Mediunidade
e Espiritismo
nas novelas
Há algum tempo, três novelas da Globo mostravam, ao
mesmo tempo, fenômenos espíritas.
Na das seis, Alma Gêmea, a reencarnação era o tema central, e Allan Kardec,
sempre mencionado. No final da
novela das sete, um Espírito
apareceu para duas personagens. E
na das nove um Espírito
manifestava-se para o filho, o peão
de rodeios Tião, que, após o fenômeno,
procurou ajuda em um centro espírita.
Tamanha visibilidade do Espiritismo na mídia não é
fruto do acaso e não pode passar
despercebido por nós. O fato faz
com que, espíritas, sejamos muito
mais observados e julgados. Diante
dos desafios do dia-a-dia, maior
se torna a nossa responsabilidade
de dar exemplos e de esclarecer os
fundamentos da doutrina.
Quando pensávamos que a era das manifestações
ostensivas já estava superada,
eis que ela se mostra ainda bem
presente, desta vez
eletronicamente, por meio de um veículo
de comunicação de massa.
Ainda bem que as casas espíritas de nossa cidade,
acertadamente, têm uma
diversidade muito grande de
atividades voltadas aos estudos,
propiciando a compreensão dos fenômenos
naturais pelo raciocínio, como
preceituou Kardec. Acredito que
estejamos muito bem preparados
para encaminhar quem quer que nos
procure pedindo esclarecimento
sobre os fenômenos que têm sido
exibidos na TV.
Falei, no início, sobre dar exemplos, assunto que
pode trazer problemas. Afinal de
contas, espírita não é sinônimo
de santo, como muitos imaginam. Na
trajetória evolutiva, estamos
todos, por assim dizer, no mesmo
barco. Contudo, a despeito de ser
essa a nossa eterna desculpa, quem
sabe não poderíamos caprichar um
pouco mais? Até para justificar
tudo o que já aprendemos. Mas
como? A lição continua a mesma:
tratar o outro como gostaríamos
de ser tratados.
Pensando bem, os nossos problemas são quase todos de
relacionamento. Que tal
investirmos nisso? Melhor para os
outros, melhor para nós. Antes de
falar e agir, deveríamos tentar
responder a algumas perguntas. O
que pretendemos fazer será útil?
Falaremos ou agiremos de uma forma
caridosa? Nosso ato alimentará
algum tipo de orgulho, vaidade ou
egoísmo? Poderá causar dano ou
prejuízo? É o que gostaríamos
que nos fosse feito ou dito?
Fica óbvio que, de imediato, não deixaremos de
errar; o acerto só virá com o
tempo. O importante, porém, é
estarmos bem atentos,
principalmente àqueles erros que
cometemos por impulso. São vícios,
na maioria das vezes, adquiridos
em muitas encarnações. Outra
coisa: é em casa que “o bicho
pega”. Maior intimidade, mais
liberdade (para tratar as pessoas
como não gostaríamos de ser
tratados). Então, muito cuidado
em casa!
A oportunidade que o Espiritismo está tendo no
Brasil, com essas novelas, é ímpar.
Vale a pena comentar e participar,
esclarecendo a quem nos procure em
busca de ajuda.
Muita paz.