79. De acordo com muitos
relatórios, as
faculdades de
clarividência e lucidez,
que Richet denominou
criptestesia,
ultrapassam os limites
ordinários do espaço, de
modo que a distância e a
opacidade não são
obstáculos a essa
percepção ultranormal.
(P. 43)
80. Os fatos de
premonições e predições
apresentam uma
dificuldade excepcional:
até que ponto é o futuro
precisamente determinado
para que se torne
possível a percepção do
que possa acontecer? (P.
43)
81. Sabemos que a
predição é possível no
que diz respeito ao
mundo inorgânico,
particularmente pelos
movimentos estudados
pela Astronomia. Pode-se
admitir que o Universo
seja uma conseqüência da
lei de causa e efeito e
que um conhecimento mais
completo das condições
atuais pode permitir-nos
deduzir a emergência
futura que se prepara.
(P. 43)
82. Como exemplo do
fenômeno de
clarividência, o autor
descreve uma comunicação
relativa ao assassinato
da rainha Draga e de
seus irmãos, ocorrido na
antiga Sérvia. Foi
Richet quem lhe relatou
o fato, no ano de 1903.
Recebida na noite de 10
de junho de 1903, em
Paris, a mensagem foi
ditada por meio de
pancadas vibradas na
madeira. O crime
anunciado ocorreu na
madrugada de 11 de
junho, como foi
noticiado amplamente
pelos jornais da época.
(PP. 46 a 48)
83. O caso relatado em
seguida refere-se à
eleição de Hindenburg à
presidência da República
Alemã. Era o dia 26 de
abril de 1925, quando
Raymond se manifestou
informando que
Hindenburg fora eleito e
ele se despedia para ir
à festa. No dia 27, o
jornal Daily Mail
informava a eleição do
presidente da Alemanha
ocorrida na véspera.
(PP. 49 e 50)
84. O terceiro caso,
comunicado à Society
for Psychical Research
por um de seus membros
radicado no Canadá,
refere-se a um curioso
episódio ocorrido na
Carolina do Norte, em
que o Espírito de um
agricultor - James L.
Chaffin - apareceu a um
de seus filhos para
cientificá-lo de que
havia, pouco antes de
sua morte, modificado o
testamento em que
designara um único filho
como beneficiário. O
Espírito indicou onde se
encontrava o documento,
que foi localizado e
depois aceito pelo
Tribunal do Estado. (PP.
50 a 54)
85. No tocante às
predições, Lodge relata
que a 6 de maio de 1913,
na cidade de Londres,
uma clarividente
profissional de nome
Vera descreveu, com
todas as minúcias
necessárias, a casa de
campo onde a família do
cientista passou a
residir mais de seis
anos depois. Seu filho
Raymond ainda estava com
eles, visto que seu
falecimento durante a
primeira guerra mundial
ocorreu em 1915. (PP. 54
a 56)
86. No começo de outono
de 1919, a esposa de
Lodge partiu para Vichy,
na França, quando
Raymond enviou a seu pai
a seguinte mensagem:
“Dizei à mamãe para
cessar com a sua caça à
casa. Já descobri certa
morada e espero obtê-la
para vós”. Pouco depois,
visitando seu amigo Lord
Glenconner, este
mostrou-lhe uma velha
herdade situada no vale
do Avon, que ele acabara
de comprar. Reformada,
foi esta a casa alugada
por Oliver Lodge e que
correspondia, nos
mínimos detalhes, à
descrição feita pela
clarividente de Londres
seis anos antes. (PP. 56
a 60)
87. Depois de relatar o
caso, Oliver Lodge
indaga: como explicar a
previsão da Sra. Vera,
feita num momento em que
nenhuma intenção o
professor tinha de
deixar os arredores de
Birmingham, nem a menor
idéia de ir morar no
campo? “Somente de modo
vago - entende Lodge
- é que posso
conjecturar uma espécie
de preparação no
Além para produzir tais
coisas. Porque, como já
disse algures, a dedução
do presente e o
estabelecimento de
projetos para o futuro
são nossos dois métodos
normais de predição nos
negócios ordinários de
nossa vida.” (P. 61)
88. A terceira classe de
fatos - a psicometria -
é ilustrada por um caso
que, por exigir longo
desdobramento e ocupar
bastante espaço, foi
relatado de forma
sucinta neste livro. As
experiências que lhe
deram origem ocorreram
em 1901, um ano depois
da nomeação de Oliver
Lodge para Reitor da
Universidade de
Birmingham, que acabara
de ser criada. Entre a
comunidade irlandesa de
Liverpool havia um homem
que era paralítico, o
Sr. David Williams. (PP.
62 e 63)
89. Desejoso de
auxiliá-lo, o Sr.
Benjamin Davies, que
durante muitos anos
auxiliou Lodge em suas
investigações
científicas, levou a uma
médium de Liverpool, de
nome Thompson, dois
objetos pertencentes ao
enfermo. Um deles era um
pedaço de pano que o
doente manejava
continuamente. (P. 63)
90. Sem nada indagar
quanto ao dono dos
objetos, a médium
descreveu o acidente que
produzira a paralisia do
Sr. Williams e indicou a
região do crânio onde
existia um coágulo de
sangue, recomendando
para o enfermo uma
urgente cirurgia. (P.
64)