Um fato
inusitado
se deu
quando
da queda
de
Saddam
Hussein,
ex-dirigente
máximo
do
Iraque,
destituído
do poder
em
função
do
desfecho
da
segunda
guerra
do
Golfo.
Conforme
divulgado
pela
imprensa
internacional,
os
videntes,
o
adivinhos
e os
exorcistas,
outrora
perseguidos
pelo
governo
iraquiano,
passaram
então a
trabalhar
livremente
no
Iraque.
Uns se
propunham
a
descobrir
pessoas
ou
objetos
desaparecidos,
outros
expulsavam
os maus
Espíritos
e havia
ainda os
que
curavam,
embalados
pela
leitura
de
versículos
do
Alcorão.
O fato
comprovou
algo que
as
pessoas
bem
informadas
não
ignoram,
ou seja,
que a
mediunidade
é uma
força
que não
pode ser
detida
e, por
isso,
mais dia
menos
dia, se
impõe,
independentemente
da
permissão
de
governos
ou de
pessoas.
O
surpreendente
no caso
não foi,
contudo,
a
eclosão
dos
fatos
mediúnicos,
mas sim
sua
proibição
pelos
dirigentes
de um
país que
se diz
muçulmano
e adepto
dos
ensinamentos
atribuídos
a Maomé.
Ora, o
que
ocorreu
com
Maomé e
o levou
a
escrever
o
Alcorão
foi
exatamente
uma
sucessão
de
fenômenos
mediúnicos.
Quando
ele
tinha 40
anos, o
anjo
Gabriel
lhe
apareceu
no monte
Hira
mostrando-lhe
um livro
que o
aconselhou
a ler.
Três
vezes
Maomé
resistiu
a essa
ordem e
só para
escapar
ao
constrangimento
sobre
ele
exercido
é que
consentiu
em
lê-lo.
Ele
disse
então
haver
sentido
“que um
livro
tinha
sido
escrito
em seu
coração”.
Profundamente
perturbado
com sua
visão e
de volta
ao monte
Hira,
presa da
mais
viva
agitação,
julgou-se
ele
possuído
por
Espíritos
malignos
e ia
precipitar-se
do alto
de um
rochedo
quando
uma voz
se fez
ouvir:
“Ó
Maomé!
tu és
enviado
de Deus;
eu sou o
anjo
Gabriel!”
Levantando
os
olhos,
ele viu
então o
anjo sob
forma
humana,
que
desapareceu
pouco a
pouco no
horizonte.
Essa
visão
aumentou-lhe
a
perturbação,
embora a
esposa
se
esforçasse
por
acalmá-lo.
Varaka,
primo
dela,
pessoa
afamada
por sua
sabedoria,
explicou-lhe:
“Se o
que
acabas
de dizer
é
verdade,
teu
marido
foi
visitado
pelo
grande
Nâmous,
que
outrora
visitou
Moisés;
ele será
profeta
deste
povo”.
A missão
de Maomé
não foi,
portanto,
um
cálculo
premeditado
de sua
parte,
porque
ele
mesmo só
se
convenceu
depois
de nova
aparição
do anjo.
O
Alcorão
não é
uma obra
escrita
por ele
de
cabeça
fria e
de
maneira
continuada,
mas o
registro
feito
por seus
amigos
das
palavras
que
pronunciava
quando
inspirado,
diríamos
melhor:
mediunizado.
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