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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 36 - 23 de Dezembro de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Missionários da Luz
André Luiz
(Parte 12)

Continuamos nesta edição o estudo da obra Missionários da Luz,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual integra a série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Como atuarão no futuro os médicos terrenos?

R.: Segundo o instrutor Manassés, a medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e a complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico. O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá sua ação profissional ao simples fornecimento de indicações técnicas, dirigindo-se, nos trabalhos curativos, muito mais às providências espirituais, onde o amor cristão represente o maior papel. (Missionários da Luz, cap. 12, págs. 176 a 179.)

B. Qual era a causa dos pesadelos que atormentavam Adelino?

R.: Adelino sonhava sistematicamente que alguém se aproximava dele, na qualidade de vigoroso inimigo. Tão logo se acomodava no leito, sentia que uma sombra se aproximava, e o sono acontecia debaixo de incrível ansiedade, repetindo-se os sonhos noite após noite. As lutas grosseiras do mundo o haviam levado ao esquecimento de Deus e fazia muitos anos que ele abandonara o hábito de orar. (Obra citada, cap. 13, págs. 180 a 189.)

C. Que fato extraordinário ocorreu em seguida ao perdão concedido por Adelino?

R.: Em seguida à reconciliação com seu adversário do passado, o organismo perispiritual de Adelino pareceu desfazer-se de pesadas nuvens, que se romperam de alto a baixo, revelando-lhe as características luminosas. Irradiações suavíssimas aureolavam-lhe então a personalidade, deixando perceber sua condição elevada e nobre. Como o perdão de Adelino fora sincero, as sombras espessas do ódio foram efetivamente dissipadas. (Obra citada, cap. 13, págs. 189 a 195.)

D. Por que, no processo da reencarnação de Segismundo, era fundamental o concurso de Adelino?

R.: Alexandre explicou que a mente humana pode ajudar no equilíbrio do organismo físico, mas, quando perturbada, é lesiva para as comunidades celulares que a servem. O pensamento envenenado de Adelino destruía a substância da hereditariedade, intoxicando a cromatina dentro da própria bolsa seminal. Por isso, no caso de Segismundo, unido a ele em processo ativo de redenção, não se podia dispensar-lhe o concurso amoroso e fraterno. Eis a razão do trabalho intenso para despertar nele os valores afetivos. Somente o amor proporciona vida, alegria e equilíbrio. Modificado em sua posição íntima, Adelino emitiria doravante forças magnéticas protetoras dos elementos destinados ao serviço da procriação. (Obra citada, cap. 13, págs. 196 a 198.) 

Texto para leitura

77. A medicina no futuro - Manassés ponderou, diante daqueles gráficos numerosos que se alinhavam com absoluta ordem, demonstrando o cuidado espiritual que precede o serviço de reencarnações, que a medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e a complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico. Muito raramente – disse o instrutor – não se encontram as afeições diretamente relacionadas com o psiquismo. Todos os órgãos são subordinados à ascendência moral. O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá sua ação profissional ao simples fornecimento de indicações técnicas, dirigindo-se, nos trabalhos curativos, muito mais às providências espirituais, onde o amor cristão represente o maior papel. (Cap. 12, págs. 176 e 177)

78. A úlcera escolhida - O instrutor mostrou a André o projeto da futura reencarnação de um amigo seu. Alguns pontos escuros podiam ser notados desde o cólon descendente à alça sigmóide. Aquilo indicava que ele sofreria, por escolha própria, uma úlcera de importância nessa região, logo que chegasse à maioridade, e a explicação era a seguinte: Mais de cem anos atrás o amigo cometeu revoltante crime, assassinando pobre homem a facadas. A vítima desencarnada ligou-se fortemente a ele e, por isso, o homicida colheu de seu crime resultados terríveis por muitos anos. É que o ódio recíproco opera igualmente vigorosa imantação e a entidade, fora da carne, passou a vingar-se dele, todos os dias, matando-o devagarinho, através de ataques sistemáticos pelo pensamento mortífero. Assim, quando o homicida desencarnou, trazia o organismo perispiritual em dolorosas condições, além do remorso natural que a situação lhe impusera. Arrependido do crime, sofreu muito e, depois de largos padecimentos, aproximou-se da vítima, beneficiando-a em louváveis serviços de resgate e penitência. Assim fazendo, cresceu moralmente, tornou-se amigo de muitos benfeitores, conquistou a simpatia de vários agrupamentos da colônia e obteve preciosas intercessões. Mas... a dívida permanecia. O amor, contudo, transformou o caráter do trabalho de pagamento. O Espírito, ao voltar à Crosta, não precisará desencarnar em espetáculo sangrento, mas onde estiver, durante os tempos de cura completa, carregará a própria ferida.  André notou, assim, que a justiça divina se cumpre sempre, mas, tão logo se disponha o Espírito à precisa transformação no Senhor, atenua-se o rigorismo do processo redentor, como informa o Evangelho de Jesus, que diz que "o amor cobre a multidão dos pecados". Fica evidente, pois, que ninguém trai a Vontade de Deus, nos processos evolutivos, sem graves tarefas de reparação, e todos os que tentam enganar a Natureza acabam por enganar a si mesmos. A existência não é um ato acidental e todos, na vida, recebem de acordo com o seu merecimento, atentos ao preceito evangélico "a cada um segundo suas obras". (Cap. 12, págs. 177 a 179)

79. No lar de Adelino - Eram dezoito horas, aproximadamente, quando André e Alexandre chegaram ao lar de Adelino, situado em pitoresco canto suburbano, qual ninho gracioso, rodeado de tufos de vegetação. Herculano os esperava no limiar e Segismundo, que viera com ele, esperava-os dentro da casa. Adelino e Raquel tomavam a refeição da tarde, junto do primogênito do casal, ainda um menino nos seus três anos. Perto, acomodado numa cadeira de descanso, estava Segismundo, que se abraçou a Alexandre chorando convulsivamente. O instrutor acolhia-o como pai e, após ouvi-lo durante alguns minutos, pediu-lhe que não chorasse, porque, estando a família em horário de jantar, não deveriam eles ser perturbados com a emissão de forças magnéticas de desalento.  Segismundo reconhecia ter sido um grande criminoso, mas pretendia redimir as velhas culpas. Adelino, porém, apesar das promessas anteriores na esfera espiritual, esqueceu, depois de encarnado, o perdão aos seus antigos erros. Alexandre lhe disse palavras de encorajamento e pediu-lhe não alimentasse expectativas e inquietações injustificáveis. Enquanto isso, à mesa do jantar, Adelino encontrava-se taciturno, conversando com a esposa apenas por monossílabos – não, sim, talvez, nenhuma –, o que levou Alexandre a dizer: Em verdade, a condição espiritual de Adelino é das piores, porque o sublime amor do altar doméstico anda muito longe, quando os cônjuges perdem o gosto de conversar entre si. (Cap. 13, págs. 180 a 183)

80. A ajuda espiritual desanuvia o ambiente - Vendo que Adelino, naquele estado psíquico, em nada ajudaria aos seus propósitos, Alexandre levantou-se e aproximou-se do menino, colocando a destra sobre o seu coração. O pequeno sorriu, mostrando novo brilho nos olhos azuis e falou, com inflexão de infinito carinho: Mamãe, por que papai está triste? Ela disse não saber o motivo, mas certamente eram os negócios, explicando, em seguida, que negócios são as lutas da vida. Papai fica alegre nos negócios? – a criança indagou. Ela disse que sim. Ele então perguntou: E por que fica triste em casa? A genitora carinhosa esclareceu o menino com paciência, explicando que, nas lutas de cada dia, o pai deve estar contente com todos e não deve ofender a ninguém. Mas, o que parecia tristeza era apenas cansaço do trabalho, pois, quando ele volta ao lar, traz consigo muitas preocupações. Se na rua, ele deve mostrar cordialidade e alegria a todos, para não ferir os demais, o mesmo não acontece no lar, onde se encontra à vontade para refletir nos problemas que o interessam de perto. A criança escutou, atenta, dividindo os olhares afetuosos entre pai e mãe, e tornou: Que pena, hein, mamãe? Adelino, tocado em sua alma pela ternura do filhinho e pela humildade sincera da companheira, sentiu que a nuvem de sombra de seus pensamentos dava lugar a repousantes sensações de alívio confortador. E sorriu, repentinamente transformado, dirigindo-se ao filho com nova inflexão de voz, para dizer-lhe que não estava triste, nem desalentado, mas apenas pensativo. O filho, ainda envolvido nas irradiações magnéticas de Alexandre, pediu-lhe então que ele fosse rezar, de noite, com ele, em seu quarto, no que o pai assentiu, e, a pedido deste, mostrou com uma pequena oração que ele sabia orar sozinho. Adelino tinha os olhos rasos d'água, após ouvir o filhinho dizer em sua prece sincera: "Meu Deus, guarda o papai nos caminhos da vida, dá-lhe saúde, tranqüilidade e coragem nas lutas de cada dia! Assim seja!". (Cap. 13, págs. 183 a 185)

81. Pesadelos na noite - A palestra do menino fizera enorme bem a Adelino, que revelou a Raquel estar passando por momentos difíceis que ele não sabia definir. Trazia o coração desalentado, opresso. Havia dias que suas noites eram agitadas e cheias de aflições e pesadelos. O marido sonhava sistematicamente que alguém se aproximava dele, na qualidade de vigoroso inimigo. Tão logo se acomodava no leito, sentia que uma sombra se aproximava, e o sono acontecia debaixo de incrível ansiedade, repetindo-se os sonhos noite após noite. Raquel lhe propôs uma consulta ao médico. Mas Adelino considerou que talvez não fosse preciso recorrer a facultativos. Seu filhinho talvez estivesse com a razão... As lutas grosseiras do mundo impuseram-lhe o esquecimento da fé em Deus. Há quantos anos teria abandonado a oração? E recordou que, quando menino, sua mãe o educara na ciência da prece. Ele sentia então a Bondade Divina em todas as coisas e ajoelhava-se confiante ao pé de sua mãe, implorando as bênçãos do Alto... Depois, vieram as emoções dos sentidos, o duelo com os maus, a experiência difícil na concorrência ao pão de cada dia, e desde então perdera a crença pura, que sentia necessidade de retomar... Adelino despediu-se e mais tarde retornou ao lar, a tempo de fazer com o filho as orações prometidas. (Cap. 13, págs. 186 a 189)

82. Prece em família - Antes de orar, o menino chamou os mensageiros de Deus para os assistirem na oração. Foi sua mãe que lhe ensinara essa providência. Os Espíritos que estavam na casa sentiram-se, assim, convidados e penetraram o recinto, onde o quadro era dos mais comoventes. O pequeno João pusera-se de joelhos e fazia a oração dominical, com infantil emotividade. Os pais seguiam-lhe a prece com grande atenção. Raquel se achava rodeada de intensa luminosidade, que, partindo do seu coração, envolvia o esposo e o filho em suaves irradiações. Quando todos, findas as preces, se recolheram sob os cobertores, Alexandre pediu a proteção divina para o casal, em voz alta, sendo acompanhado pelos demais Espíritos, em profundo silêncio. As vibrações do pensamento do grupo em prece congregaram-se, como parcelas de luminosas substâncias a se reunirem num todo, derramando-se sobre o leito conjugal, quais correntes sutis de forças magnéticas revigorantes e regeneradoras. Raquel logo abandonou o corpo físico, parecendo alheia à situação, abraçando-se com uma entidade também presente, que fora sua avó materna. Por que ela não via os demais Espíritos ali reunidos? Alexandre esclareceu dizendo que cada um deve ter a possibilidade de ver somente aquilo que lhe proporcione proveito legítimo. Não era necessário intensificar a sua percepção visual. Ela não precisaria seguir de perto os esclarecimentos que seriam ministrados a Adelino. Quem faz o que pode, recebe o salário da paz, esclareceu Alexandre. (Cap. 13, págs. 189 a 191)

83. As singularidades da vida espiritual - Adelino afastou-se do corpo físico, pesadamente. Não apresentava, tal qual a esposa, um halo radioso em derredor da personalidade, parecendo mover-se com extrema dificuldade. Alexandre aproveitou o ensejo para explicar que Adelino e Raquel, embora associados de muitas existências em comum e partilhando o mesmo cálice de dores e alegrias, viviam em plano mental diferente. É muito difícil estarem reunidas nos laços domésticos as almas da mesma esfera, asseverou Alexandre. Raquel podia ver a avozinha. Adelino, porém, somente podia ver Segismundo, com quem se encontrava imantado pelas forças do ódio que ele deixou desenvolver-se, de novo, em seu coração... Um grito lancinante ouviu-se em seguida. É que Adelino identificara a presença do antigo adversário e, espavorido, tentava correr, inutilmente. Qual criança medrosa, procurando refúgio, ele queria retomar o corpo físico, mas Alexandre, aproximando-se, estendeu-lhe as mãos, das quais saíram grandes chispas de luz. Contido pelos raios magnéticos, Adelino pôs-se a tremer, notando-se que ele começava a ver alguma coisa além da figura de Segismundo. Aos poucos, em vista das vigorosas emissões magnéticas de Alexandre, ele pôde ver o instrutor espiritual, com quem passou a sintonizar diretamente e caiu de joelhos, em convulsivo pranto. Ele associava a visão de Alexandre com a prece do filhinho. Supunha que Alexandre devia ser um emissário do Céu para salvá-lo dos pesadelos cruéis. Alexandre lhe disse: Adelino, guarda a paz que te trazemos em nome do Senhor! E, abraçando-o, perguntou o que temia. Adelino, indicando Segismundo, disse que aquele fantasma o enlouquecia. O instrutor o chamou, porém, à responsabilidade. É assim que ele recebia os irmãos infelizes? Onde pusera as noções de solidariedade humana? E pediu-lhe firmemente: Modifica as vibrações de teus pensamentos! recebe com caridade o mendigo que te bate à porta, quando não tenhas adquirido ainda bastante luz para recebê-lo com o amor que Jesus nos ensinou!  Impressionado com o que ouvia, Adelino, chorando copiosamente, voltou-se para Segismundo. Alexandre o incentivou, pedindo que contemplasse aquele pobrezinho que lhe pedia socorro e abrisse a ele as portas do coração. (Cap. 13, págs. 191 a 193)

84. Adelino e Segismundo se reconciliam - A presença de Segismundo despertava em Adelino as reminiscências do passado sombrio. Embora não conseguisse localizar os fatos vividos, experimentava no plano emotivo as recordações imprecisas dos acontecimentos, cheias de ansiedades dolorosas. Alexandre, contudo, lhe objetou que ele não deveria permitir que forças negativas e destruidoras se intrometessem em sua alma. É sempre possível transformar o mal em bem, quando há firme disposição da criatura no serviço de fidelidade ao Senhor, disse-lhe o instrutor espiritual. E como Adelino chorasse copiosamente, Alexandre pediu-lhe cessasse o pranto, equilibrasse o coração e aproveitasse a sagrada oportunidade. Adelino, enxugando as lágrimas, pediu-lhe que o ajudasse, por amor de Deus. Foi então que Alexandre, sentindo a sinceridade do amigo, convidou Segismundo a aproximar-se. A entidade levantou-se cambaleante, angustiada. Alexandre, amparando Adelino, indicou-lhe o ex-assassino dizendo: Este é o nosso amigo Segismundo que necessita de tua cooperação no serviço redentor. Estende-lhe as mãos fraternas e atende em nome de Jesus!  Adelino não hesitou e, apesar do grande esforço íntimo, apertou a destra do ex-adversário, fundamente comovido. "Perdoe-me, irmão! – murmurou Segismundo, com infinita humildade. – O Senhor recompensá-lo-á pelo bem que me faz..." O marido de Raquel fixou-o nos olhos e redargüiu: "Disponha de mim... serei seu amigo!...". Segismundo inclinou-se, respeitoso, e beijou-lhe as mãos. Esse ato conquistou Adelino. Não podia ser mau aquele Espírito que lhe beijava as mãos com veneração e carinho. Então  registrou-se um fenômeno singular: o organismo perispiritual de Adelino parecia desfazer-se de pesadas nuvens, que se rompiam de alto a baixo, revelando-lhe as características luminosas. Irradiações suavíssimas aureolavam-lhe agora a personalidade, deixando perceber a sua condição elevada e nobre. Como o perdão de Adelino fora sincero, as sombras espessas do ódio foram efetivamente dissipadas. (Cap. 13, págs. 193 a 195)

85. A necessidade do concurso afetivo de Adelino - Segismundo sorria, resignado e confiante, porquanto Alexandre lhe disse que na semana entrante já poderia iniciar-se o seu serviço definitivo de reencarnação. No gráfico referente ao seu futuro corpo físico podiam-se ver as imagens da moléstias do coração que ele sofreria na idade madura, como conseqüência da falta cometida no passado. Ele experimentaria grandes perturbações dos nervos cardíacos. Era preciso, entretanto, que ele entendesse que as provas de resgate inclinam a alma encarnada a situações periclitantes e difíceis, mas não obrigam a novas quedas espirituais, quando dispomos de verdadeira boa vontade no trabalho de elevação. O aprendiz aplicado pode ganhar muito tempo e conquistar imensos valores se, de fato, procura conhecer as lições e pô-las em prática – asseverou Alexandre. A justiça divina nunca foi exercida sem amor. E quando a fidelidade sincera ao Senhor permanece viva no coração dos homens, há sempre lugar para o "acréscimo de misericórdia" a que se referia Jesus em seu apostolado, concluiu o mentor espiritual. As coisas iam-se encaminhando muito bem, mas André Luiz estava curioso: por que não se fazia a ligação de Segismundo, sem quaisquer delongas? Sua estranheza era natural, disse-lhe Alexandre, que explicou então como a mente humana pode ajudar no equilíbrio do organismo físico, e quanto – quando perturbada – é lesiva para as comunidades celulares que a servem. O pensamento envenenado de Adelino destruía a substância da hereditariedade, intoxicando a cromatina dentro da própria bolsa seminal. Ele poderia atender aos apelos da Natureza, com a união sexual, mas não atingiria os objetivos da Criação, porque, devido às disposições lamentáveis de sua vida íntima, estava aniquilando as células criadoras, ao nascerem, e, mesmo se não as aniquilasse por completo, intoxicava os genes do caráter, dificultando a ação procriadora. Ora, no caso de Segismundo, unido a ele em processo ativo de redenção, não se podia dispensar-lhe o concurso amoroso e fraterno. Eis a razão do trabalho intenso para despertar em Adelino os valores afetivos. Somente o amor proporciona vida, alegria e equilíbrio. Modificado em sua posição íntima, Adelino emitiria doravante forças magnéticas protetoras dos elementos destinados ao serviço da procriação. Concluindo suas explicações, Alexandre acentuou que não existem milagres para o culto do menor esforço: quando ensinamos, em toda parte, a necessidade da prática do amor, não procedemos obedientes a meros princípios de essência religiosa, mas atendendo a imperativos reais da própria vida. (Cap. 13, págs. 196 a 198) (Continua no próximo número.)


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