EUGÊNIA PICKINA
eugeniamva@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Tempo de
renovação!
Aprende o amor
que reparte em
abraços o pão e
o perdão,amor
fraterno que faz
pontes nos
abismos e dá
bússola ao
coração, pois
nele desnuda o
medo para
clarear o fato:
seu destino,
viajor, é amar
sem fuga!
Seja qual for a
tradição, o Ano
Novo tem por
função “abrir o
tempo”, a
chegada do
momento
favorável. E
essa
transfiguração
do tempo
chama-se Festa,
na qual se
rememora os
votos da paz,
amor e gratidão,
que devem ser
compartilhados.
E nossa paz,
amor e gratidão
pertencem a
Jesus, o Excelso
Médium do
Senhor, que
albergou a
Humanidade no
seu coração,
confiante de que
a Verdade é
capaz de
construir em nós
as atitudes
santificadoras,
que reconhecem
todos os
semelhantes como
irmãos.
Toda a
trajetória de
Jesus na Terra
foi uma
conferência
iluminada de
abnegação,
doçura,
tolerância,
dedicação ao
próximo – Ele
que possuía
todas as
virtudes e
talentos. Seus
exemplos,
guiados pelo
hálito do amor,
estão embebidos
de uma ética
benevolente e
compassiva, que
nos esclarece o
amor a Deus, a
si mesmo e ao
próximo como as
senhas
principais para
a superação de
quaisquer
sofrimentos e
para o valioso
sentido da vida
– o caminho para
a vida eterna.
Entretanto, se
somos frágeis,
pois
imperfeitos,
podemos saciar
nossa sede de
existência
significativa
caso ouçamos,
com o coração,
as parábolas de
Jesus, que nos
revelam os
segredos, tão
claros, de uma
vida boa, pois é
sempre tempo de
renovação!
Quando estamos
em dificuldade
de qualquer
ordem,
deveríamos
deixar crescer
em nós uma voz
serena, que
sussurra, mais
uma vez, a fala
do Cristo:
“Vós sois o sal
da terra...”
Mas o que é ser
o sal da terra?
O sal está
ligado à
condimentação e
à conservação
dos alimentos.
Ele enriquece a
comida e, ainda,
evita a
deterioração.
Dessa maneira,
segundo uma
ética cristã,
nós temos a
incumbência de
temperar a vida,
dar-lhe sabor,
neutralizar a
insipidez dos
acontecimentos,
tantas vezes
eivados de
desgostos e de
todos os tipos
de corrupção,
que apodrecem o
Espírito e
descortinam a
senda de uma
existência
insossa,
inclinada a
doenças e
tormentos.
Todo mundo pode
ser feliz se
levar em
consideração a
sua essência
salina, apta
a transformar o
azedume em
ânimo, a mágoa
em perdão, a
maledicência em
silenciosa
compreensão.
Viver para o bem
exige disciplina
contínua, haja
vista as ilusões
mundanas;
contudo, a ação
cotidiana no bem
produz
resultados tão
positivos e
prazerosos, que
o esforço mínimo
é de imediato
recompensado.
Nada supera a
esperança do
aprendiz
disciplinado,
que leva o
tempero da
indulgência às
situações
contaminadas
pelo desamor e a
ignorância.
De outro lado, o
sal se tomado em
estado puro, não
cumprirá sua
finalidade de
garantir o
sabor; porém,
quando usado
discretamente
como adição,
como adequação,
assegura
agradabilidade a
tudo. Dessa
maneira, é a
consciência
ética, crivada
na lei do amor e
da caridade, que
transforma as
situações
mundanas
negativas,
principalmente
as embaraçosas,
preservando-as
da putrefação.
Sejamos, então,
Espíritos
compromissados
com a Verdade do
Cristo, a única
que saciará a
nossa fome de
evolução.
Ora, se no Natal
recordamos a
estrela
misteriosa que
penetrou no
estábulo, no
qual brilhou a
Luz da
Criança-Jesus,
no Ano Novo, sem
dúvida, o
sentido de nossa
caminhada se
reencontra
justamente
diante da
abertura
hospitaleira que
o dia 31
anuncia...
Abrir-se o homem
ao divino,
quebrar o ranço
dos velhos
hábitos para
entrever a
dimensão de
possibilidades
que promova o
seu crescimento
interior a
serviço do bem e
da fraternidade.
Neste findar de
dezembro,
portanto, existe
para nós,
novamente, esta
reflexão
essencial: o
encontro com o
Cristo no
interior de nós
mesmos, que pede
atenção ao
instante
favorável, o
presente, para a
realização de
uma prática,
que, estribada
em nosso
livre-arbítrio,
pode revestir
dois tipos de
atitudes – as
ajustadas com
uma felicidade
confundida com a
segurança
material
(ilusória) ou as
ajustadas com a
função de sal do
qual somos
portadores, que
reclama nossa
contribuição de
acordo com a
nossa
particularidade,
com a nossa
diferença para
que o mundo seja
um lugar melhor
e mais
temperante...
Obrigada, Jesus!
Nós agradecemos
o seu Evangelho
– Código de
Ética Universal
– que nos ensina
a ser-fazer,
à medida que nos
dá as respostas
para nossas
dificuldades, os
meios para o
nosso
crescimento e os
recursos para a
expansão do
talento que o
Pai nos confiou.
Nós agradecemos
os seus servos
fiéis, Francisco
de Assis, Allan
Kardec,
Francisco
Cândido Xavier
(a tríade
Francisco-Kardec-Xavier),
seus
disciplinados
instrumentos
que, por amor,
sinalizam o
discernimento
para uma
afortunada
estada no seu
planeta Azul.
Ah!, Jesus, que
o nosso Ano Novo
seja abençoado e
que a sua Paz,
Mestre Amado,
guarde a Terra
inteira.