THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná
(Brasil)
A marcha do progresso
Apresentamos nesta edição o
tema no 37 do
Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita, que
está sendo aqui apresentado
semanalmente, de acordo com
programa elaborado pela
Federação Espírita
Brasileira, estruturado em
seis módulos e 147 temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente antes
da leitura do texto que a
elas se segue.
Se
destinado somente a uso por
parte do leitor, pedimos que
o interessado tente
inicialmente responder às
questões e só depois leia o
texto referido. As respostas
correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no
final do texto abaixo.
Questões para debate
1. Quantos tipos de
progresso existem?
2. Um indivíduo muito
inteligente pode ser mau?
3. O que, segundo o
Espiritismo, pode assegurar
aos homens a felicidade na
Terra?
4. Quais são os maiores
obstáculos à marcha do
progresso moral?
5. Quais são as asas que
levarão o homem à perfeição?
Texto para leitura
Há dois tipos de progresso:
o intelectual e o moral
1. O progresso pode ser
comparado ao amanhecer.
Mesmo demorando
aparentemente culmina por
lograr êxito. A ignorância,
travestida pela força e
iludida pela falsa cultura,
não poucas vezes se há
levantado, objetivando criar
embaraços ao desenvolvimento
dos homens e dos povos.
2. Mas inevitavelmente o
progresso chega, altera a
face e a constituição do que
encontra pela frente e
desdobra recursos,
fomentando a beleza, a
tranqüilidade e o conforto.
Essa é a marcha do
progresso, que erguerá,
inexoravelmente, o homem do
solo das imperfeições, em
que ainda se detém, para a
sua gloriosa destinação: a
perfeição.
3. Há dois tipos de
progresso: o intelectual e o
moral. O homem desenvolve-se
por si mesmo, naturalmente,
mas nem todos progridem
simultaneamente e do mesmo
modo. Os mais adiantados
auxiliam então o progresso
dos outros, por meio do
contato social.
Um indivíduo muito
inteligente pode ser mau
4. O progresso moral nem
sempre acompanha o progresso
intelectual. Geralmente, os
indivíduos e os povos
adquirem maior progresso
científico e só depois, e
apenas lentamente, se
moralizam.
5. Com o aumento do
discernimento entre o bem e
o mal, pelo desenvolvimento
do livre-arbítrio, cresce no
ser humano a noção de
responsabilidade no pensar,
no falar e no agir. É que o
desenvolvimento do
livre-arbítrio acompanha o
da inteligência e aumenta a
responsabilidade dos atos.
6. O desenvolvimento
intelectual não implica,
pois, a necessidade do bem.
Uma pessoa dotada de grande
inteligência pode ser má. É
o que ocorre com aqueles que
têm vivido muito sem se
melhorar: apenas sabem. É
por isso que encontramos
entre nações tecnicamente
adiantadas tantas
injustiças; falta-lhes a
moralização dos seus
integrantes.
7. Um fato indiscutível,
ensina o Espiritismo, é que
somente o progresso moral
pode assegurar aos homens a
felicidade na Terra,
refreando as más paixões e
fazendo com que entre os
homens reinem a concórdia, a
paz e a fraternidade.
Orgulho e egoísmo são os
maiores obstáculos ao
progresso
8. No Século 20 houve
grandes avanços nos diversos
campos do conhecimento, mas
o progresso moral se acha
ainda muito aquém do
progresso intelectual a que
chegou a Humanidade, daí
porque prevalece em nossos
dias uma ciência sem
consciência, em que não
poucas criaturas se valem de
suas aquisições culturais
apenas para a prática do
mal.
9. Cedo ou tarde, porém, os
resultados do mau uso do
livre-arbítrio e da
inteligência recairão sobre
os homens, em obediência à
lei de causa e efeito;
então, trabalhados pela dor,
eles ganharão experiências e
entendimento para se
equilibrarem e continuarem
sua jornada evolutiva.
10. Os maiores obstáculos à
marcha do progresso moral
são, sem contestação, o
orgulho e o egoísmo,
enquanto o progresso
intelectual se processa
sempre.
Amor e conhecimento são as
asas que levam à perfeição
11. Há quem pense que o
progresso intelectual
contribua para a exacerbação
do egoísmo e do orgulho,
desenvolvendo a ambição e o
gosto das riquezas, que, a
seu turno, incitam o homem a
empreender esforços e
pesquisas que esclarecem o
seu Espírito e dão impulso
ao progresso material da
Humanidade.
12. Curta é, porém, a
duração desse estado de
coisas, que muda à medida
que o homem compreende
melhor que existe uma
felicidade maior e
infinitamente mais
duradoura, além da que o
gozo dos bens terrenos
proporciona. Assim, do
próprio mal acaba nascendo o
bem, e o progresso moral
culmina por suceder ao
outro.
13. O amor e o conhecimento
são as asas harmoniosas que
levarão o homem à perfeição,
uma meta que, apesar das
paixões nefastas que ainda
predominam em nossa natureza
animal, será impossível de
não ser alcançada, porque
assim o quer o Criador.
Respostas às questões
propostas
1. Quantos tipos de
progresso existem?
R.: Dois, o progresso
intelectual e o progresso
moral, mas nem todos
progridem simultaneamente e
do mesmo modo.
2. Um indivíduo muito
inteligente pode ser mau?
R.: Sim, porque o
desenvolvimento intelectual
não implica a necessidade do
bem. Uma pessoa dotada de
grande inteligência pode ser
má. É o que ocorre com
aqueles que têm vivido muito
sem se melhorar; eles apenas
sabem.
3. O que, segundo o
Espiritismo, pode assegurar
aos homens a felicidade na
Terra?
R.: O progresso moral é a
única coisa que pode
assegurar aos homens a
felicidade na Terra, ao
refrear as más paixões e
fazer com que entre os
homens reinem a concórdia, a
paz e a fraternidade.
4. Quais são os maiores
obstáculos à marcha do
progresso moral?
R.: O orgulho e o egoísmo
são os maiores obstáculos ao
progresso moral, porque
deles derivam todos os males
da Humanidade.
5. Quais são as asas que
levarão o homem à perfeição?
R.: O amor e o conhecimento
são as asas harmoniosas que
levarão o homem à perfeição,
uma meta que, apesar das
paixões nefastas que ainda
predominam em nossa natureza
animal, será um dia atingida
por todos os Espíritos.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, itens 365,
751, 779, 780, 781, 782,
783, 784 e 785.
A Gênese,
de Allan Kardec, item 19.
As Leis Morais,
de Rodolfo Calligaris, pág.
120.
As Leis Morais da Vida,
de Joanna de Ângelis,
psicografado por Divaldo P.
Franco, item 37.
Estudos Espíritas,
de Joanna de Ângelis,
psicografado por Divaldo P.
Franco, pág.79.