ARTHUR BERNARDES
DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, Minas
Gerais (Brasil)
Morte e
prorrogação de
vida física
Volta e meia
ouve-se falar de
pessoas que
tiveram
prorrogada sua
vida física,
isto é, tiveram
adiada sua
morte. André
Luiz relata
alguns casos.
Manoel Philomeno
também. Penso
que deveríamos
examinar melhor
essa questão à
vista do que
está
explicitamente
declarado no
Livro dos
Espíritos.
Assim é que,
perante o tema,
parece estar
definitivamente
assentado que:
− O próprio
Espírito escolhe
o gênero de
provas por que
há de passar,
agregada a essa
escolha a forma
pela qual, em
condições
normais, sua
morte se dará;
− Estão
previstos na
programação de
sua encarnação
todos os fatos
principais, isto
é, aqueles que
influirão no seu
destino,
incluída,
evidentemente, a
sua morte;
− Fatal, no
verdadeiro
sentido da
palavra, só o
instante da
morte o é;
chegado esse
momento, de uma
forma ou de
outra, a ele não
se pode furtar;
− Quando soar a
hora da partida,
nada poderá
impedir que ela
aconteça;
− Se é destino
do homem perecer
desta ou daquela
maneira,
subindo, por
exemplo, em uma
escada que se
quebra, ou
estando em um
local em que um
raio irá
atingi-lo, as
circunstâncias
se darão para
que desta forma
tudo aconteça.
Tudo indica,
segundo os
Espíritos que
ajudaram Kardec
na consolidação
dos princípios
doutrinários,
que a morte tem
hora marcada. Só
o suicídio pode
alterar tal fato
pela sua
antecipação,
consciente ou
inconscientemente.
É aí que surge a
questão. Como
compatibilizar o
ensino de Kardec
com as
informações
desses dois
notáveis
escritores,
André Luiz e
Manoel
Philomeno?
Penso, embora
ele não tenha
deixado isso bem
claro, que a
solução está na
palavra de André
Luiz a respeito
daqueles
Espíritos que
aproveitaram
todos os minutos
de sua vida e
aos quais ele
chama de
“completistas”.
“Completistas”,
na sua
concepção, são
os Espíritos que
viveram,
integralmente,
todo o tempo
previsto para
sua experiência
encarnatória.
São poucos esses
Espíritos. Em
geral, nós,
não-completistas,
morremos antes
da hora, porque
desperdiçamos
saúde, jogando
fora energias
fundamentais;
ignorando
hábitos
essenciais de
higiene física e
mental;
agredindo a
natureza que nos
serve; deixando
esgotar,
irresponsavelmente,
o fluido que nos
mantém vivos.
Para os
“completistas”
não teria
sentido falar em
prorrogação,
senão teríamos
que admitir a
existência de
uma nova
categoria, acima
dos
completistas: os
supercompletistas.