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Estudando as obras de Kardec
Ano 1 - N° 36 - 23 de Dezembro de 2007

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

O que é o Espiritismo
Allan Kardec
(Parte 14 e final)

Concluímos nesta edição o estudo do livro O que é o Espiritismo, que surgiu em Paris em julho de 1859, o qual foi aqui apresentado em 14 partes. As páginas citadas no texto referem-se à 20a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O homem possui livre-arbítrio ou está sujeito à fatalidade?

O homem é dotado do livre-arbítrio, que é uma conseqüência da justiça de Deus. Trata-se de um atributo que eleva o homem acima de todas as outras criaturas. Se sua conduta fosse sujeita à fatalidade, não haveria para ele responsabilidade do mal, nem mérito do bem que pratica. (O que é o Espiritismo, capítulo III, item 128.)

B. Qual é a causa dos males que afligem a humanidade?

Os males da nossa humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contacto de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros. (Obra citada, capítulo III, item 132.)

C. Qual a explicação espírita para o fato de muitas pessoas nascerem na indigência enquanto outros nascem na opulência?  

Esse efeito tem uma causa; se esta causa não é encontrada na vida presente, deve achar-se antes desta. O Espiritismo nos mostra que mais de um homem nascido na miséria foi rico e considerado numa existência anterior, na qual fez mau uso da fortuna que Deus o encarregou de gerir. Nem sempre, porém, uma vida penosa é fruto de expiação; muitas vezes é prova escolhida pelo Espírito, que vê nela um meio de avançar mais rapidamente, conforme a coragem com que saiba suportá-la. A riqueza é também uma prova, mais perigosa até que a miséria, pelas tentações que dá e pelos abusos que enseja. O exemplo dos que passaram pela Terra demonstra ser ela uma prova em que a vitória é mais difícil. (Obra citada, capítulo III, item 134.)

D. Qual é a situação da alma logo depois da morte do corpo?

No momento da morte tudo se apresenta confuso. É-lhe preciso algum tempo para se reconhecer. O tempo da perturbação seqüente à morte é muito variável; pode ser de algumas horas, como de muitos dias, meses e mesmo de muitos anos. Essa perturbação nada tem de penosa para o homem de bem, mas é cheia de ansiedade e de angústias para o indivíduo cuja consciência não é pura e amou mais a vida corporal que a espiritual. (Obra citada, capítulo III, itens 144, 145 e 153.) 

Texto para leitura

178. Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito durante o sono; às vezes, são a recordação dos lugares e das pessoas que o Espírito viu ou visitou nesse estado. (Cap. III, item 137, pág. 204.)

179. Os pressentimentos são recordações vagas e intuitivas do que o Espírito aprendeu  seus momentos de liberdade e, algumas vezes, avisos ocultos dados por Espíritos benévolos. (Cap. III, item 138, pág. 204.)

180. A presença simultânea da selvageria e da civilização, na Terra, é um fato material que prova o progresso que uns já fizeram e que os outros têm de fazer. A alma do selvagem atingirá, pois, com o tempo, o mesmo grau da alma esclarecida, mas para atingi-lo deverá passar por encarnações sucessivas. (Cap. III, itens 139 a 141, pp. 205 e 206.)

181. As faculdades da alma são proporcionais à sua purificação; só as de escol podem gozar da presença de Deus. (Cap. III, item 146, pág. 209.)

182. Deus está em toda a parte, porque em toda a parte Ele irradia. Os Espíritos atrasados, porém, estão envolvidos numa espécie de nevoeiro que O oculta a seus olhos e que não se dissipa senão à medida que eles se desmaterializam e se purificam. (Cap. III, item 147, pág. 209.)

183. Na morte natural, o desprendimento da alma se opera gradualmente e sem abalo, começando mesmo antes que a vida esteja extinta. Na morte violenta, por suplício, suicídio ou acidente, os laços são partidos bruscamente; o Espírito, surpreendido, fica como que tonto com a mudança nele efetuada, e não acha explicação para a sua situação. Um fenômeno mais ou menos comum em tal caso é pensar que não esteja morto, podendo essa ilusão durar muitos meses e até muitos anos. Nesse estado, ele se locomove, julga ocupar-se dos seus negócios e mostra-se espantado de não lhe responderem, quando fala. (Cap. III, item 149, pp. 210 e 211.)

184. A mesma ilusão post-mortem se nota, fora dos casos de morte violenta, em muitos indivíduos cuja vida foi absorvida pelos gozos e interesses materiais. (Cap. III, item 149, pág. 211.)

185. Livre do invólucro material, o Espírito de uma criança morta em tenra idade volta a ter as faculdades que tinha antes da sua encarnação. Como não passou mais que alguns instantes na vida corpórea, não sofre modificação nas faculdades. (Cap. III, item 154, pág. 212.)

186. O Espírito de um menino pode falar como um adulto, porque pode ser um Espírito adiantado. Se algumas vezes adota a linguagem infantil é para não tirar à mãe o encanto que sempre está ligado à afeição de um ente frágil, delicado e adornado com as graças da inocência. (Cap. III, item 154, pág. 212.)

187. A entrada no mundo dos Espíritos não dá à alma todos os conhecimentos que lhe faltavam na Terra. Depois da morte, elas progridem mais ou menos, segundo sua vontade, e algumas se adiantam muito, mas precisam pôr em prática, durante a vida corporal, o que adquiriram em ciência e moralidade. (Cap. III, item 156, pág. 213.)

188. Os Espíritos têm ocupações na vida espiritual relacionadas com o seu grau de adiantamento. (Cap. III, item 159, pág. 214.)

189. A Igreja reconhece hoje que o fogo do inferno é todo moral e não material, mas não define a natureza dos sofrimentos. Segundo os Espíritos, essas penas não são uniformes: variam infinitamente, segundo a natureza e o grau das faltas cometidas, sendo quase sempre essas faltas o instrumento do seu castigo. Assim é que certos assassinos são obrigados a conservar-se no próprio lugar do crime e a ver suas vítimas incessantemente; que o homem de gostos sensuais e materiais conserva esses pendores juntamente com a impossibilidade de satisfazê-los; que certos avarentos julgam sofrer o frio e as privações que suportaram na vida por sua avareza; que outros se conservam junto aos tesouros que enterraram, com medo de que os roubem... Em uma palavra, não há um defeito, uma imperfeição moral, um ato mau que não tenha, no mundo espiritual, seu reverso e suas conseqüências naturais. Para isso, não existe necessidade de um lugar determinado e circunscrito. Onde quer que se ache o Espírito perverso, o inferno estará com ele. (Cap. III, item 160, pág. 215.)

190. Além dos sofrimentos materiais, há as penas e provas materiais que o Espírito, se não está depurado, experimenta numa nova encarnação, na qual é colocado em condições de sofrer o que fez a outrem sofrer; de ser humilhado, se foi orgulhoso; miserável, se foi avarento; infeliz com seus filhos, se foi mau filho, etc. A Terra é, assim, um dos lugares de exílio e de expiação, um purgatório, para os Espíritos dessa natureza, do qual cada um se pode libertar melhorando-se suficientemente para merecer habitação em mundo melhor. (Cap. III, item 160, pp. 215 e 216.)

191. A prece é sempre útil às almas sofredoras. Os bons Espíritos a recomendam e os imperfeitos a pedem como meio de aliviar os seus sofrimentos. Além do consolo que propicia, a prece exorta o devedor ao arrependimento. (Cap. III, item 161, pág. 216.)

192. A felicidade dos bons Espíritos consiste em conhecer todas as coisas, não sentir ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que infelicitam os homens. O amor que os une é, para os bons Espíritos, a fonte de suprema felicidade, pois não experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. O estado contemplativo seria uma coisa estúpida e monótona. A vida espiritual é, ao contrário, plena de atividades incessantes pelas missões que os Espíritos recebem do Ser Supremo, como seus agentes no governo do Universo. (Cap. III, item 162, pp. 216 e 217.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita