O problema do
uso de drogas
ilícitas tem de
ser abordado sob
dois ângulos:
tratamento dos
viciados e, o
mais importante,
ação preventiva
para impedir a
propagação do
vício.
Vale destacar,
inicialmente,
que a
Organização
Mundial de Saúde
considera o
usuário de
drogas um doente
necessitado de
tratamento,
levando-se em
conta que sua
doença tem cura.
Neste sentido,
podem ser
utilizados
medicamentos com
o fim de aliviar
os sintomas
decorrentes da
ausência das
drogas, com a
realização
simultânea de
tratamento
psicológico.
Temos de
compreender que
este tratamento
psicológico é
fator
determinante
para o jovem se
libertar dos
efeitos nocivos
das drogas,
tomando
consciência do
que lhe está
acontecendo e
enxergando novas
perspectivas de
vida. Ao
compreender
efetivamente o
seu papel no
mundo, ele
aceitará a vida
como uma
experiência
profundamente
significativa no
seu processo de
crescimento
interior e,
dessa forma, irá
reintegrar-se
plenamente na
vida social.
Examinando por
esses aspectos a
proposta do
governo que
prevê a criação
de locais para
uso seguro de
drogas pelos
viciados, com o
oferecimento de
substâncias
menos ofensivas
para redução de
danos, pode-se
perfeitamente
concluir que tal
medida é apenas
um paliativo e,
não, a solução
para o aflitivo
problema.
Enfatizamos que
o tratamento
real dos
dependentes tem
que visar à
recuperação do
corpo e da alma,
caso contrário
será perda de
tempo.
Agora, quanto à
solução para se
evitar a
propagação das
drogas,
repetimos o que
dissemos nesta
mesma coluna no
domingo passado:
é preciso
despertar na
criança e no
jovem o
sentimento de
religiosidade.
Dissemos também
que a formação
do caráter dos
filhos deve ser
a maior
preocupação dos
pais, para que
desde cedo eles
não sejam
vencidos pelas
drogas, caminho
certo para a
criminalidade.
Com a devida
orientação
espiritual e
moral, eles
terão capacidade
suficiente para
resistir tanto à
influência dos
traficantes como
a dos falsos
amigos que
tentem
envolvê-los no
vício. Portanto,
a prevenção das
drogas depende
exclusivamente
da educação, a
responsável pela
formação de
hábitos perante
Deus, perante o
próximo e
perante si
mesmo. Fora da
educação do
Espírito não há
solução para as
drogas!
GERSON SIMÕES
MONTEIRO é
presidente da
Fundação
Cristã-Espírita
Paulo de Tarso,
do Rio de
Janeiro, RJ, e
diretor da Rádio
Rio de Janeiro.