THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná
(Brasil)
Influência do Espiritismo
no progresso
Apresentamos nesta edição o
tema no 39 do
Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita, que
está sendo aqui apresentado
semanalmente, de acordo com
programa elaborado pela
Federação Espírita
Brasileira, estruturado em
seis módulos e 147 temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente antes
da leitura do texto que a
elas se segue.
Se
destinado somente a uso por
parte do leitor, pedimos que
o interessado tente
inicialmente responder às
questões e só depois leia o
texto referido. As respostas
correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no
final do texto abaixo.
Questões para debate
1. Qual é, em verdade, a
fonte donde promana a
terceira revelação da lei de
Deus?
2. Que dizem os Espíritos
superiores a respeito do
futuro do Espiritismo?
3. Além de sua lentidão, que
outras características
podemos apontar no progresso
da Humanidade?
4. A conhecida resistência
que a sociedade apresenta
ante as idéias novas é um
mal ou é um bem?
5. Se o Espiritismo está
fadado realmente a exercer
grande influência no
adiantamento dos povos, por
que os Espíritos não
desencadeiam uma onda de
manifestações ostensivas,
patentes, de modo que todos,
até mesmo os materialistas e
os ateus, sejam forçados a
crer neles?
Texto para leitura
A terceira revelação não
está personificada em um só
indivíduo
1. A primeira revelação
personificada em Moisés,
como a segunda em Jesus,
foram produtos de um ensino
individual e localizado,
isto é, apareceram num só
ponto, em torno do qual a
idéia se propagou pouco a
pouco, mas foram precisos
muitos séculos para que
atingissem as extremidades
do mundo, sem mesmo o
invadirem inteiramente.
2. A terceira revelação, que
é o Espiritismo, tem isto de
particular: não estando
personificada em um só
indivíduo, surgiu
espontaneamente em milhares
de pontos diferentes, que se
tornaram centros ou focos de
irradiação.
3. Multiplicando-se esses
centros, seus raios se
reúnem pouco a pouco, como
os círculos formados por uma
multidão de pedras lançadas
na água, de tal sorte que,
em dado tempo, acabarão por
cobrir toda a superfície do
globo. Essa circunstância
lhe dá força excepcional e
irresistível poder de ação.
4. Se a ferirem num
indivíduo, não poderão
feri-la nos Espíritos, que
são a fonte donde ela
promana. Ora, como os
Espíritos estão em toda a
parte e existirão sempre, se
conseguissem sufocá-la em
todo o globo, ela
reapareceria pouco tempo
depois, porque repousa sobre
um fato da natureza e não se
podem suprimir as leis da
Natureza. Eis aí uma verdade
de que se devem persuadir os
que sonham com o
aniquilamento do
Espiritismo.
O progresso da Humanidade é
lento, mas constante
5. No tocante ao futuro do
Espiritismo, os Espíritos
têm sido unânimes em afirmar
o seu triunfo, a despeito
dos obstáculos que lhe
criam. Ele, sem dúvida, se
tornará uma crença geral em
todo o globo, o que não
significa dizer que todos os
homens serão espíritas.
Fácil é aos Espíritos fazer
essa previsão. Primeiro,
porque a sua propagação é
obra pessoal deles mesmos.
Concorrendo para o
movimento, ou o dirigindo,
eles sabem o que é preciso
fazer. Segundo, porque vêem,
ao longo do caminho, os
poderosos auxiliares que
Deus lhes suscita e que não
tardarão a manifestar-se.
6. A doutrina ensinada por
Moisés, incompleta, ficou
circunscrita ao povo judeu.
A de Jesus, mais completa,
espalhou-se por toda a
Terra, mas não converteu a
todos. O Espiritismo, ainda
mais completo, com raízes em
todas as crenças, converterá
a Humanidade às suas idéias:
a imortalidade, a
reencarnação, o progresso, a
lei de causa e efeito, as
relações entre os homens e
os Espíritos, o valor da
caridade etc.
7. O progresso da Humanidade
é, sem dúvida, muito lento,
mas constante e
ininterrupto.
8. Ainda quando pareça estar
regredindo, o que se
verifica em certos períodos,
esse recuo não é senão
prenúncio de nova etapa
ascensional. O que o conduz
sempre para a frente são as
novas idéias, que, via de
regra, são trazidas à Terra
por missionários incumbidos
de lhe ativarem a marcha.
A resistência às novas
idéias parece um mal, mas
não o é
9. Como a Natureza não dá
saltos, qualquer princípio
mais avançado que fuja aos
padrões culturais
estabelecidos só ao cabo de
várias gerações logra ser
aceito e assimilado pelos
que seguem na retaguarda.
10. A resistência às
concepções modernas, sejam
elas políticas, sociais ou
religiosas, parece um mal,
mas, em verdade, é um bem,
porque funciona como um
processo de seleção natural,
fazendo que as idéias
destituídas de real valor
desapareçam e caiam no
esquecimento, para só
vingarem as que devem
contribuir, efetivamente,
para o aprimoramento das
instituições.
11. O Espiritismo é um
desses movimentos e se
destina não apenas a abrir
um campo diferente de
pesquisas à Ciência, mas,
principalmente, a marcar uma
nova era na História da
Humanidade, pela profunda
revolução que provoca em
seus pensamentos e em seus
ideais, impulsionando-a para
a sublimação espiritual,
pela vivência do Evangelho.
Nem Jesus convenceu com seus
prodígios todas as pessoas
12. Talvez alguém pergunte:
Se o Espiritismo está fadado
a exercer grande influência
no adiantamento dos povos,
por que os Espíritos não
desencadeiam uma onda de
manifestações ostensivas,
patentes, de modo que todos,
até mesmo os materialistas e
os ateus, sejam forçados a
crer neles e nas informações
acerca do que nos espera no
outro lado da vida?
13. Os Espíritos já
responderam a pergunta
semelhante, afirmando que
pedir isso é querer que
ocorram milagres. Ora, Deus
os espalha a mancheias e, no
entanto, há homens que ainda
O negam. Conseguiu o Cristo
convencer os seus
contemporâneos com os
prodígios que realizou?
14. Há indivíduos que negam
os fatos mais patentes
ocorridos às suas vistas e
existem muitos que afirmam
que não acreditariam nas
manifestações dos Espíritos,
mesmo que os vissem. Não;
não é por meio de prodígios
que Deus quer encaminhar os
homens. Em sua bondade, o
Pai lhes deixa o mérito de
se convencerem pela razão,
paulatinamente,
gradativamente, sem nenhuma
preocupação de atropelar o
rumo natural das coisas.
Respostas às questões
propostas
1. Qual é, em verdade, a
fonte donde promana a
terceira revelação da lei de
Deus?
R.: A terceira revelação não
está personificada em um só
indivíduo, pois surgiu
espontaneamente em milhares
de pontos diferentes. Os
Espíritos superiores são,
portanto, a fonte donde ela
promana.
2. Que dizem os Espíritos
superiores a respeito do
futuro do Espiritismo?
R.: A despeito dos
obstáculos que lhe criam, os
Espíritos têm sido unânimes
em afirmar o triunfo do
Espiritismo, que se tornará
uma crença geral em todo o
globo, o que não significa
dizer que todos os homens
serão espíritas.
3. Além de sua lentidão, que
outras características
podemos apontar no progresso
da Humanidade?
R.: O progresso da
Humanidade é, como sabemos,
muito lento, mas constante e
ininterrupto. Ainda quando
pareça estar regredindo, o
que se verifica em certos
períodos, esse recuo não é
senão o prenúncio de nova
etapa ascensional.
4. A conhecida resistência
que a sociedade apresenta
ante as idéias novas é um
mal ou é um bem?
R.: A resistência às
concepções modernas, sejam
elas políticas, sociais ou
religiosas, parece um mal,
mas é, em verdade, um bem,
porque funciona como um
processo de seleção natural,
fazendo com que as idéias
destituídas de real valor
desapareçam e caiam no
esquecimento, para só
vingarem as que devem
contribuir, efetivamente,
para o aprimoramento das
instituições.
5. Se o Espiritismo está
fadado realmente a exercer
grande influência no
adiantamento dos povos, por
que os Espíritos não
desencadeiam uma onda de
manifestações ostensivas,
patentes, de modo que todos,
até mesmo os materialistas e
os ateus, sejam forçados a
crer neles?
R.: Os Espíritos já
responderam a pergunta
semelhante, afirmando que
pedir isso é querer que
ocorram milagres. Ora, Deus
os espalha a mancheias e, no
entanto, há homens que ainda
O negam. Nem Jesus Cristo
conseguiu convencer seus
contemporâneos com os
prodígios que realizou.
Assim, não é por meio de
prodígios que Deus quer
encaminhar os homens. Em sua
bondade, o Pai lhes deixa o
mérito de se convencerem
pela razão, paulatinamente,
gradativamente, sem nenhuma
preocupação de atropelar o
rumo natural das coisas.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, itens 789 a
802.
A Gênese,
de Allan Kardec, cap. I,
itens 46 e 47; cap. XVI,
item 11; cap. XVII, item 40.