AYLTON
PAIVA
paiva.aylton@terra.com.br
Lins,
São
Paulo
(Brasil)
Alimentemos
o lado
bom
Um jovem que
desejava a
auto-educação
entrou em
conflito íntimo
com as suas
idéias,
sentimentos e
emoções. Ora
sentia alegria,
amor pela vida,
idéias
otimistas... De
repente, nuvens
negras
escureciam o céu
da sua mente e o
horizonte
extenso da sua
alma. Então
emergia a
tristeza, o
desinteresse
pelo intenso
viver e as
idéias
tropeçavam nas
pedras reais ou
imaginárias do
pessimismo.
Ouviu, certa
feita, falar de
um índio que, ao
viver tranqüilo
na floresta,
transmitia a
tranqüilidade, o
bom-senso e o
realismo.
Após algumas
peripécias para
estabelecer o
contato e
acertar o
caminho para o
tão desejado
encontro,
emocionado está
diante do índio
sábio, então lhe
indaga:
− Índio, vivo em
conflito,
parece-me que
dentro de mim
co-existem duas
pessoas. A
primeira
sente-se feliz,
integra-se com a
vida, tem bons
pensamentos. A
outra é
negativista,
triste e má... O
que devo fazer
para encaminhar
essa questão tão
difícil e tão
vital para mim?
Surpreso, ouviu
a tranqüila
resposta do
índio:
− Meu jovem,
também comigo
acontece a mesma
coisa! Sinto em
mim co-existirem
dois cachorros.
Um deles é mau e
cruel, sempre
deseja atacar
quem lhe está
próximo. O outro
é manso,
carinhoso e
protetor. Dentro
de mim estão
sempre se
opondo. Um
querendo tomar o
lugar do outro.
Profundamente
intrigado, o
rapaz que
esperava, ante a
calma do índio,
que ele já
houvesse
resolvido a
questão dos
impulsos
primários: a
crueldade, a
maldade e a
violência,
indagou:
− Então, na
briga, qual dos
cachorros
ganha?
O sereno e
atinado índio
refletiu e
falou: aquele
que, com meus
pensamentos,
sentimento e
emoções, mais eu
alimento!
Pensemos... Não
adianta ficarmos
paralisados e
inseguros entre
ser bom ou ser
mau, alegres ou
tristes,
otimistas ou
pessimistas. É
necessário
focarmos o nosso
pensamento,
nossas palavras
e nosso
comportamento
naquilo que,
efetivamente,
alimenta a parte
boa do nosso
“ego”.
Somos Espíritos
imortais em
processo de
evolução.
Cabe-nos,
constantemente,
o aprimoramento
da nossa
inteligência,
dos nossos
sentimentos e
das nossas
emoções.
Temos que
alimentar a
nossa parte boa
com a educação
intelectual,
moral e
espiritual.
Lembremos que
cada consciência
é um centro
gerador de
forças no
movimento da
vida universal.
Pensar é criar.
O pensamento é
energia... É
alimento
psicológico ou
espiritual. Essa
força pode ser
direcionada para
criar o bem ou
mal,
conseqüentemente
pode construir a
felicidade ou
implantar a
infelicidade em
nós mesmos e
naquelas pessoas
com quem estamos
convivendo.
Tanto quanto
possível,
dirijamos os
nossos
pensamentos para
o bem, saúde,
verdade,
alegria,
otimismo.
Vamos alimentar
o “cachorro
bom”, que dorme
na “casinha da
nossa mente”.
Maus
pensamentos, que
alimentam o
“cachorro mau”,
são dardos
magnéticos que
nos infelicitam
e que produzem
amargura
naqueles que
convivem
conosco.
Ante os
conflitos,
procuremos gerar
e manter
pensamentos que
ajudam na
solução, agindo
com serenidade e
clareza,
evitando a
irritação, a
cólera a
amargura e o
desespero.