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Estudando
as obras de Kardec |
Ano 1 - N° 44 -
24 de Fevereiro
de 2008
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ASTOLFO OLEGÁRIO DE
OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Revue Spirite
de 1858
(8a Parte
e final)
Allan Kardec
Concluímos hoje o estudo
da Revue Spirite
de 1858, mensário
escrito e dirigido por
Allan Kardec. O texto
condensado do volume
correspondente a 1858,
aqui apresentado em 8
partes, baseou-se na
tradução de Júlio Abreu
Filho publicada pela
EDICEL.
Questões preliminares
A. A que propriedades
Kardec se refere, na
Revue, ao falar
sobre o perispírito?
Inicialmente, diz ele
que os encarnados têm
dois envoltórios: o
corpo destrutível e o
corpo etéreo, vaporoso,
indestrutível – o
perispírito. O
perispírito é invisível,
mas pode tornar-se
visível. Uma outra
propriedade dele é a
penetrabilidade. Nenhuma
matéria lhe oferece
obstáculo: ele as
atravessa a todas, como
a luz atravessa os
corpos transparentes. E,
para corroborar esta
informação, diz conhecer
uma jovem senhora que
muitas vezes via em sua
casa e no seu quarto
homens, na verdade
Espíritos, que aí
entravam e saíam, embora
estivessem fechadas as
portas. (Revue
Spirite de 1858, pp. 335
a 337.)
B. Existe relação entre
os sofrimentos que o
Espírito padece e suas
atitudes quando
encarnado?
Sim. Na Revue ele
apresenta um estudo
sobre as sensações dos
Espíritos, no qual
procura explicar como é
a dor sentida pelos
Espíritos. Sua conclusão
é esta: os sofrimentos
que o Espírito padece
são sempre conseqüência
da maneira pela qual
viveu na Terra. (Obra
citada, pp. 347 a 351.)
C. Como explicar os
sonhos?
Segundo um instrutor
espiritual, o sono
liberta inteiramente a
alma do corpo. Quando
dormimos ficamos
momentaneamente no
estado em que, de
maneira definitiva, nos
encontraremos depois da
morte. Os sonhos seriam
a lembrança daquilo que
vimos durante o sono.
(Obra citada, pp. 353 e
354.)
D. Que palavras Kardec
dedicou, na Revue
de 1858, às mulheres?
O Codificador fez às
mulheres um elogio
inusitado: "A mulher é
delineada mais finamente
que o homem, o que
indica, naturalmente,
uma alma mais delicada.
É assim que nos meios
semelhantes, em todos os
mundos, a mãe será mais
bela que o pai, por ser
a que a criança vê
primeiro". E
acrescentou: "Mulheres!
Não temais deslumbrar os
homens pela vossa
beleza, por vossas
graças, por vossa
superioridade. Saibam,
porém, os homens que,
para se tornarem dignos
de vós, devem ser tão
grandes quanto sois
belas, tão sábios quanto
sois boas, tão
instruídos quanto sois
originais e simples."
(Obra citada, pág. 357.)
Texto para leitura
209. A Revue transcreve
um conto de Frédéric
Soulié, "Uma Noite
Esquecida", psicografado
por Caroline Baudin,
médium do gênero
absolutamente passivo,
que não tinha a menor
consciência do que
escrevia. Primeiro, ela
valeu-se da cesta de
bico; depois
serviu-se da psicografia
direta. (P. 329)
210. Kardec diz que a
Gazette de Cologne
publicou a história da
aparição do General
Marceau, que muitas
pessoas alegam ter visto
à noite, montado num
cavalo, com seu manto
branco dos caçadores
franceses. (P. 333)
211. Falando sobre
aparições, Kardec lembra
que o Espírito está
unido ao corpo por uma
substância semimaterial,
chamada perispírito. Os
encarnados têm,
portanto, dois
envoltórios: o corpo
destrutível e o corpo
etéreo, vaporoso,
indestrutível -- o
perispírito. (P. 335)
212. O perispírito é
invisível, mas pode
tornar-se visível. Uma
outra propriedade dele é
a penetrabilidade.
Nenhuma matéria lhe
oferece obstáculo: ele
as atravessa a todas,
como a luz atravessa os
corpos transparentes.
(P. 336)
213. Kardec diz conhecer
uma jovem senhora que
muitas vezes via em sua
casa e no seu quarto
homens, na verdade
Espíritos, que aí
entravam e saíam, embora
estivessem fechadas as
portas. (P. 337)
214. Kardec fala sobre o
Sr. Adrien, destacando
que de todas as suas
faculdades como médium a
mais notável é a
vidência. (P. 339)
215. Colocamos o Sr.
Adrien -- diz o
codificador -- entre os
mais notáveis médiuns e
na primeira fila
daqueles que nos
forneceram os mais
preciosos elementos para
o conhecimento do mundo
espírita. (P. 340)
216. Com o Sr. Adrien,
Kardec esteve em
teatros, bailes,
hospitais, cemitérios e
Igrejas, e assistiu a
enterros, casamentos,
batizados e sermões, em
toda parte observando os
Espíritos que ali
estavam. (P. 340)
217. Kardec relata o
caso da morte de um
amigo do Sr. Adrien,
vitimado por um ataque
de apoplexia. Horas
depois da morte, o
vidente viu o Espírito
do defunto, com a mesma
aparência de antes, a
andar de um lado para
outro, sem compreender o
que se passava. (P. 341)
218. No dia seguinte, o
médium viu o Espírito
vagando ao lado do
caixão, mas estava agora
envolto numa espécie de
túnica. O Sr. Adrien
conversou com ele e viu
que ele ignorava a sua
morte. (P. 341)
219. A seguir, o médium
o viu aproximar-se do
filho que chorava.
Curvou-se sobre ele,
ficou uns momentos nessa
posição, depois partiu
rapidamente. O médium
notou, então, que o que
ele dizia chegava ao
coração do filho. (P.
342)
220. A Revue trata do
tema bicorporeidade e
cita os casos de Santo
Afonso de Liguori,
canonizado antes do
tempo exigido, por se
haver mostrado
simultaneamente em dois
lugares, e de Santo
Antônio de Pádua, que
pregava na Espanha
quando foi visto em
Pádua. (P. 344)
221. Evocado, Afonso de
Liguori confirma o fato
que lhe foi atribuído e
explica o seu mecanismo.
(P. 344)
222. Kardec faz um
estudo sobre as
sensações dos Espíritos,
procurando explicar como
é a dor sentida pelos
Espíritos. (PP. 347 e
348)
223. A conclusão parece
clara: os sofrimentos
que o Espírito padece
são sempre conseqüência
da maneira por que viveu
na Terra. (P. 351)
224. Um Espírito ensina
que o sono liberta
inteiramente a alma do
corpo: quando dormimos
ficamos momentaneamente
no estado em que, de
maneira definitiva, nos
encontraremos depois da
morte. (P. 353)
225. O sonho -- diz ele
-- é a lembrança daquilo
que o vosso Espírito viu
durante o sono; notai,
porém, que não sonhais
sempre, porque nem
sempre vos lembrais
daquilo que vistes ou de
tudo quanto vistes. (P.
354)
226. Kardec escreve
sobre a mulher e lhe faz
um elogio inusitado: "A
mulher é delineada mais
finamente que o homem, o
que indica,
naturalmente, uma alma
mais delicada. É assim
que nos meios
semelhantes, em todos os
mundos, a mãe será mais
bela que o pai, por ser
a que a criança vê
primeiro". (P. 357)
227. "Mulheres! Não
temais deslumbrar os
homens pela vossa
beleza, por vossas
graças, por vossa
superioridade -- diz
Kardec. -- Saibam,
porém, os homens que,
para se tornarem dignos
de vós, devem ser tão
grandes quanto sois
belas, tão sábios quanto
sois boas, tão
instruídos quanto sois
originais e simples."
(P. 357)
228. Kardec evoca uma
viúva de Malabar, uma
dessas mulheres da
Índia, sujeitas ao
costume de queimar-se
sobre o cadáver do
marido. Evidentemente,
ela disse que preferia
ter-se casado com outro
homem, ao invés de ser
queimada. (P. 361)
229. Evocada, Luísa
Charly, chamada Labé,
cognominada "A Bela
Cordoeira", explica que,
embora tenha sido feliz
na Terra, a felicidade
do Céu é coisa muito
diferente. Por Céu, ela
diz referir-se a outros
mundos. (P. 363)
230. Luísa confirma que
Júpiter é um mundo
feliz, mas adverte que
ele não é o único
favorecido por Deus. Os
mundos felizes são tão
numerosos quanto os
grãos de areia do
oceano. (P. 363)
231. O Sr. Ch. Renard,
assinante da Revue,
residente em Rambouillet,
conta em carta escrita a
Kardec sobre suas
experiências com os
fenômenos espíritas,
muito antes do advento
das mesas girantes, e
fala sobre as
experiências da família
Fox e dos trabalhos de
Davis, considerados por
Conan Doyle os
principais precursores
do Espiritismo. (P. 366)
232. Fechando o ano de
1858, Kardec diz, feliz,
que doravante a
existência da Revue se
acha assegurada por um
número de assinantes que
aumenta dia a dia, e
afirma que o Espiritismo
marcha a passos
gigantescos pelo mundo
inteiro. (PP. 367 e 368)
233. Refere Kardec que
os Espíritos então lhe
disseram: "Este é o
primeiro período; em
breve passará, para dar
lugar a idéias mais
elevadas. Novos fatos
revelar-se-ão, marcando
um novo período -- o
filosófico -- e a
doutrina crescerá em
pouco tempo, como a
criança que deixa o seu
berço". (P. 368)
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