ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Grande Enigma
(3a
Parte)
Léon Denis
Continuamos nesta edição
o estudo do clássico
O Grande Enigma, de
Léon Denis, conforme o
texto da 7a
edição publicada pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
será aqui apresentado em
10 partes.
Questões
preliminares
A. É verdade que as
vibrações dos astros
formam, combinadas, um
imenso concerto?
R.: Segundo Denis, sim.
Diz ele que os mundos
vibram, cantam,
palpitam, e suas
vibrações, combinadas,
formam um imenso
concerto. No sonho de
Cipião, narrado por
Cícero, há referência a
esse melodioso concerto.
Beethoven, enquanto
compunha, ficava fora de
si, arrebatado numa
espécie de êxtase, e
escrevia febrilmente,
ensaiando reproduzir
essa música celeste que
o deslumbrava. É a
impotência dos nossos
órgãos auditivos que
impede que a ouçamos.
(O Grande Enigma, págs.
55 a 57.)
B. Qual a importância de
Deus em nossa vida?
R.: Deus é maior que
todas as teorias e todos
os sistemas. Eis a razão
por que não pode Ele ser
atingido, nem minorado,
pelos erros e faltas que
os homens têm cometido
em seu nome. Deus é
soberano a tudo. O
conhecimento da verdade
sobre Deus, sobre o
mundo e a vida, é o que
há de mais essencial, de
mais necessário, porque
é Ele que nos sustenta,
nos inspira e nos
dirige, mesmo à nossa
revelia. (Obra
citada, págs. 69 e 70.)
C. Que ocorre com a alma
em seguida à sua
desencarnação?
R.: Logo que a alma
transpõe a morte, desde
que desperta no mundo
dos Espíritos, o quadro
de suas vidas passadas
se desenrola, pouco a
pouco, à sua vista. Ela
se mira, então, em um
espelho que reflete
fielmente todos os atos
passados. Nada de
distração, nada de fuga.
O Espírito é obrigado a
contemplar-se,
primeiramente, para se
reconhecer ou para
sofrer, e, mais tarde,
para se preparar,
reparando e resgatando
os erros por meio de
outras existências
terrestres, difíceis e
dolorosas. (Obra
citada, págs. 78 e 79.)
Texto para leitura
36. A vida do homem de
bem é, assim, uma prece
contínua, uma comunhão
perpétua com seus
semelhantes e com Deus.
Não tem ele necessidade
de palavras, nem de
formas exteriores para
exprimir sua fé, que se
exprime por todos os
seus atos e por todos os
seus pensamentos. (PP.
51 e 52)
37. Não existe ascensão
possível, encaminhamento
para o Bem, se de tempos
a tempos o homem não se
volta para o seu Criador
e Pai, a fim de lhe
expor suas fraquezas,
suas incertezas, sua
miséria, e lhe pedir o
socorro espiritual
indispensável à sua
elevação. (P. 52)
38. Quanto mais essa
confissão, essa comunhão
íntima com Deus for
freqüente, sincera,
profunda, mais a alma se
purifica e emenda.
Passando em revista
todos os seus atos,
julga, com a intuição
que lhe vem do Alto, o
que é bom ou mau, o que
deve destruir ou
cultivar, e compreende
então que tudo que é de
mau vem do “eu” e deve,
por isso, ser abatido,
para dar lugar à
abnegação e ao
altruísmo. (PP. 52 e 53)
39. Uma das impressões
que nos causa, à noite,
a observação dos céus, é
a de majestoso silêncio,
mas esse silêncio é
apenas aparente, pois
resulta da impotência
dos nossos órgãos. Na
verdade, os mundos
vibram, cantam,
palpitam, e suas
vibrações, combinadas,
formam um imenso
concerto. (P. 55)
40. Pitágoras e Platão
acreditavam já perceber
“a música das esferas”.
No sonho de Cipião,
narrado por Cícero, há
referência a esse
melodioso concerto.
Beethoven, enquanto
compunha, ficava fora de
si, arrebatado numa
espécie de êxtase, e
escrevia febrilmente,
ensaiando reproduzir
essa música celeste que
o deslumbrava. (P. 57)
41. É preciso uma
faculdade psíquica
notável para possuir a
esse ponto o dom da
receptividade. Os raros
homens que a possuíram
disseram ter encontrado
nessa “música” a forma
superior, a expressão
ideal da beleza e da
harmonia eternas. Em
vista disso - afirma
Léon Denis - as mais
elevadas concepções do
gênero humano são apenas
um eco longínquo, uma
vibração enfraquecida da
grande sinfonia dos
mundos. (P. 58)
42. O Universo é, como
se vê, um poema sublime
do qual começamos a
soletrar o primeiro
canto. Apenas
discernimos algumas
notas, alguns murmúrios
longínquos e
enfraquecidos! E essas
primeiras letras do
maravilhoso alfabeto
musical nos enchem de
entusiasmo! (P. 65)
43. A certeza disso nos
leva a concluir que o
segredo da nossa
felicidade, de nosso
poder, de nosso futuro,
não está nas coisas
efêmeras deste mundo,
mas nos ensinamentos do
Alto, do Além. O grande
livro do Infinito está
aberto diante de nós. A
verdade está ali,
escrita em letras de
ouro e de fogo. É ela
que nos conta a vida
imperecível da alma,
suas vidas renascentes
na espiral dos mundos,
as estações inumeráveis
no seu trajeto radioso,
o prosseguimento do
eterno bem, a conquista
da plena consciência e a
alegria de sempre viver
para sempre amar, subir,
adquirir novas
potências, virtudes mais
altas e percepções mais
vastas. (PP. 67 e 68)
44. Deus é maior que
todas as teorias e todos
os sistemas. Eis a razão
por que não pode Ele ser
atingido, nem minorado,
pelos erros e faltas que
os homens têm cometido
em seu nome. Deus é
soberano a tudo. (P. 69)
45. O conhecimento da
verdade sobre Deus,
sobre o mundo e a vida,
é o que há de mais
essencial, de mais
necessário, porque é Ele
que nos sustenta, nos
inspira e nos dirige,
mesmo à nossa revelia.
(P. 70)
46. A existência da
Potência Suprema é
afirmada por todos os
Espíritos elevados. O
mesmo se dá com os
escritores e filósofos
espíritas, desde Kardec
até os nossos dias.
Todos afirmam a
existência de uma causa
eterna no Universo. (P.
71)
47. Todas as obras
científicas produzidas
há meio século nos
demonstram a existência
e a ação das leis
naturais, que estão
ligadas por uma outra,
superior, que as abrange
inteiramente,
regularizando-as e
elevando-as à unidade, à
ordem e à harmonia. É
por essas leis sábias e
profundas, ordenadoras e
organizadoras do
Universo, que a
Inteligência Suprema se
revela. (P. 74)
48. A idéia de Lei
parece-nos, pois,
inseparável da idéia de
inteligência, porque é
obra de um pensamento.
Somente este pode dispor
e ordenar todas as
coisas no Universo. E o
pensamento não se pode
produzir sem a
existência de um ser que
seja seu gerador. (PP.
74 e 75)
49. Tudo vem de Deus e
remonta a Ele. Um fluido
mais sutil do que o éter
emana do pensamento
criador. Esse fluido,
muito quintessenciado
para ser apreendido por
nossa compreensão, em
conseqüência de
combinações sucessivas,
tornou-se o éter, e do
éter saíram todas as
formas graduadas da
matéria e da vida. (P.
76)
50. A ordem e a
majestade do Universo
não se revelam somente
no movimento dos astros;
revelam-se também, de
modo imponente, na
evolução e
desenvolvimento da vida
na superfície desses
mundos. Hoje, pode-se
afirmar que a vida se
desenvolve, se
transforma e se apura
segundo um plano
preconcebido. (P. 77)
51. Podemos observar em
torno de nós essa lei
majestosa do progresso,
através de todo o lento
trabalho da Natureza,
desde as formas
inferiores, desde os
infusórios que flutuam
nas águas, até o homem.
O instinto torna-se
sensibilidade,
inteligência,
consciência, razão. E
essa ascensão não pára
aí, porque prossegue
através dos mundos
invisíveis, sob formas
cada vez mais sutis, até
chegar a Deus. Ora, essa
ascensão grandiosa da
vida só se explica pela
existência de uma causa
inteligente, de uma
energia incessante, que
penetra e envolve toda a
Natureza: é ela quem
rege e estimula essa
evolução colossal da
vida para o Bem, o Belo
e o Perfeito. (PP. 77 e
78)
52. Logo que a alma
transpõe a morte, desde
que desperta no mundo
dos Espíritos, o quadro
de suas vidas passadas
se desenrola, pouco a
pouco, à sua vista. Ela
se mira, então, em um
espelho que reflete
fielmente todos os atos
passados. Nada de
distração, nada de fuga.
O Espírito é obrigado a
contemplar-se,
primeiramente, para se
reconhecer ou para
sofrer, e, mais tarde,
para se preparar. (PP.
78 e 79)
53. Os ensinamentos de
Além-Túmulo nos fazem
saber que nada se perde,
nem o bem, nem o mal, e
que tudo se inscreve, se
repara, se resgata, por
meio de outras
existências terrestres,
difíceis e dolorosas.
(P. 79)
(Continua no próximo
número.)