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Entrevista
Ano 1 - N° 44 - 24 de Fevereiro de 2008
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)

Entrevista: Ismael Batista da Silva 

Uma visão focada no relacionamento humano 

Mineiro, natural de Guaxupé, Ismael Batista da Silva (foto) é palestrante motivacional, consultor de vendas e vereador na cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Autor de dois livros, um deles de natureza mediúnica, e espírita de berço, Ismael é uma  pessoa envolvida com as causas sociais de sua cidade e, no âmbito espírita, atua também como palestrante, atividade em que tem dado expressivo destaque ao relacionamento humano por meio de exemplos práticos do cotidiano.
Eis na íntegra a entrevista que gentilmente concedeu à nossa revista. 


Quantos livros tem publicados e qual a temática deles?

Tenho dois livros publicados: Vencendo dificuldades de relacionamento – um livro que não é uma obra espírita, porém contém orientações espíritas para o comportamento humano. Foi uma maneira que encontrei de  levar a mensagem espírita a lugares diversos, sem falar de Espiritismo. O segundo livro é um romance inspirado pelo Espírito Otília,  com o título: Um Perfume Inesquecível – uma linda história de amor, que focaliza a história de um perfumista que elaborou um perfume exclusivo para seu amor, perfume esse que perdurou até no além, transformando-o em um sinal, uma marca da presença espiritual da amada. O protagonista, por orgulho, acabou se envolvendo com grandes comprometimentos e teve sua reparação em uma existência posterior como trabalhador espírita. A obra mostra a importância do mediunato para superarmos nossas pendências espirituais, o valor da instituição família para realização dos grandes acertos espirituais do pretérito, os mecanismos utilizados no mundo espiritual para nos reeducar e para nos refazer diante da vida. Não é por ser uma obra assinada por mim, mas um livro que todo trabalhador espírita que possui dificuldades de relacionamento familiar deveria ler.

Os seminários que você vem apresentando com o nome “Vencendo as dificuldades de relacionamento” tem encontrado, como sabemos, grande receptividade do público. A que atribui o sucesso da abordagem?

A mensagem que esse seminário transmite aos participantes é necessária nos dias de hoje, já que uma das maiores dificuldades que temos na Terra está relacionada  com a  convivência. É muito difícil conviver pacificamente  em um mundo marcado por  tantas diferenças comportamentais. Procuro abordar nele o dia-a-dia das pessoas. Com  essa reflexão, as pessoas se vêem nos exemplos citados e chegam à conclusão de que não adianta continuar fazendo o que, costumeiramente, fazem no dia-a-dia. No mundo a gente comunica e obtém resultados ou a gente desabafa e continua tudo do mesmo jeito. O seminário ensina caminhos para bem comunicar, ou seja, para que se alcancem resultados no relacionamento interpessoal. Procuro tratar todos os assuntos do seminário  – geralmente  focalizados de forma muita séria – de uma maneira bem divertida. Essa é a razão do sucesso deste trabalho, creio eu.

A temática é exclusivamente abordada no ambiente espírita ou a tem  também utilizado em suas apresentações profissionais?

Essa temática é sucesso garantido onde é levada. Como disse anteriormente, ela é muito necessária nos dias atuais em todos os ambientes, pois o ser humano tem muita dificuldade de aceitar o outro e suas diferenças. Apresentei esse trabalho, profissionalmente, em muitas empresas, escolas, hospitais e em instituições diversas, em todos lugares com a mesma receptividade. Nas apresentações procuro falar sempre na linguagem de cada ambiente. Por exemplo, nas casas espíritas, esta mensagem fica ainda mais abrangente, pois posso utilizar os recursos doutrinários. Quando falo em um hospital, procuro falar  das dificuldades de relacionamento do dia-a-dia de um hospital e assim por diante.

Como suas abordagens estão relacionadas diretamente com a auto-estima, o crescimento pessoal e a superação de desafios, como tem visto a reação e a participação do público espírita e não-espírita, durante as apresentações?

A reação do público é sempre muito interessante e cada vez maior. Observo que as pessoas estão cada vez mais interessadas em conhecer-se a si mesmas e buscar orientações e motivações para bem direcionarem suas vidas. Percebe-se que a criatura humana está cada vez mais convicta de que ela não é apenas um mero resultado de um acidente biológico. Ela é um ser mais complexo, um ser espiritual. As questões emocionais/espirituais do ser humano nunca ficaram tão expostas diante dele mesmo, como se vê agora. Não sabendo lidar com todas essas questões, o ser humano está procurando de todas as maneiras o apoio de que carece; por isso é importante que as casas espíritas estejam aparelhadas com boas palestras, seminários, cursos doutrinários para atenderem às necessidades do momento. Trazer a doutrina, o Evangelho para o dia-a-dia das pessoas é uma atitude inteligente de todo trabalhador, principalmente dos dirigentes e expositores espíritas.

Quais são os temas mais solicitados pelas empresas e pelo movimento espírita?

No movimento espírita os trabalhos mais pedidos são: vencendo dificuldades  de relacionamento; não basta estar espírita é preciso ser; como bem aproveitar a existência; o lado luz das provações da vida; depressão: não entre nessa; influências espirituais – o que você deve saber sobre elas; entre Jesus e o mundo; o perfil do trabalhador espírita para o terceiro milênio. Pelas empresas são: vencendo dificuldades de relacionamento; o mundo pode entrar em crise, você não (para empresários); vende mais quem se comunica melhor; hoje não basta vestir a camisa da empresa, é preciso suá-la; auto-estima, como positivá-la; auto-imagem – uma questão de sobrevivência profissional.
 

Com sua larga experiência no contato com o movimento espírita, como o tem visto nos lugares que visita?

Em muitas regiões, com alegria, tenho encontrado muitas lideranças espiritualizadas e atualizadas com os nossos tempos. São regiões onde o movimento espírita é dinâmico, motivado, sem deixar de ser fiel aos postulados. São casas bem freqüentadas, com trabalhadores que dão muito valor ao estudo doutrinário e tiveram coragem de quebrar paradigmas em algumas práticas em favor do próprio movimento. São lideranças positivas que conseguiram levantar e mesmo fortalecer grandes instituições, que hoje, prestam muitos serviços à população e que, naturalmente, desfrutam de grande credibilidade. Por outro lado, e em número bem menor, encontro movimentos capengas, instituições que pararam no tempo e no espaço. São administradas por lideranças cansadas e que não dão oportunidade para os mais jovens. Tudo para estas instituições é sofrido, difícil, quase intransponível. Lideranças que ficaram presas a história e/ou ocorrências do passado. Vê-se facilmente que em lugares assim os espíritas  mais jovens não têm abertura para trabalhar, só restando a estes mais novos exercitarem a paciência de esperar os mais velhos desencarnarem, depois fazer a desobsessão da casa, e aí trazer a instituição para os nossos dias. Haja paciência! 

Existem casos marcantes que gostaria de descrever entre os vividos?

Tenho muitos casos marcantes gravados em minha memória decorrentes do meu trabalho de expositor espírita, porém guardo sempre a alegria de, depois de terminado um trabalho, ouvir de uma ou mais pessoas, por exemplo: "Foi Deus quem me trouxe hoje aqui ao centro! Tua palestra era tudo o que eu precisava ouvir." Muitas pessoas, aos prantos, chegam até mim e me dão um forte e demorado abraço, agradecendo a mensagem  que deixei para os seus corações. São acontecimentos como estes que nos mantêm motivado e cheio de energias para continuar este trabalho com Jesus. 

Qual é sua visão da vida atual, à luz do Espiritismo, considerando a sociedade brasileira?

Vejo a vida atual com otimismo. Diria que está ruim, mas está bom. Olhando para trás, observo, facilmente, que demos muitos passos importantes fazendo avançar a nossa democracia. Os dias de hoje são muito melhores dos que eu experimentei na minha infância.  A educação está aos poucos mudando o nosso cenário social. Com um pouco mais de paciência, vamos ter um país muito mais interessante para se viver, e com a alegria de termos participado dessa mudança. Nosso país vai ser, sim, o coração do mundo  e a pátria do Evangelho de Jesus. Continuemos trabalhando para tal, servindo e amando sempre. 

Que sugestão poderia endereçar ao leitor para vencer as próprias dificuldades relativas à comunicação, à timidez e ao crescimento pessoal?

Primeiro: admitir que tem a problemática. Segundo: não ter vergonha de buscar ajuda. Terceiro: acreditar que todos os recursos de superação já existem em nós mesmos, basta termos a vontade de utilizá-los em nosso próprio favor. Viemos à Terra  para nos transformarmos para melhor. É preciso sempre lembrar-se disso. 

Existe uma receita de felicidade?

Existe, com certeza! Depois que Jesus veio à Terra nada mais está oculto aos filhos de Deus em se tratando de felicidade. Para ser feliz a receita é vivenciar os preceitos do seu Evangelho. Não há outro caminho. Ser feliz é perceber em si as virtudes divinas em movimento e, com elas, permanecer com a consciência tranqüila de estar fazendo o melhor que pode para Deus, para si mesmo e para o próximo.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita