– As encarnações são
todas programadas ou
existem aquelas que
seriam “acidentais”,
provenientes do
livre-arbítrio?
Raul Teixeira:
Se considerarmos as
programações que são
feitas na
erraticidade, junto
dos nossos Anjos
Guardiães, com vistas ao
nosso melhor
aproveitamento da
existência corporal,
diremos que nem sempre
as encarnações foram
programadas. Entretanto,
se compreendermos que, a
partir do nosso modus
vivendi, dos
caracteres que
desenvolvemos no mundo,
os Bons Espíritos vão
deixando que cada um
refaça seu caminho, em
virtude dos atalhos
escolhidos, dos
vícios assimilados ou
desenvolvidos, então,
veremos que as “novas
disposições” do
indivíduo passam a
representar uma
reprogramação da sua
vida.
Assim, conseguiremos
entender que não ocorrem
episódios referentes à
lei divina à revelia do
Criador. Os
renascimentos poderão
ser chamados
“acidentais”, porque se
deram dentro de
contextos que a
sociedade familiar não
esperava, ou que o casal
não desejava, de modo
consciente. Contudo, o
seu modo de ser, seu
estilo de vida, muitas
vezes não
exteriorizados, mas
alimentados no íntimo,
onde residem desejos e
se nutrem fantasias, já
o haviam candidatado ao
episódio, dito
inesperado ou acidental.
A “lei do acaso”, tão
bem defendida pela
estatística, não tem
sentido no campo da vida
moral, onde a cada um
é dado conforme suas
obras.
Do livro
Desafios da Educação,
1a
edição, questão 33, de
Camilo, psicografado por
J. Raul Teixeira e
publicado pela Editora
Fráter Livros Espíritas,
de Niterói-RJ.