Segundo
o
calendário
oficial,
Jesus
nasceu
há 2007
anos.
Mas,
perguntamos,
Jesus
nasceu
quando
para
nós? E
que
significa
seu
nascimento
na
intimidade
de
nossas
vidas?
Jesus
disse
que nos
amássemos
como ele
nos
amou. E
disse
que esse
era seu
jugo e
também o
seu
fardo.
Jugo
suave,
porque
amor;
fardo
leve,
porque
caridade.
Caridade
significa
amor de
irmão, o
que
implica
olharmos
para
nosso
lado e
enxergar
irmãos
nos
companheiros
do
caminho
–
tornar-nos
o
próximo
daqueles
que se
aproximam
de nós.
O que o
amor
opera em
nossos
corações
é a
chave
que pode
abrir os
grilhões
que nos
prendem
às
coisas
materiais,
à
materialidade
do
mundo.
Quando
Jesus
enunciou
a
palavra
amor,
exemplificando-a
no trato
conosco,
o mundo
sofreu
um
abalo. E
seu
nascimento
significa
o abalo
em
nossas
convicções
que faz
com que
procuremos
realmente
nos
modificar
para
melhor.
Se Jesus
já
nasceu
em
nossos
corações,
então
podemos
saber
que
demos o
primeiro
passo
para a
salvação
– passo
esse de
que só
nossa
consciência
é
testemunha
e que só
diz
respeito
a nós e
a Deus.
Mas o
que
significa
salvar-se?
Quando
Jesus
iniciou
suas
pregações,
ele
repetiu,
docemente,
as
palavras
do
Batista:
“arrependam-se,
façam
penitência,
e
convertam-se,
porque o
Reino
dos Céus
está
próximo
de
vocês”,
o que
implica
dizer
que o
Reino de
Deus,
onde a
lei de
justiça,
amor e
caridade
é
plenamente
exercida,
está a
um passo
de nós,
porque,
se nos
arrependermos,
se
repararmos
o mal
que
fizemos
e se
convertermos
nossa
face
para o
Criador,
então o
Reino
será
edificado
nos
nossos
corações
e nos
libertaremos.
Jesus,
ao
proferir
a
palavra
amor,
iniciou
uma
revolução.
Mas ele
não foi
nem é um
revolucionário
vulgar,
como
muitos o
vêem.
Nem
sequer é
um
revolucionário,
porque
não veio
destruir
a lei.
Ele foi
o
exemplo
puro da
lei de
Deus, o
agente
de
transformação
de
nossos
corações
para
melhor.
Jesus
desperta
em nós o
que
temos de
melhor.
E,
apesar
de
nossos
erros,
todos
temos o
que a
humanidade
tem de
melhor –
o amor,
em uns
latente,
em
outros
quase
sufocado
entre os
espinhos
do
egoísmo,
em
outros
ainda
desabrochando
em atos
humanitários,
em
pequena
ou larga
escala
segundo
a
estatura
de cada
um. E
Jesus é
o êmulo
do que
temos de
melhor e
conhece
cada uma
de suas
ovelhas
nominalmente.
Ele nos
conhece
a todos
nós por
nossos
predicados
e quer
que cada
um de
nós
desperte
a
semente
adormecida
do amor
em
nossos
corações.
A cada
Natal,
quando
as
atenções
das
pessoas
se
voltam
inteiramente
para
Papai
Noel,
geralmente
esquecemos
o
verdadeiro
aniversariante.
Não
esquecemos
as
compras
(se
podemos
comprar),
tampouco
a ceia
(se
podemos
cear),
mas
invariavelmente
esquecemos
Jesus
ou, o
que é
pior, se
nos
lembramos
dele,
nem
sempre
agimos
de
acordo
com o
que seu
nome faz
lembrar,
que é a
observância
da lei
do amor.
Quantas
vezes a
reunião
familiar,
mesmo
nas
festas
de
Natal, é
permeada
de
azedume,
de
hipocrisia,
de
malquerença?
Quantas
vezes,
em um
momento
que
deveria
ser a
celebração
do amor,
somos
arrastados
pelos
excessos
e pelos
prazeres
menos
dignos?
Jesus
fez seu
primeiro
“milagre”
numa
festa de
casamento.
Usamos
aqui o
vocábulo
milagre
por mera
concessão
aos
cristãos
não-espíritas,
porque
milagres
– ensina
o
Espiritismo
– não
existem.
Pelo
relato
dos
evangelistas,
parecia
que o
Mestre
gostava
de
ambientes
festivos,
porque
alegres,
mas
revestidos
de uma
alegria
pura,
sem a
mácula
dos
interesses
mundanos.
Acreditamos,
por
isso,
que
Jesus
quer que
festejemos,
sim, e
parece
que não
quer ser
tão-somente
lembrado
mas que
lembremos
sua
exortação
final
aos
discípulos
amados:
“amem-se
como eu
os
amei”.
Recordemos
suas
lições
neste
mês em
que se
celebra
mais um
Natal e
mostremos
aos
nossos
filhos e
aos
nossos
netos
que o
aniversariante
a ser
reverenciado
não é o
velhinho
simpático,
de
vestes
vermelhas,
que
encanta
as
criancinhas,
mas sim
o Amigo
de todas
as horas
que
recebeu
do Pai a
missão
de
conduzir
a
humanidade
terrena
ao porto
da paz e
da
felicidade.
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