísias. "Não sabe que há chuvas que destroem e chuvas que criam? Lágrimas há também, assim." E Lísias acrescentou: "É lógico que o Senhor não espera por nossas rogativas para nos amar; no entanto, é indispensável nos colocarmos em determinada posição receptiva, a fim de compreender-lhe a infinita bondade". (Cap. 7, pp. 47 e 48)

23. A mãe de André Luiz – Clarêncio não tivera dificuldade em localizá-lo no Umbral, atendendo aos apelos de sua mãe. André é que demorou muito a encontrar Clarêncio. E quando ela soube que ele havia rasgado os véus escuros com o auxílio da oração, chorou de alegria... André foi informado, então, de que a mãe não vivia em "Nosso Lar", mas em esferas mais altas, onde trabalhava não somente por ele. Lísias deu-lhe, contudo, esperanças de revê-la. "Quando alguém deseja algo ardentemente, já se encontra a caminho da realização" – explicou o amigo. E o seu próprio caso servia de lição: "Anos a fio rolou, como pluma, albergando o medo, as tristezas e desilusões; mas, quando mentalizou firmemente a necessidade de receber o auxílio divino, dilatou o padrão vibratório da mente e alcançou visão e socorro". (Cap. 7, pág. 48)

Frases e apontamentos importantes

XXIX. O Umbral funciona como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões adquiridas por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena. (Lísias, cap. 12, pp. 70 e 71)

XXX. Nunca faltou no Umbral a proteção divina. Cada espírito lá permanece o tempo que se faça necessário. (Lísias, cap. 12, pág. 72)

XXXI. O plano umbralino está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, em verdade, todo espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem. (Lísias, cap. 12, pág. 72)

XXXII. Quem pensa, está fazendo alguma coisa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um, pois toda alma é um ímã poderoso. (Lísias, cap. 12, pág. 72)

XXXIII. Os médicos espirituais são detentores de técnica diferente. Ali, a medicina começava no coração, exteriorizando-se em amor e cuidado fraternal, e qualquer enfermeiro, dos mais simples, tinha conhecimentos e possibilidades muito superiores à minha ciência. (André Luiz, cap. 13, pp. 74 e 75)

XXXIV. O trabalho e a humildade são as duas margens do caminho do auxílio. Antes de amparar os que amamos, é indispensável estabelecer correntes de simpatia. Sem a cooperação é impossível atender com eficiência. Para que qualquer de nós alcance a alegria de auxiliar os amados, faz-se necessária a interferência de muitos a quem tenhamos ajudado, por nossa vez. Os que não cooperam, não recebem cooperação. Isso é da lei eterna. (Clarêncio, cap. 13, pág. 78)

XXXV. O médico da Terra não pode estacionar em diagnósticos e terminologias. Há que penetrar a alma, sondar-lhe as profundezas. Muitos médicos, no planeta, são prisioneiros das salas acadêmicas, porque a vaidade lhes roubou a chave do cárcere. Raros conseguem atravessar o pântano dos interesses inferiores. (Clarêncio, cap. 14, pp. 82 e 83)

XXXVI. O verdadeiro bem espalha bênçãos em nossos caminhos. (Clarêncio, cap. 14, pág. 84)

XXXVII. Os fluidos carnais compelem a alma a profundas sonolências. A experiência humana, em hipótese alguma, pode ser levada à conta de brincadeira. (André Luiz, cap. 15, pág. 85)

XXXVIII. A alegria também, quando excessiva, costuma castigar o coração. (Mãe de André Luiz, cap. 15, pág. 86)

XXXIX. Nunca saberemos agradecer a Deus tamanhas dádivas. O Pai jamais nos esquece, meu filho. Às vezes, a Providência separa os corações, temporariamente, para que aprendamos o amor divino. (Mãe de André Luiz, cap. 15, pág. 87)

XL. Na Terra, quase sempre, as mães não passam de escravas, no conceito dos filhos. Raros lhes entendem a dedicação antes de as perder. (André Luiz, cap. 15, pág. 88)

XLI. A atitude de queixa e de lamentação não se coaduna com as novas lições da vida. Esses gestos são perdoáveis nas esferas da carne; aqui, porém, filho, é indispensável atender, antes de tudo, ao Senhor. (Mãe de André Luiz, cap. 15, pág. 88)

XLII. Nossa dor não nos edifica pelos prantos que vertemos, ou pelas feridas que sangram em nós, mas pela porta de luz que nos oferece ao espírito, a fim de sermos mais compreensivos e mais humanos. (Mãe de André Luiz, cap. 15, pág. 88)

XLIII. A esfera espiritual mais elevada requer, sempre, mais trabalho, maior abnegação. Ninguém ali permanece em visões beatíficas, a distância dos deveres justos. (Mãe de André Luiz, cap. 16, pág. 90) (Continua no próximo número.)


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita