A idéia
de
utilizar
jogos de
azar,
como
rifas,
vísporas
e
bingos,
para
captação
de
recursos
destinados
à
manutenção
das
obras
assistenciais
espíritas,
sempre
foi
associada,
em nosso
meio, à
influência
de
indivíduos
que
migraram
do
Catolicismo
para o
Espiritismo
trazendo
consigo
uma
natural
predisposição
para
tais
práticas.
Com
efeito,
nas
festividades
católicas,
como as
comemorações
do Mês
de
Maria,
tem sido
muito
forte,
especialmente
nas
comunidades
do
interior,
o
recurso
aos
bingos,
esquecidos
todos
dos
malefícios
inerentes
ao fato.
No meio
espírita,
embora
essa
tendência
não
esteja
de todo
erradicada,
dirigentes
e
trabalhadores
têm no
livro
Conduta
Espírita,
de André
Luiz,
psicografado
por
Waldo
Vieira,
um
roteiro
seguro
que
assevera
ser um
equívoco
associar
jogos de
azar aos
eventos
espíritas,
mesmo
quando a
finalidade
seja
louvável.
Como se
sabe, um
bingo
bem
realizado
– e
apenas
um – é
capaz de
propiciar
recursos
para
erguer
uma
obra, e
é disso
que
decorre
a
tentação
que leva
as
pessoas
incautas
a
propô-lo
e a
fazê-lo.
Uma
notícia
alvissareira,
no
entanto,
circulou
nos
jornais
de
Curitiba
algum
tempo
atrás,
dando
conta de
que a
Igreja,
pelo
menos
aqui no
Paraná,
parece
ter
finalmente
despertado
para a
inconveniência
dessa
prática.
Em
Curitiba,
o padre
Ivani
Leonardi,
coordenador
da
Pastoral
do
Dízimo,
liderou
anos
atrás
uma
campanha
no
sentido
de que
as
paróquias
da
Capital
não mais
realizassem
bingos e
procurassem
manter-se
tão-somente
com o
dinheiro
do
dízimo e
com
promoções
em que
não se
ofereçam
jogos de
azar. Na
sua
paróquia,
por
exemplo,
segundo
ele, os
recursos
eram
auferidos
com
almoços
comunitários,
jogos
infantis,
cama
elástica,
venda de
artesanato
e
apresentações
culturais.
Por que
motivo o
padre
Leonardi
adotou
semelhante
idéia?
A
resposta
a isso
não é
difícil.
É que –
entende
com
inteira
razão o
pároco –
a
prática
do jogo
de azar
pode
levar as
pessoas
ao
vício.
Ora,
como
esse
vício
acaba
fazendo
com que
muitos
percam
tudo o
que têm,
contribuindo
assim
para a
desestruturação
familiar,
não é
possível
que a
Igreja o
incentive.
Esse é o
pensamento
do
sacerdote,
que nós
espíritas
só
podemos
aplaudir,
erradicando
também
de nosso
meio os
jogos de
azar,
seja
qual for
a
finalidade
dos
recursos
que com
eles se
aufiram.
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