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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 44 - 24 de Fevereiro de 2008

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São Paulo (Brasil)  

Seguindo confiante

“Não te canses de fazer o bem. Quem hoje te não compreende a boa-vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço. Jamais te desesperes, e auxilia sempre”. (Emmanuel, no Livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco C. Xavier, item 124). 

Em nenhum momento da história da humanidade encontramos registros de que a vida daqueles que seguiram à frente, abrindo caminhos seguros aos que caminhavam à retaguarda, tenha sido fácil. Antes, com freqüência, somos informados das lutas hercúleas e das tarefas espinhosas que foram realizadas pelos pioneiros, em todos os segmentos, no seio das coletividades. 

Facilitar a vida dos irmãos do caminho será sempre a meta dos altruístas, bondosos e fraternos, que não medirão esforços para que a paz e a felicidade, mesmo que em doses diminutas, iluminem a jornada do próximo. 

E, não raramente, tais criaturas, fiéis seguidores do Cristo, conhecem todo tipo de incompreensão, ingratidão e ironias. Mas como estão forjadas na determinação e na plena convicção da assistência divina, que nunca falta aos idealistas, prosseguem sem dar atenções aos espinhos que perfuram seus pés, desde que estejam avançando na direção de suas metas almejadas. 

Quando Noé começou a construir sua arca no deserto, não faltaram risos sorrateiros e comentários picantes afirmando que ele estaria destituído da razão, pois que naquela região não havia nem água para as necessidades primordiais. Destemido, convicto e silencioso aguardou as surpresas do tempo e, quando caiu a tempestade prevista, os incautos e descuidados morreram afogados e o velho Noé com seus animais seguiu seu destino, conforme determinações superiores. 

Quantas vezes em nossas vidas, quando estamos atuando com prudência, magnanimidade e precaução, somos criticados e não compreendidos. Não tem importância, o homem arrojado e seguramente certo do que faz continua seus projetos e lá na frente os benefícios servirão a um grande contingente populacional. 

Recomenda a palavra amiga e sábia de Paulo de Tarso, em carta escrita aos Gálatas 6:9: “Não nos desanimemos de fazer o bem, pois, a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos”. 

Como bem podemos perceber, ceifaremos se não desfalecermos, importa, então, conforme ensina o Apóstolo da Gentilidade, que permaneçamos no ideal de servir, não importando a quem e nem como, mas servir indistintamente, sem dar atenções ao barulho da descrença que fazem ao nosso redor. Os maus e os imprevidentes costumam promover algazarra em torno daqueles que se definem por fazer o bem. 

Jesus, num dado momento do Evangelho, também nos incentiva a seguir adiante nas tarefas redentoras do amor pela humanidade, quando afirma que precisamos apanhar a nossa charrua e não olhar para trás, pois, se assim fizermos, além de demonstramos a nossa displicência ainda perdemos tempo. 

Portanto, reunamos nossas potencialidades, nosso vigor e determinação e não percamos a oportunidade de fazer o bem. 

Crianças choram de fome, choram de carência afetiva e choram abandonadas. Mães sofrem por não terem como alimentar seus filhos, sofrem pelos filhos que se desviam pelos desfiladeiros do crime e sofrem por não possuírem uma casa para morar. Idosos lamentam o abandono da família, lamentam a saúde precária e lamentam a solidão da própria idade. Jovens clamam por oportunidade, clamam por mãos amigas e clamam por perspectivas de vida. 

Como podemos notar, temos muito que fazer. Unamo-nos àqueles que abrem caminhos, àqueles que avançam na vanguarda, àqueles que desbravam e sejamos também um difusor do bem, do amor e da paz. E o bem que fazemos, o amor que praticamos e a paz que buscamos se reunirão em nossos corações, pois é da Lei Divina “que é dando que se recebe”.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita