THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná
(Brasil)
Caracteres da Lei
Natural
Apresentamos nesta
edição o tema no
30 do Estudo
Sistematizado da
Doutrina Espírita,
que está sendo aqui
apresentado
semanalmente, de acordo
com programa elaborado
pela Federação Espírita
Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147
temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente
antes da leitura do
texto que a elas se
segue. Se destinado
somente a uso por parte
do leitor, pedimos que o
interessado tente
inicialmente responder
às questões e só depois
leia o texto referido.
As
respostas
correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões para debates
1. Que é Lei Natural?
2. Que tipos de leis a
Lei Natural abarca?
3. A Lei Natural é
mutável? Por quê?
4. Por que, sendo
expressões da mesma Lei,
a Ciência e a Religião
se distanciaram ao longo
dos tempos?
5. Chegará um dia em que
Ciência e Religião se
darão as mãos e
caminharão unidas?
Texto
para leitura
Conceito de Lei Natural
1. A Lei Natural –
informa a doutrina
espírita – é a lei de
Deus, a única lei
verdadeira e
indispensável à
felicidade do homem,
porque lhe indica o que
fazer e o que não deve
fazer, e ele só é
infeliz quando dela se
afasta.
2. Todos os fenômenos,
físicos e espirituais,
regem-se por leis
soberanamente justas e
sábias, seja no nosso
mundo, seja fora dele e
em todo o Universo. Tais
leis formam, em seu
conjunto, o que
conhecemos como Lei
Divina ou Natural, que é
eterna e imutável como o
próprio Deus.
3. Embora possamos
pensar, em razão de uma
análise superficial, que
a Lei Divina sofra
transformações, ela não
é mutável. Só as leis
estabelecidas pelo homem
é que o são, porque são
leis imperfeitas e
sujeitas às modificações
inerentes ao progresso.
4. À medida que os seres
humanos evoluem, quer
moralmente, quer
intelectualmente,
compreendem melhor a Lei
Natural e passam a
reformular antigos
conceitos. Para isso, no
entanto, fazem-se
necessárias numerosas
existências corporais,
até que cheguem à
categoria de Espíritos
Superiores ou à
categoria de Espíritos
Puros, quando reunirão
os conhecimentos
indispensáveis a esse
mister.
Divisão da Lei Natural
5. A Lei Natural abarca
dois tipos principais de
leis: I. As leis
físicas, que regulam o
movimento e as relações
da matéria bruta e cujo
estudo pertence ao
domínio da Ciência
propriamente dita, e II.
As leis morais, que
dizem respeito ao homem
considerado em si mesmo
e em suas relações com o
Criador e com os seus
semelhantes.
6. Apesar de a Lei
Natural compreender tudo
o que existe na obra da
criação, a maioria dos
homens, no estágio
evolutivo em que nos
encontramos, não a
conhece bem. É por isso
que em todas as épocas
da história humana tem
Deus enviado ao planeta
Espíritos missionários
que, reencarnados nas
diferentes áreas do
saber, vêm até nós para
no-la ensinar.
7. Desde as épocas mais
remotas a Ciência tem-se
dedicado exclusivamente
ao estudo dos fenômenos
do mundo físico,
suscetíveis de serem
examinados pela
observação e pela
experimentação, deixando
a cargo da Religião o
trato das questões
metafísicas e
espirituais.
Aliança entre a Ciência
e a Religião
8. Com o progresso
intelectual verificado
nos últimos tempos
ocorreu um
distanciamento
pronunciado entre a
Ciência e a Religião,
coisa que não deveria se
dar, porque ambas são
expressões da Lei
Natural a que todos nós
estamos submetidos.
9. Quanto mais o homem
desenvolve suas
faculdades intelectuais
e aprimora suas
percepções espirituais,
tanto mais ele se vai
inteirando de que o
mundo físico, esfera de
ação da Ciência, e a
ordem moral, objeto
especulativo da
Religião, guardam
íntimas e profundas
relações, concorrendo
ambas para a harmonia
universal, mercê das
leis sábias, eternas e
imutáveis que os regem,
como sábio, eterno e
imutável é o Seu
legislador.
10. É assim que podemos
verificar, sobretudo nos
últimos anos, que a
importância de
determinados valores
especialmente caros à
idéia religiosa – como o
afeto, a religiosidade,
o amor e a solidariedade
– tem sido comprovada
por meio de pesquisas
realizadas por vultos
eminentes da Ciência
terrena, fato que
concorre para que se
concretize um dia, que
não está distante, a
aliança entre a Ciência
e a Religião, antevista
por Allan Kardec na
passagem seguinte:
“São chegados os tempos
em que os ensinos do
Cristo devem ter a sua
execução; em que o véu
propositadamente lançado
sobre alguns pontos
desses ensinos deve ser
erguido; em que a
Ciência, deixando de ser
exclusivamente
materialista, tem de
levar em conta o
elemento espiritual, e
em que a Religião,
deixando de ignorar as
leis orgânicas e
imutáveis da matéria,
reconheça que estas duas
forças se amparam uma à
outra e seguem
harmonicamente,
prestando-se mútuo
auxílio. A Religião, já
não sendo mais
desmentida pela Ciência,
adquirirá então uma
força invulnerável,
porque estará de acordo
com a razão e terá a seu
favor a irresistível
lógica dos fatos.” (O
Evangelho segundo o
Espiritismo, cap. 1,
item 8.)
Respostas às questões
propostas
1. Que é Lei Natural?
R.: A Lei Natural é a
lei de Deus, a única lei
verdadeira e
indispensável à
felicidade do homem,
porque lhe indica o que
fazer e o que não deve
fazer, e ele só é
infeliz quando dela se
afasta. Todos os
fenômenos, físicos e
espirituais, regem-se
por leis soberanamente
justas e sábias, seja no
nosso mundo, seja fora
dele e em todo o
Universo. Essas leis
formam, em seu conjunto,
o que conhecemos como
Lei Divina ou Natural.
2. Que tipos de leis a
Lei Natural abarca?
R.: A Lei Natural abarca
dois tipos principais de
leis: As leis físicas,
que regulam o movimento
e as relações da matéria
bruta e cujo estudo
pertence ao domínio da
Ciência propriamente
dita, e as leis morais,
que dizem respeito ao
homem considerado em si
mesmo e em suas relações
com o Criador e com os
seus semelhantes.
3. A Lei Natural é
mutável? Por quê?
R.: A Lei Divina ou
Natural é eterna e
imutável como o próprio
Deus. Se ela fosse
mutável, não haveria
estabilidade no
Universo. Só as leis
estabelecidas pelo homem
é que o são, porque são
leis imperfeitas e
sujeitas às modificações
inerentes ao progresso.
4. Por que, sendo
expressões da mesma Lei,
a Ciência e a Religião
se distanciaram ao longo
dos tempos?
R.: Foi o progresso
intelectual verificado
nos últimos tempos, não
acompanhado do
correspondente progresso
moral, que determinou o
distanciamento existente
hoje entre a Ciência e a
Religião, fato que não
deveria se dar, porque
ambas são expressões da
Lei Natural a que todos
nós estamos submetidos.
5. Chegará um dia em que
Ciência e Religião se
darão as mãos e
caminharão unidas?
R.: Sim. Quanto mais o
homem desenvolve suas
faculdades intelectuais
e aprimora suas
percepções espirituais,
tanto mais ele se vai
inteirando de que o
mundo físico, esfera de
ação da Ciência, e a
ordem moral, objeto
especulativo da
Religião, guardam
íntimas e profundas
relações, concorrendo
ambas para a harmonia
universal. É assim que
podemos verificar,
sobretudo nos últimos
anos, que a importância
de determinados valores
especialmente caros à
idéia religiosa – como o
afeto, a religiosidade,
o amor e a solidariedade
– tem sido comprovada
por meio de pesquisas
realizadas por vultos
eminentes da Ciência
terrena, fato que
concorre para que se
concretize um dia a
aliança entre a Ciência
e a Religião, antevista
por Allan Kardec.
Bibliografia:
O Livro
dos Espíritos,
de Allan Kardec, itens
111, 112, 614, 615 e
617.
O Evangelho segundo o
Espiritismo,
de Allan Kardec, cap. 1,
item 8.
As Leis Morais,
de
Rodolfo Calligaris,
págs. 9 e 11.