ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Um enorme
flagelo
Um dos maiores
equívocos
humanos, para
não dizer o
maior, é o
suicídio. A
pessoa sente-se
pressionada por
uma quantidade
variável de
desafios, que
julga serem
problemas sem
solução, e
precipita-se na
ilusão da morte.
Sim, ilusão,
porque ninguém
consegue
auto-exterminar-se.
E o suicídio
agrava as
dificuldades
porque aí a
pessoa sente o
corpo inanimado,
cuja
decomposição
experimenta com
os horrores
próprios,
pressionada
agora pelo
arrependimento,
pelo remorso,
sem
possibilidade de
retorno imediato
para refazer a
própria vida.
Em meio a dores
morais intensas,
com as sensações
físicas
próprias,
sentindo ainda a
angústia dos
seres queridos
que com ele
conviviam, o
suicida torna-se
um indigente
do além.
Como? Sim,
apenas
conseqüências do
ato extremo,
nunca castigo.
Isto tudo por
uma razão muito
simples: não
somos o corpo,
estamos no
corpo. Somos
Espíritos
reencarnados,
imortais. E a
vida nunca
cessa, ela
continua
objetivando o
aprimoramento
moral e
intelectual de
todos os filhos
de Deus.
Suicidar-se é
ilusão. Os
desafios
existenciais
surgem
exatamente para
promover o
progresso,
convidando à
conquista de
virtudes e o
desenvolvimento
da inteligência.
A oportunidade
de viver e
aprender é muito
rica para ser
desprezada. E
quando alguém a
descarta, surgem
conseqüências
naturais: o
sofrimento
físico, pela
auto-agressão e
o sofrimento
moral do
arrependimento e
da perda de
oportunidades.
Muitos, talvez,
poderão
perguntar-se:
Mas de onde vêm
essas
informações?
A Revelação
Espírita trouxe
essas
informações. São
os próprios
Espíritos que
trouxeram as
descrições do
estado que se
encontram depois
da morte. Entre
eles, também os
suicidas
descrevem os
sofrimentos
físicos e morais
que
experimentam.
Sim porque sendo
patrimônio
concedido por
Deus, a vida
interrompida por
vontade própria
é transgressão à
sua Lei de Amor.
Como uma criança
pequena que
teima em não
ouvir os pais e
coloca os dedos
na tomada
elétrica.
Para os
suicídios há
atenuantes e
agravantes, mas
sempre com
conseqüências
dolorosas e que
vão requerer
longo tempo de
recuperação.
Deus, que é Pai
bondoso e
misericordioso,
jamais abandona
seus filhos e
concede-lhes
sempre novas
oportunidades.
Aí surge a
reencarnação
como caminho
reparador, em
existências
difíceis que
apresentam os
sintomas e
aparências do
ato extremo do
suicídio.
Há que se pensar
nos familiares,
cônjuges, pais e
filhos, na dor
que experimentam
diante do
suicídio do ser
querido.
Há que se pensar
no
arrependimento
inevitável que
virá. Há que se
ponderar no
desprezo
endereçado à
vida.
Há, mais ainda,
que se buscar na
confiança em
Deus, na
coragem, na
prece sincera,
nos amigos
(especialmente o
maior deles,
Jesus), a força
que se precisa
para vencer
quaisquer idéias
que sugiram o
auto-extermínio.