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Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 43 - 17 de Fevereiro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

O Grande Enigma
(
2a Parte)

Léon Denis

Continuamos nesta edição o estudo do clássico O Grande Enigma, de Léon Denis, conforme o texto da 7a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. O estudo será aqui apresentado em 10 partes.

Questões preliminares  

A. Há relação entre matéria e energia?

R.: Sim. A matéria pode dissociar-se indefinidamente; ela é energia concretizada. No Congresso de Química, realizado em 1903 em Berlim, William Crookes asseverou: “Toda matéria tornará a passar pelo estado etéreo de onde veio”. (O Grande Enigma, págs. 33 e 34.)

B. Onde está, segundo o Autor deste livro, a verdadeira felicidade?

R.: Nossa inteligência ainda não amadureceu; nossa razão, criança, tropeça nos acidentes do caminho; daí o erro, os desfalecimentos, as provações e a dor, mas cada ser atingirá o gênio e tem a imensidade dos tempos para desenvolvê-la. Cada vida terrestre é uma escola, a escola primária da Eternidade. Nessa lenta ascensão, procuramos, antes de tudo, a ventura, a felicidade; contudo, a verdadeira felicidade não está nas coisas da matéria, passageiras e mutáveis, e sim na perfeição moral. (Obra citada, págs. 44 e 45.)

C. Qual é a importância e o sentido da prece?

R.: A prece é a expressão mais alta da comunhão entre as almas. Nesse sentido, ela é o ato mais importante da vida; é a inspiração ardente do ser humano que sente sua pequenez e sua miséria e procura, pelo menos por um instante, pôr as vibrações do seu pensamento em harmonia com a sinfonia eterna. (Obra citada, págs. 48 a 50.)

Texto para leitura

18. Deus, no entanto, está presente em cada um de nós, no templo vivo da consciência, o lugar sagrado, o santuário, em que se encontra a divina centelha. É ele que leva e faz resplandecer no fundo de nossas consciências as santas imagens do bem, da verdade, da justiça, e é honrando essas imagens divinas, rendendo-lhes um culto diário, que essa consciência, ainda obscura, se purifica e se ilumina. (P. 30)

19. Pouco a pouco, a luz se engrandece em nós outros, e gradualmente, de maneira insensível, como as sombras dão lugar à luz do dia, nossa alma se ilumina das irradiações desse foco que reside nela e faz desabrochar, em nosso pensamento e em nosso coração, formas novas, inesgotáveis de verdade e de beleza. (P. 30)

20. A Matéria é um modo, uma forma transitória da substância universal. Escapa à análise e desaparece sob a objetiva dos microscópios, para se transmudar em radiações sutis. Não tem existência própria. As filosofias que a tomam por base, repousam sobre uma aparência, uma espécie de ilusão. “A matéria - diz William Crookes - é um modo do movimento.” (P. 32)

21. As velhas teorias estabeleciam distinção entre Matéria e a Força, mas sabemos hoje que ambas se confundem. Toda matéria pode ser transformada em força e toda força se condensa em matéria, percorrendo assim um círculo incessante. Em discurso proferido no Congresso de Química, realizado em 1903 em Berlim, Crookes asseverou: “Toda matéria tornará a passar pelo estado etéreo de onde veio”. (P. 33)

22. As descobertas de G. Le Bon provaram que as irradiações são uma propriedade geral de todos os corpos. A matéria pode dissociar-se indefinidamente; ela é energia concretizada. (P. 34)

23. O Universo não é, pois, tal como parecia aos nossos fracos sentidos. O mundo físico constitui ínfima parte dele. Existe, fora do círculo de nossas percepções, uma infinidade de forças e de formas sutis que a Ciência ignorou até hoje. O domínio do invisível é muito mais vasto e mais rico que o do mundo visível. A existência dos fluidos, afirmada pelos Espíritos há meio século, está estabelecida experimentalmente, de maneira rigorosa. (P. 35)

24. Os seres vivos também emitem irradiações, mas de naturezas diferentes. Eflúvios humanos, variando de forma e de intensidade sob a ação da vontade, impregnam placas com misteriosa luz. As volições do pensamento, as projeções da vontade transmitem-se através do Espaço, como as vibrações do som e as ondulações da luz, e vão impressionar organismos em simpatia com o do emitente. (P. 35)

25. A energia parece ser a substância única, universal. No estado compacto, ela reveste as aparências do que chamamos matéria sólida, líquida, gasosa. Sob um modo mais sutil, constitui os fenômenos de luz, calor, eletricidade, magnetismo, afinidade química. Estudando a ação da vontade sobre os eflúvios e as irradiações, poderíamos, talvez, entrever o ponto em que a força se torna inteligente, em que o pensamento se transforma em vida. (PP. 38 e 39)

26. Deus manifesta-se na Natureza, e o homem é, na Terra, a mais alta expressão dessa Natureza. Somos a criação e a expressão de Deus, que é a fonte do Bem. Esse Bem, nós o possuímos em estado de gérmen e nossa tarefa consiste em desenvolvê-lo. Nossas vidas sucessivas, nossa ascensão na espiral infinita das existências, não têm outro fim. (P. 42)

27. A tarefa que cada um tem a realizar resume-se em três palavras: saber, crer, querer, isto é, saber que temos recônditos e inatos recursos incalculáveis; crer na eficiência de nossa ação sobre os dois mundos, o da Matéria e o do Espírito; querer o Bem, dirigindo nosso pensamento para o que é belo e grandioso e conformando nossas ações com as leis eternas do trabalho, da justiça e do amor. (P. 42)

28. Vindas de Deus, todas as almas são irmãs. Da paternidade de Deus decorre a fraternidade humana; todas as relações que nos ligam unem-se a esse fato. (PP. 42 e 43)

29. Nossa inteligência ainda não amadureceu; nossa razão, criança, tropeça nos acidentes do caminho; daí o erro, os desfalecimentos, as provações e a dor. Mas cada ser possui os rudimentos de uma inteligência que atingirá o gênio e tem a imensidade dos tempos para desenvolvê-la. Cada vida terrestre é uma escola, a escola primária da Eternidade. (P. 44)

30. Nessa lenta ascensão, procuramos, antes de tudo, a ventura, a felicidade. Contudo, em seu estado de ignorância, o homem não pode atingir esses bens, porque os tem procurado quase sempre onde não estão, na região das miragens e das quimeras e por meio de processos cuja falsidade só lhe aparece depois das decepções e dos sofrimentos. São esses sofrimentos que nos esclarecem, ensinando-nos que a verdadeira felicidade não está nas coisas da matéria, passageiras e mutáveis, mas na perfeição moral. (PP. 44 e 45)

31. Todos os seres encontram-se ligados uns aos outros e se influenciam reciprocamente. O Universo inteiro está submetido à lei da solidariedade. Uma força, que denominamos atração, os reúne através dos abismos do Espaço. (P. 45)

32. A solidariedade liga os astros, como os homens. Daí vêm todas as intuições geniais, as inspirações profundas, as revelações grandiosas. Em todos os tempos, o pensamento elevado irradiou no cérebro humano e Deus nunca recusou seu socorro, nem sua luz, a raça alguma, a povo algum. (P. 46)

33. Muitas vezes, durante o sono, as almas terrestres, atraídas por suas irmãs mais adiantadas, lançam-se com força para as alturas a fim de se impregnarem dos fluidos vivificantes da pátria eterna. Ali, Espíritos amigos as cercam e as exortam, reconfortam e acalmam suas angústias. (P. 48)

34. A prece é a expressão mais alta dessa comunhão entre as almas. Nesse sentido, ela é o ato mais importante da vida; é a inspiração ardente do ser humano que sente sua pequenez e sua miséria e procura, pelo menos por um instante, pôr as vibrações do seu pensamento em harmonia com a sinfonia eterna. (P. 50)

35. Trabalhar com sentimento elevado, visando a um fim útil e generoso, é também orar. O trabalho é a prece ativa desses milhões de homens que lutam e penam na Terra, em benefício da Humanidade. (P. 51) (Continua no próximo número.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita