– No processo de
educação da criança,
qual o papel do
Espiritismo? Devemos
educar nossos filhos já
como espíritas ou
ensinar-lhes os
princípios da Doutrina
para que mais tarde
escolham seus caminhos?
Raul Teixeira:
Inconcebível o fato de
que adultos, que
conhecem as atuais
dificuldades para a
nobre educação da
criança, em função da
maioria das produções
veiculadas pelas mídias,
das variadas relações e
interferências sociais
complicadas, esperem que
seus filhos escolham
mais tarde o caminho
da fé religiosa.
Do mesmo modo que os
pais levam seus filhos à
vacinação alopática, sem
consultá-los, porque
dizem saber o que é bom
para eles, assim,
igualmente, deveriam
agir no tocante à
Doutrina Espírita, ou
seja, conduzi-los aos
conhecimentos das coisas
do espírito desde cedo.
Assim como ao tornar-se
adulto, o filho poderá
não mais adotar cuidados
médicos alopáticos, mas,
agora, homeopáticos,
fitoterápicos, etc.,
também, no espaço da
religião, poderá ele,
após os diversos
conhecimentos e
experiências adquiridos,
resolver adotar outro
sistema de concepções
para louvar e servir a
Deus, ou mesmo não
adotar nenhum outro
sistema.
Da mesma maneira que os
cuidados paternos ao
vaciná-lo, na infância,
resguardaram-lhe a saúde
física, o conduzimento
aos campos do
conhecimento espírita,
desde a infância,
permitir-lhe-á o gozo de
saúde espiritual, que
lhe conferirá clareza
mental para outras
decisões futuras sobre a
sua própria vida.
O Espiritismo na vida
infantil significa
formidável processo de
vacinação preventiva, ao
mesmo tempo curadora,
por tudo quanto ensina,
por tudo quanto aclara,
por tudo de útil e bom
que semeia nessa alma
milenária revestida de
nova roupa biológica, e
sob nossa
responsabilidade.
Do livro
Desafios da Educação,
1a
edição, questão 11, de
Camilo, psicografado por
J. Raul Teixeira e
publicado pela Editora
Fráter Livros Espíritas,
de Niterói-RJ.