ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
Obsessão: prevenção e cura
A oração em
parceria com o
burilamento
pessoal
constituem
singular
medicação
espiritual.
François C.
Liran
Conta-nos
Emmanuel:
(...) Alguém,
certa feita,
indagou de
grande filósofo
como
classificaria o
sábio e o
ignorante, e o
filósofo
respondeu
afirmando que
considerava um e
outro como sendo
o médico e o
doente. No
entanto, podemos
acrescentar:
entre o médico e
o doente existe
o remédio. Se o
enfermo guarda a
receita no bolso
e foge à
instrução
indicada, não
adianta o
esforço do
clínico ou do
cirurgião que
despendem estudo
e tempo para
servi-lo.
Que a obsessão é
moléstia da
Alma, não há
negar.
A criatura
desvalida de
conhecimento
superior
rende-se inerme,
à influência
aviltante, como
a planta sem
defesa se deixa
invadir pela
praga
destruidora, e
surgem os
dolorosos
enigmas
orgânicos que,
muitas vezes,
culminam com a
morte.
Dispomos,
contudo, na
Doutrina
Espírita, à luz
dos ensinamentos
do Cristo, de
verdadeira
ciência curativa
da Alma, com
recursos
próprios à
solução de cada
processo morboso
da mente,
removendo o
obsessor do
obsidiado, como
o agente químico
ou a intervenção
operatória
suprimem a
enfermidade no
enfermo, desde
que os
interessados se
submetam aos
impositivos do
tratamento.
Se conduzes o
problema da
obsessão com
lucidez bastante
para compreender
as próprias
necessidades,
não desconheces
que a renovação
da companhia
espiritual
inferior, a que
te ajustas,
depende de tua
própria
renovação.
Ouvirás
preleções
nobres,
situando-te os
rumos,
recolherás,
daqui e dali,
conselhos justos
e precisos;
encontrarás, em
suma, nos
princípios
espíritas,
apontamento
certo e exata
orientação.
Entretanto, como
no caso da
receita
prescrita por
médico abnegado
e culto, em teu
favor, a lição
do Evangelho
consola e
esclarece,
encoraja e honra
aqueles que a
recebem, mas, se
não for usada,
não adianta.
(1)
Entendemos com
Emmanuel, assim,
a importância de
que se reveste a
renovação de
nossos painéis
mentais, enfim,
da nossa opção
pelas
alcandoradas
diretrizes do
Cristo de Deus
para nos
premunirmos ou
curarmos as
obsessões.
Daí ter o Mestre
dos mestres
cantado:
Bem-Aventurados
os limpos de
coração, porque
eles verão a
Deus.
E quem seriam os
limpos de
coração?
(...) Sem
mancha, puros...
O esforço de
purificação do
psiquismo,
através das
reencarnações, é
o objetivo
essencial de
todos os seres
em seu plano de
aperfeiçoamento.
A
bem-aventurança
fala-nos da
felicidade pela
identificação
com o Criador,
quando
assumimos,
conscientemente,
a disposição de
empreendermos a
higienização ou
limpeza da Alma
das marcas que
ainda trazemos
do pretérito
milenar.
A palavra de
Jesus chega a
ser literal,
pois não apenas
nos sujamos
moralmente;
palmilhamos as
veredas da
delinqüência ou
da
criminalidade,
podemos
comprometer a
pureza do nosso
perispírito.
Nele imprimimos
as provas dos
delitos, de tal
modo que
passamos a ser
livros abertos
que podem ser
lidos a qualquer
momento por
entidades
desencarnadas.
Coração limpo é
o destituído de
maldade,
capacitado a
sentir e
perceber o bem,
a caridade e o
desempenho da
evolução em
todos os ângulos
da criação. Para
tanto, somos
concitados,
pelos registros
do Evangelho e
da Doutrina
Espírita, ao
esforço de
burilamento
dessa válvula do
sentimento, que
representa a
face do espelho
da alma,
permitindo que
ela reflita, em
todas as
direções, a
grandeza e a
bondade do
Criador.
(2)
Fontes:
(1)
- XAVIER,
Francisco
Cândido.
Seara dos
Médiuns. 11.
ed., Rio de
Janeiro:FEB,
1998, p.p.
195-196.
(2) ABREU,
Honório Onofre.
Luz
Imperecível.
3. ed. Belo
Horizonte: UEM,
capítulo 18,
p.p. 52-53.