AYLTON
PAIVA
paiva.aylton@terra.com.br
Lins,
São
Paulo
(Brasil)
Aceitar
a vida
A compreensão, a
flexibilidade e
a adaptação são
condições
importantes em
nossas vidas a
fim de que
possamos
construir,
gradativamente,
o nosso
bem-estar mais
perene.
Lenice observou
que Maria Luiza,
sua nova
companheira de
trabalho,
apresentava a
fisionomia muito
tensa, denotando
frustração ou
grande
preocupação.
Aproximou-se
dela e
falou-lhe: − Que
acontece, Maria
Luiza, você
parece tão
tensa, tão
preocupada?
− Ah, está sendo
muito difícil
para mim a
mudança de
cidade, mudança
de trabalho,
dificuldade em
fazer novos
amigos. Estou
muito
aborrecida.
Aqui, no
trabalho, só
você me dá
atenção, minhas
vizinhas passam
por mim e não me
cumprimentam.
Está muito
difícil viver
nesta cidade.
− Não Maria
Luiza, você está
com uma visão
equivocada de
nosso ambiente
de trabalho e
das pessoas de
nossa cidade.
Vamos fazer o
seguinte: no
intervalo, em
nosso horário do
almoço, vamos
voltar a
conversar sobre
isso, está bem?
− Sim! Estou
precisando da
sua ajuda,
Lenice.
− Pois é Maria
Luiza, retomando
a nossa
conversa, vou
recontar a você
uma história que
ouvi, ontem, na
palestra sobre:
Aceitar a
Vida, que o
expositor
Enilton fez no
Centro Espírita
“Evolução”:
Em uma pequena
cidade, logo na
sua entrada,
morava um velho
que era tido
como uma pessoa
de muita
sabedoria e bom
senso por todos.
Certa feita, ele
estava como de
costume, em
frente de sua
casa, quando
parou um carro e
uma senhora o
saudou e já lhe
foi dizendo:
− O senhor mora
aqui há muitos
anos, certo?
− Sim!
−
Estou
mudando-me para
cá. O senhor
pode me dizer
se, nesta
cidade, eu
encontrarei
pessoas amigas,
fáceis em se
fazer amizades?
− Sim. Tenha
certeza de que,
em nossa cidade,
a senhora
encontrará
pessoas boas,
amigas, fáceis
de fazer
amizade. Logo a
senhora estará
entrosada em
nossa
comunidade.
− Muito
obrigada! Eu
sabia que iria
encontrar
pessoas assim. O
senhor já me
parece uma
delas. Até logo!
Um jovem que se
postava próximo
do velho,
disse-lhe: − Ei,
vô, ela parece
uma pessoa
legal, né?
− Por certo,
meu caro.
Passados
alguns dias...
Lá está o velho,
na sua rotina,
sentado diante
da casa e o
jovem ao seu
lado. Pára um
carro. O
motorista
gritou-lhe:
− O senhor mora
aqui há muito
tempo?
− Sim, meu
jovem.
− Tive que me
mudar para esta
cidade. É
desagradável
mudar de cidade,
ter que fazer
novas amizades,
nem sempre é
fácil. Em uma
cidade pequena,
como esta, acho
que as pessoas
são
“bairristas”,
não aceitam
fácil as pessoas
novas. São
orgulhosas, né?
− O senhor tem
razão. Terá
dificuldade em
fazer novas
amizades.
Encontrará
pessoas
orgulhosas...
− Eu sabia, eu
sabia que não ia
ser fácil!
Obrigado, farei
o que for
possível para me
adaptar...
Partiu
velozmente com o
carro.
O jovem que a
tudo
acompanhara,
olhou para o
velho e lhe
disse: − Vô, mas
o senhor é
mentiroso, pois
para a mulher ou
para o homem o
senhor mentiu.
− Meu filho, eu
não menti. Cada
um deles está
mostrando como
aceita a vida.
A jovem senhora,
refletindo o que
está no seu
interior
encontrará
pessoas que são
amigas, boas e
ela fará
amizades com
facilidade. Por
outro lado, o
moço, que já
traz a prevenção
dentro de si,
conseqüentemente
tem uma dose
maior de orgulho
e egoísmo, terá
dificuldades
para
relacionar-se e
ter amizades.
Entendeu?
− Acho que
sim...
Lenice
silenciou. Olhou
para a amiga,
que a
acompanhava
atenta, e
perguntou:
− Então, Maria
Luiza, gostou da
história do
velhinho?
− Gostei. Acho
que tenho que
reprogramar meus
pensamentos e
sentimentos,
como disse o
velhinho
filósofo,
preciso aprender
a aceitar a
vida.
Isso
mesmo. Enilton,
o palestrante,
disse que
precisamos ser
compreensivos e
flexíveis na
vida.
Desenvolvendo o
melhor de nós e
isso
apresentando ao
próximo; então,
dele receberemos
o melhor.
Na vida,
colheremos
aquilo que
plantarmos.