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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 43 - 17 de Fevereiro de 2008

GERSON SIMÕES MONTEIRO 
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

Como ajudar os drogados

O problema do uso de drogas ilícitas tem de ser abordado sob dois ângulos: tratamento dos viciados e, o mais importante, ação preventiva para impedir a propagação do vício. 

Vale destacar, inicialmente, que a Organização Mundial de Saúde considera o usuário de drogas um doente necessitado de tratamento, levando-se em conta que sua doença tem cura. Neste sentido, podem ser utilizados medicamentos com o fim de aliviar os sintomas decorrentes da ausência das drogas, com a realização simultânea de tratamento psicológico. 

Temos de compreender que este tratamento psicológico é fator determinante para o jovem se libertar dos efeitos nocivos das drogas, tomando consciência do que lhe está acontecendo e enxergando novas perspectivas de vida. Ao compreender efetivamente o seu papel no mundo, ele aceitará a vida como uma experiência profundamente significativa no seu processo de crescimento interior e, dessa forma, irá reintegrar-se plenamente na vida social. 

Examinando por esses aspectos a proposta do governo que prevê a criação de locais para uso seguro de drogas pelos viciados, com o oferecimento de substâncias menos ofensivas para redução de danos, pode-se perfeitamente concluir que tal medida é apenas um paliativo e, não, a solução para o aflitivo problema. Enfatizamos que o tratamento real dos dependentes tem que visar à recuperação do corpo e da alma, caso contrário será perda de tempo. 

Agora, quanto à solução para se evitar a propagação das drogas, repetimos o que dissemos nesta mesma coluna no domingo passado: é preciso despertar na criança e no jovem o sentimento de religiosidade. Dissemos também que a formação do caráter dos filhos deve ser a maior preocupação dos pais, para que desde cedo eles não sejam vencidos pelas drogas, caminho certo para a criminalidade.     

Com a devida orientação espiritual e moral, eles terão capacidade suficiente para resistir tanto à influência dos traficantes como a dos falsos amigos que tentem envolvê-los no vício. Portanto, a prevenção das drogas depende exclusivamente da educação, a responsável pela formação de hábitos perante Deus, perante o próximo e perante si mesmo. Fora da educação do Espírito não há solução para as drogas! 


GERSON SIMÕES MONTEIRO é presidente da Fundação Cristã-Espírita Paulo de Tarso, do Rio de Janeiro, RJ, e diretor da Rádio Rio de Janeiro.
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita