WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Clássicos do Espiritismo
Ano 1 - N° 46 - 9 de Março de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

O Grande Enigma
(5
a Parte)

Léon Denis

Continuamos nesta edição o estudo do clássico O Grande Enigma, de Léon Denis, conforme o texto da 7a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. O estudo está sendo aqui apresentado em 10 partes.

Questões preliminares  

A. A presença de Deus em nossa vida é um fato concreto?

R.: Sim. A ação de Deus se desvela tanto no mundo físico quanto no mundo moral, no Universo inteiro. Não há um único ser que não seja objeto de sua solicitude. Um fato que demonstra, de modo brilhante, a intervenção de Deus na História, é o aparecimento, no tempo próprio, nas horas solenes, dos grandes missionários, que estendem a mão aos homens e lhes ensinam a lei moral, a fraternidade e o amor dos semelhantes, dando-lhes o grande exemplo do sacrifício de si pela causa de todos. (O Grande Enigma, p. 103 e 104.)

B. Existe um meio de salvar a sociedade da situação em que se encontra?

R.: Evidente que sim. Mas, segundo Léon Denis, o único meio de salvar a sociedade em perigo é elevar os pensamentos e os corações para a Potência Infinita que é Deus, unindo nossa vontade à dele e compenetrando-nos da sua Lei. Veremos então que Deus não é uma abstração metafísica; que Deus é um ser vivo, sensível, consciente, nosso Pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo. (Obra citada, p. 106.)

C. Como definir Deus?

R. Deus é incognoscível em sua essência, em suas íntimas profundezas, mas revela-se por toda a sua obra, no grande livro aberto aos nossos olhos e no fundo de nós mesmos. Deus é o Espírito puro, o Pensamento puro. Mas a idéia pura, em sua essência, não pode ser formulada sem ser diminuída, alterada, porque toda fórmula é uma prisão. (Obra citada, pp. 114 e 115.) 

Texto para leitura

72. É preciso entender que os Espíritos potentes, esses missionários, esses agentes de Deus, foram também homens de carne, como nós somos, cheios de fraquezas e misérias, e atingiram essas alturas por suas pesquisas e seus estudos, pela adaptação de todos os seus atos à lei divina. O que eles fizeram todos podemos fazer também. (P. 102)

73. Graças aos estudos psíquicos e aos fenômenos telepáticos, estamos aptos a compreender, desde já, que nossas faculdades não se limitam aos nossos sentidos. Nosso Espírito pode irradiar além do corpo, pode receber as influências dos mundos superiores, as impressões do pensamento divino. (P. 102)

74. A ação de Deus se desvela, pois, tanto no mundo físico quanto no mundo moral, no Universo inteiro. Não há um único ser que não seja objeto de sua solicitude. (P. 103)

75. Um fato que demonstra, de modo brilhante, a intervenção de Deus na História, é o aparecimento, no tempo próprio, nas horas solenes, dos grandes missionários, que estendem a mão aos homens e lhes ensinam a lei moral, a fraternidade e o amor dos semelhantes, dando-lhes o grande exemplo do sacrifício de si pela causa de todos. (P. 104)

76. Haverá algo mais imponente do que a missão dos Enviados divinos? As fogueiras se acendem; os sarcasmos e o desprezo os atingem, mas eles seguem, com a fonte altiva e a alma serena, no cumprimento de sua missão. (P. 104)

77. O único meio de salvar a sociedade em perigo é elevar os pensamentos e os corações para a Potência Infinita que é Deus, unindo nossa vontade à dele e compenetrando-nos da sua Lei. Veremos então que Deus não é uma abstração metafísica; Deus é um ser vivo, sensível, consciente; é nosso Pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo. (P. 106)

78. É por essa razão que Léon Denis diz: “Meus irmãos, recolhei-vos no silêncio das vossas moradas; elevai freqüentemente a Deus os transportes de vossos pensamentos e de vossos corações, expondo-lhe vossas necessidades, vossas fraquezas, vossas misérias; e, nas horas difíceis, dirigi-lhe o apelo supremo. Aprendei a orar do mais profundo de vossa alma, e não mais da ponta dos lábios; aprendei a entrar em comunhão com vosso Pai; a receber seus ensinamentos misteriosos, reservados, não aos sábios e poderosos, mas às almas puras, aos corações sinceros”. (PP. 107 e 108)

79. Quando quiser achar refúgio contra as tristezas e as decepções da Terra, o homem deve lembrar-se de que existe somente um meio: elevar o pensamento a essas puras regiões da luz divina, onde não penetram influências grosseiras deste mundo. Os rumores das paixões, o conflito dos interesses não vão até lá. Chegando a essas regiões, o Espírito se desprende de preocupações inferiores, de todas as coisas mesquinhas de nossas existências, e vê então as leis do seu destino. (P. 108)

80. Aquele que tem em seu pensamento e em seu coração essa fé ardente, essa confiança absoluta no futuro, essa certeza que o eleva, esse está encouraçado contra a dor e ficará invulnerável no meio das provas. Eis aí o segredo de todas as forças, de todo o valor, o segredo dos inovadores, dos mártires e de todos aqueles que oferecem sua vida por uma grande causa. (PP. 108 e 109)

81. Cada religião explica Deus à sua maneira; cada teoria o descreve a seu modo, resultando de tudo isso uma confusão, um caos inextricável, de onde os ateus têm tirado argumentos para negar a existência de Deus, e os positivistas para o declarar “incognoscível”. (P. 110)

82. A objeção mais freqüente à idéia de Deus consiste em dizer-se: “Se Deus existe, se Ele é, como pretendeis, Bondade, Justiça, Amor, por que o mal e o sofrimento reinam feitos senhores em torno dos seres?” (P. 111)

83. Léon Denis examinou tal objeção em dois livros: “Depois da Morte”, segunda parte, e “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, cap. XVIII e XIX. Resumidamente: o sofrimento é um meio poderoso de educação para as almas, porque desenvolve a sensibilidade, e por vezes é uma forma de justiça, corretivo a atos anteriores. O mal é, na verdade, conseqüência da imperfeição humana. (PP. 111 e 112)

84. Outra objeção, que constitui uma das questões capitais da Filosofia, é assim formulada: “Seria Deus um ser pessoal ou é o ser universal, infinito?” Léon Denis diz que dessa indagação surgiram os dois grandes sistemas sobre Deus: o deísmo e o panteísmo. “A personalidade verdadeira - afirma Denis - é o eu, a inteligência, a vontade, a consciência. Nada impede concebê-la sem limites, isto é, infinita. Sendo Deus a perfeição, não pode ser limitado. Assim se conciliam duas noções, na aparência contraditórias.” (PP. 113 e 114)

85. Outra questão – proposta pelos positivistas –: “Deus é incognoscível?” A resposta, segundo Denis, é fácil: Deus é incognoscível em sua essência, em suas íntimas profundezas, mas revela-se por toda a sua obra, no grande livro aberto aos nossos olhos e no fundo de nós mesmos. “Deus - acrescenta Léon Denis - não é desconhecido: é somente invisível.” (P. 114)

86. Aos que reclamam uma definição, poder-se-ia dizer que Deus é o Espírito puro, o Pensamento puro. Mas a idéia pura, em sua essência, não pode ser formulada sem ser diminuída, alterada. Toda fórmula é uma prisão. (P. 115)

87. Deus está na criatura e a criatura está nele. Deus é o grande foco de vida e de amor, do qual cada alma é uma centelha, ou antes, um foco ainda obscuro e velado que contém, em estado embrionário, todas as potências, a tal ponto que, se soubéssemos tudo quanto em nós existe, transformaríamos o mundo. (P. 116)

88. Lembremos que somos Espíritos imortais. As coisas da Terra são um degrau, um meio de educação, de transformação. Podemos perder neste mundo todos os bens terrestres. Que importa isso? O indeclinável é engrandecer, arrancar de sua grosseira ganga esse Espírito divino, esse deus interior que é, em todo homem, a origem de sua grandeza e de sua felicidade. Eis o fim supremo da vida! (P. 117)

89. Deus é a grande Alma do Universo, o foco de onde emana toda a vida, toda a luz moral. “Não podeis passar sem Deus - assevera Léon Denis -, de igual modo que a Terra e todos os seres que vivem em sua superfície não podem dispensar seu foco solar.” (P. 117)

90. “Deus é o Sol das Almas!”, afirma Denis. “Extingui a idéia de Deus, e imediatamente a morte moral se estenderá sobre o mundo.” Após dizer isso, Denis acrescenta: “Levantar, engrandecer a idéia de Deus, desembaraçá-la das escórias em que as religiões e os sistemas a têm envolvido, tal é a missão do Espiritualismo moderno!” (P. 118) (Continua no próximo número.)
 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita