WASHINGTON L. N.
FERNANDES
washingtonfernandes@terra.com.br
São Paulo - SP
(Brasil)
Alexandre Dumas
acreditava na
imortalidade da
alma
Conhecido em
todo o mundo é o
escritor francês
Alexandre Dumas
(1802-1870), que
escreveu várias
obras, das quais
as mais
conhecidas no
Brasil são O
Conde de Monte
Cristo
(1846) e Os
Três
Mosqueteiros
(1844); ele foi
pai do outro
escritor
Alexandre Dumas
Filho
(1824-1895).
Como
curiosidade,
extraímos um
trecho de O
Conde de Monte
Cristo, onde
sua crença na
vida espiritual
e na
reencarnação se
apresenta
incontestável:
“Escutai,
Valentim; jamais
sentistes por
alguém uma
dessas simpatias
irresistíveis
que fazem tudo
que, vendo uma
pessoa pela
primeira vez,
credes
conhecê-la há
muito tempo, e
vos perguntais
onde e quando a
vistes; se bem
que, não podendo
vos lembrar nem
do lugar nem do
tempo, chegais a
acreditar que
estais num mundo
anterior ao
nosso, e que
essa simpatia
não é senão uma
lembrança que
desperta?” (O
Conde de
Monte-Cristo, 3ª
parte, cap.
XVIII, o Recinto
de luzerna.)
“Jamais ousastes
vos elevar um
golpe de asa nas
esferas
superiores que
Deus povoou de
seres invisíveis
e excepcionais.
– E vós admitis,
senhor, que
essas esferas
existem; que os
seres
excepcionais e
invisíveis se
misturem
conosco? – Por
quê? É que vedes
o ar que
respirais, e sem
o qual não
poderíeis viver?
– Então, não
vemos esses
seres dos quais
falais. – Se
feito; vede-os
quando Deus
permite que se
materializem...”
(O
Conde de
Monte-Cristo, 3ª
parte, cap. IX,
Ideologia.)
“E eu, senhor (Villefort),
eu vos digo que
não é nisso que
assim credes.
Esta noite,
dormi um sono
terrível, eu me
via de alguma
sorte dormir,
como se a minha
alma tivesse já
planado acima de
meu corpo; meus
olhos, que me
esforçava para
abrir, se
fechavam apesar
de mim; e, no
entanto... com
meus olhos
fechados, eu vi,
no lugar mesmo
onde estais,
entrar sem ruído
uma forma
branca.”
(O
Conde de
Monte-Cristo, 4ª
parte, cap.
XIII, senhora
Mairan.)
“Uma hora antes
de expirar, ele
me disse: Meu
pai, a fé de
nenhum homem
pode ser mais
viva do que a
minha, porque vi
e ouvi falar uma
alma separada de
seu corpo.”
(François Picaut,
continuação de O
Conde de
Monte-Cristo.)
Exceto o trecho
que chama os
Espíritos de
excepcionais,
pois na verdade
eles são as
almas dos homens
que viveram na
Terra, nada
tendo de
excepcional, em
verdade as
citações de
Alexandre Dumas
parecem ter sido
tiradas de obras
espíritas, pois
seu conteúdo
está
perfeitamente
consentâneo com
o da Doutrina
Espírita.
Tendo sido
Alexandre Dumas
amigo próximo do
outro grande
escritor
francês, Victor
Hugo
(1802-1885), que
fez muitas
experimentações
com as mesas
girantes em
Jersey, é
possível que
também Alexandre
Dumas tenha se
interessado mais
proximamente
pela realidade
do mundo
invisível e
participado de
reuniões
mediúnicas, e
aguardemos que o
tempo confirme
esses fatos mas,
de qualquer
forma, fica já
demonstrado sua
convicção na
realidade
espiritual da
vida...