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Crítica Literária

Ano 1 - N° 47 - 16 de Março de 2008

JOSÉ PASSINI
passinijose@yahoo.com.br
Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)
 

 

Análise da obra
"Chico Xavier responde"

 

Livro em análise: Chico Xavier responde
Espírito: Francisco Cândido Xavier
Médium: Carlos A. Baccelli 

Sumário:
Trata-se de uma obra redigida em forma de perguntas e respostas, sobre a qual o médium escreveu o seguinte no prefácio: "Em poucas palavras: Após ler e reler a obra em pauta, que ora vem a lume, digo apenas àqueles que se dignarem de folheá-la que, na condição de espírita e médium, me senti no dever de dar-lhe publicidade, deixando a sua apreciação e análise, no que tange à autenticidade e valor, a quantos se considerem mais bem habilitados para tanto."  

Na apresentação dessa obra, o médium Carlos A. Baccelli diz que “na condição de espírita e médium, me senti no dever de dar-lhe publicidade, deixando a sua apreciação e análise, no que tange à autenticidade e valor, a quantos se considerem mais habilitados para tanto.”

Não nos consideramos mais habilitado, mas a examinamos não só pelo direito de exame que nos confere a Doutrina, mas também no cumprimento do dever de contribuir para que o Espiritismo continue a ser essa fonte confiável de informação, de esclarecimento e de equilíbrio.

As obras mediúnicas quase sempre contêm um prefácio explicativo que informa o leitor como elas foram produzidas. Nesse livro não há informação de como se teria processado esse inusitado diálogo: se o médium desdobrou-se e foi à esfera habitada pelo Chico; se este veio até ele para ser entrevistado como se fora um encarnado, ou se veio para uma comunicação psicográfica. Mas, logo à primeira resposta, tem-se a impressão de que se trata de psicografia, exercitada em forma de diálogo, no qual o médium teria psicografado as respostas, sem dizer como foram feitas as perguntas.

Transcreveremos em negrito os trechos da obra, colocando entre parênteses o número da página e, em seguida, faremos nossos comentários:

— Mas você não era Allan Kardec reencarnado?  

— E quem vocês pensam que era Allan Kardec? (9)

Nós temos a inabalável certeza de que Allan Kardec se coloca entre os grandes benfeitores da Humanidade, mas igual certeza temos de que não viria ele comunicar-se, usando do seu precioso tempo e do tempo de um médium para uma conversa informal, sem conteúdo, banal, muito distante das sábias páginas que nos deixou na Codificação. Seria o mesmo que Michelangelo gastando seu tempo em modelar toscas figuras de barro para exibi-las numa feira.

— Com a desencarnação, a linguagem do espírito pode sofrer alguma mudança?

— A linguagem, sim; o pensamento, não. Com o passar do tempo e de acordo com o instrumento mediúnico através do qual se manifesta, o espírito não mais se prende a certas peculiaridades que o identificam do ponto de vista do estilo. (10)

A afirmativa acima parece-nos uma justificativa para o distanciamento do estilo desse Espírito do estilo de Kardec e de Chico. Emmanuel e André Luiz, para não citarmos outros, comunicaram-se durante décadas pelo Chico, conservando o mesmo estilo, fato constatável até mesmo por pessoas não afeitas à literatura. Além disso, o estilo de André Luiz não se modificava quando escrevia por Waldo Vieira.

— O que teria a dizer aos que afirmam que André Luiz fez literatura de ficção?

— Que a ficção sempre se antecipa à realidade. (28)

Ao responder que a ficção se antecipa à realidade, esse Espírito está afirmando que a obra de André Luiz é ficção. E qual seria a realidade que a sucederia? Estaria justificando as obras atribuídas ao Dr. Inácio Ferreira, essas que trazem pretensas revelações, em linguagem vulgar, zombeteira, agressiva, bem distante daquela usada por todos os Espíritos que escreveram pelo Chico.

A obra de André Luiz, recebida através da mediunidade missionária de Francisco Cândido Xavier, é um verdadeiro desdobramento da Codificação. É através dessa série de livros que pode ser vista a aplicação prática – tanto no Plano Físico, quanto no Espiritual – das teses contidas nas obras de Kardec.

Para se avaliar a magnitude da obra de André Luiz, atentemos às palavras do Irmão Jacob, no livro “Voltei” (22), que transcreve o que ouviu do Espírito que supervisionava o exercício mediúnico de Chico Xavier, ao se referir à tarefa atribuída ao autor de “Nosso Lar”: “(...) Além disto, o esforço dele é impessoal e reflete a cooperação indireta de muitos benfeitores que respiram em esferas mais elevadas.”

Como poderia o Chico, agora, admitir que foi uma ficção antecipando-se à realidade?

— O que diria aos que se consideram donos da verdade?

— Diria que nem Jesus quis defini-la. (28)

O Movimento Espírita tem sofrido ataques constantes através de uma literatura que, pretendendo ser moderna, inovadora, reveladora, tacha de “donos da verdade” os espíritas sérios, zelosos pela preservação da sobriedade, da nobreza e da dignidade da linguagem do que se publica em nome da Doutrina. Deixando de lado esse posicionamento falacioso da pergunta, atente-se para a pobreza e a para a desconexão da resposta colocada na boca do Chico.

— Presentemente, onde se encontraria Amélie Boudet?

— Em dimensão Espiritual Superior. (29)

Resposta óbvia, a uma pergunta sem sentido, no caso de um Espírito como Amélie Boudet.

— E quem foi Hippolyte-Léon Denizard Rivail?

— Alguém que, não fossem os Espíritos, teria vivido no mais completo anonimato; um homem comum, como tantos outros que vivem esquecidos dos homens... (45)

Como poderia ter ficado no anonimato o emérito educador que, já aos 27 anos, fora premiado pela Academia de Arras pela sua proposta de reforma dos estudos clássicos, tendo publicado obras sobre variados ramos de estudos, sempre visando ao aprimoramento dos processos de educação? Seria um homem comum, esquecido dos homens? Note-se o que dizem Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, na sua excelente obra “Allan Kardec”, cap. 37, intitulado “Fertilidade Pedagógica”, que finaliza com estas palavras: Nos planos e projetos apresentados aos membros do Parlamento, às Comissões encarregadas da reforma do ensino e à Universidade, nota-se que o autor se adiantara de muitos anos aos processos pedagógicos então em voga, aproximando-se, em diversos pontos, da “escola ativa”.

Aqui fica muito clara a intenção desse Espírito de tentar diminuir a estatura intelectual do Codificador.

— Por que Allan Kardec não teve filhos?

— Ele era estéril. (45)

Na obra “Na Próxima Dimensão” o Espírito que se faz passar pelo insigne Dr. Inácio Ferreira diz o seguinte: (...) o casal havia renunciado a qualquer tipo de convivência mais íntima na esfera sexual, para devotar-se aos valores do espírito, e, tanto assim que ambos não geraram herdeiros diretos (...) (56).

Parece que o “Dr. Inácio” ainda não se havia informado corretamente no Mundo Espiritual, ou será que esse que se apresenta como Chico está equivocado?

— Hoje, você se sente mais Chico Xavier ou Allan Kardec?

— Ainda me sinto mais Chico Xavier.

— Mas qual prefere sentir?

— Ser Chico me agrada mais...

— Por quê?

— Está mais de acordo com o que me sinto ser.

— Faltava um pouco de Chico a Kardec ou de Kardec a Chico?

— Creio que de Chico a Kardec. (47/48)

Mesmo que fosse verdadeira essa tese absurda, vê-se claramente que Chico Xavier não teria tanta falta de bom-senso a ponto de pôr mais lenha nessa fogueira que o “Dr. Inácio” reacendeu, em ação própria de Espíritos que querem desviar do estudo sério e do trabalho edificante as pessoas que se dedicam à Doutrina. Uma resposta como essa é a mais evidente negação da identidade de Chico Xavier, que sempre primou pela prudência, pelo equilíbrio, nunca entrando em discussões dessa natureza. Além do mais, vê-se outra tentativa de diminuir a figura do insigne Codificador.

— É natural, então, que, na atualidade, exista mais do médium na mediunidade do que da mediunidade no médium?

— Sim, é natural, mas quem não possui bom senso não alcança esta compreensão. (79)

Depois de todas as admiráveis lições sobre mediunidade veiculadas através do Chico, num verdadeiro desdobramento de “O Livro dos Médiuns”, é possível se acredite possa ele agora participar de um diálogo tão primário e sem sentido como este?

Bem, pelo mesmo médium, no livro “Do Outro Lado do Espelho”, o “Dr. Inácio” faz a seguinte afirmação, referindo-se aos médiuns: – Nós, os considerados mortos, em matéria de mediunidade temos que nos contentar com percentagem: 30% nossos, 70% do médium... Quando, pelo menos, são 50% para cada lado, vá lá... Raro o médium que nos permite o empate. Isso sem falarmos nos médiuns que vivem colocando palavras inteiramente suas em nossos lábios: é um tal de termos dito, sem termos dito nada... (...) Os médiuns hoje querem improvisar... Quanta mistificação!... (160)

Esse Espírito que se intitula “Dr. Inácio” vem, ao longo de suas obras, fazendo uma terrível campanha de descrédito à mediunidade, ironicamente usando um médium para tal cometimento.

— Como médium, Chico, na recepção das mensagens ditas particulares, você necessitava de um contato prévio com os familiares encarnados do espírito comunicante?

— Ainda que fosse mínimo.

— Com qual objetivo?

— De estabelecer sintonia, facilitando o mecanismo que se coloca em funcionamento no diálogo que se estabelece entre encarnados e desencarnados. (70/71)

Esse Espírito sagaz vagarosamente vai ganhando a confiança do leitor para, repentinamente, dar um golpe dessa natureza, em que procura desmerecer a mediunidade de Chico Xavier, tentando igualá-la à de médiuns que agem dessa forma. Infelizmente, há exemplos concretos de médiuns que procuram inteirar-se de dados de familiares candidatos ao recebimento de mensagens, o que é verdadeiramente incompreensível num trabalho mediúnico sério.

Presenciamos várias vezes em Pedro Leopoldo e em Uberaba, durante reuniões públicas, pessoas serem colhidas de surpresa, ao receberem mensagens de parentes desencarnados, quase desmaiando de emoção, pelo fato de ainda estarem esperando para terem um primeiro contato pessoal com o médium, quando lhes chegava a mensagem rica em detalhes particulares. Essa resposta, atribuída ao Chico, tem a finalidade exclusiva de diminuir o valor de sua obra consoladora, tentando nivelar tudo por baixo!

— Os médiuns devem consentir que a Ciência os investigue?

— A Ciência materialista, não. Os métodos científicos com os quais se pretende investigar a autenticidade do fenômeno mediúnico não logram aferi-los subjetivamente. (72)             

A Ciência materialista nunca iria investigar a autenticidade do fenômeno mediúnico aferindo-o subjetivamente. Além do mais, não era essa a posição do Chico – de furtar-se à pesquisa – enquanto encarnado. Ele nunca se esquivou à investigação promovida por quem quer que fosse. Dentre as várias vezes que se submeteu a investigações, cite-se o seu encontro com Agripino Grieco, na União Espírita Mineira. Ali o famoso crítico literário pesquisou à vontade a sua psicografia, em memorável reunião em que se comunicou o Espírito Humberto de Campos.

— Os espíritos, por si mesmos, podem produzir fenômenos?

— Quanto mais intelectual a natureza do fenômeno, mais se impõe a necessidade da participação do médium. (75)

O médium declara publicamente que Chico foi a reencarnação de Kardec. Como, então, faz ele essa pergunta ao Codificador? Seria o caso de ele dizer que a resposta já foi dada há mais de um século, nas obras da Codificação. Além do mais, o que seria fenômeno intelectual? Seria psicofonia ou psicografia, em oposição a materialização? Depreende-se daí que quanto mais material é o fenômeno, menos é necessária a participação de um médium. Teria essa afirmativa a finalidade de justificar um caso de materialização sem o concurso de um médium, como foi apresentado na obra “Por Amor ao Ideal” (282/6)? Ali é afirmado que Edgar Alan Poe materializou-se sozinho. O ectoplasma usado para a produção do fenômeno teria sido retirado por ele próprio do cadáver de um bêbado, no cemitério, de onde teria caminhado até o consultório do Dr. Inácio.

— Certa vez, Emmanuel lhe disse que “não se tira nada de nada”... Que quer dizer?

— Em seu contato com os homens, o conteúdo do espírito se subordina ao conteúdo do médium. (75/76)

Entendendo-se essa estranha expressão “conteúdo do espírito” como significando “cabedal evolutivo”, fica difícil entender essa subordinação do espírito aos conhecimentos do médium. Será que o “conteúdo” dos Espíritos que dialogaram com Kardec se subordinava ao das jovens Baudin?

— Como interpretarmos a verdadeira avalanche de livros espíritas que têm sido publicados?

— Os espíritos, quanto os homens, têm o direito de apresentar o fruto de suas reflexões sobre a Vida além da morte. Cabe aos leitores avaliar a qualidade das obras editadas. (76)

Interessante notar que o “Dr. Inácio”, por esse mesmo médium, revela posição oposta, pois chegou a dar banana, não só na palavra, como também no gesto, para os espíritas que lhe criticaram a obra “Fundação Emmanuel” (135)

— Você é contra ou a favor do abortamento, em casos em que o feto esteja se desenvolvendo sem cérebro?

— Creio que o assunto seja pertinente ao livre arbítrio dos genitores, especialmente ao da mãe, mas, qual o significado se levar a termo uma gestação que, com os modernos recursos da Medicina, já se sabe de antemão comprometida do ponto de vista genético? Não seria penalizar, desnecessariamente, os familiares?

— A Medicina, todavia, não pode cometer enganos?

— Tudo o que é humano é passível de erro, mas não nos apoiemos em sofismas da inteligência para justificar pontos de vista extremistas que a Doutrina Espírita não defende.

— Impedir de o espírito reencarnar-se em um corpo sem cérebro não seria frustrar-lhe a possibilidade de reajuste?

— O espírito não reencarna em um corpo sem cérebro. (136/137)

O livro sob análise foi publicado em março de 2007. Nesse mesmo ano, apareceram nos jornais e na internet casos de sobrevivência de anencéfalos, evidenciando a presença de Espíritos ligados a esses corpos. A Medicina pode detectar a inexistência de um cérebro normal, mas terá condições de detectar algumas células a que um Espírito esteja ligado? Quem pode afirmar que não se trata de caso semelhante àquele intitulado “Gestação Frustrada”, no cap. XIII, 2ª Parte, do livro “Evolução em dois Mundos”, ou seja, o funcionamento de um processo educativo para a mãe? Como interromper o processo, sem o conhecimento real das causas determinantes?

O mesmo posicionamento em relação à anencefalia e ao estupro foi defendido na obra “Fala, Dr. Inácio”. Agora, esse Espírito tenta respaldar-se no nome respeitável de Francisco Cândido Xavier...

— Em caso de estupro, é lícito o abortamento?

— Em casos de estupro, a única vontade que deve prevalecer e ser respeitada é a da mulher que foi vítima de semelhante agressão. (140)

Nada foi perguntado a respeito de quem deve decidir sobre o abortamento ou a manutenção da gravidez. Atente-se para a falácia da resposta: ao invés de discutir a licitude do ato, declara o direito da mulher. Esse posicionamento é o mesmo contido na obra “Fala, Dr. Inácio” (128), e em todos os discursos de feministas extremadas que defendem o aborto generalizado.

— O espírito que reencarna através de uma violência sexual que se consumou é inimigo da mãe?

— Nem sempre; às vezes, inclusive, pode ser um espírito que tenha com a mãe laços de profunda afinidade espiritual. Nos casos de estupro, como em tantos outros de natureza provacional, há de se levar em consideração a chamada Lei de Compensação Cármica.

— O que é a Lei de Compensação Cármica?

— É o poder com que Deus facultou a Vida de transformar o Mal em Bem. (141)

Fica difícil entender como alguém que considera um estupro como acontecimento de natureza provacional – e considera essa Lei de Compensação Cármica, que não se sabe de onde foi tirada – admita que a gravidez dele resultante possa ser interrompida sem novas e piores conseqüências.

Alongaríamos excessivamente este trabalho se fôssemos analisar todos os pontos que nos parecem duvidosos na obra. Não podemos comentar tudo, sem escrevermos um outro livro.

Entretanto, alguns pontos devem ser ressaltados:

Francisco Cândido Xavier teve pouca escolaridade na sua última encarnação, mas sempre respondia com sabedoria, segurança e objetividade as perguntas que lhe eram formuladas. Quem o assistiu na televisão, ou leu os diálogos que, em várias ocasiões, ele manteve com jornalistas, deve fazer comparação com a pobreza das respostas que são registradas, em seu nome, na obra ora em análise. Em verdade, certas respostas só poderiam ser pobres, diante da trivialidade das perguntas.

Chico deixou pouca coisa escrita de sua lavra pessoal, mas não há nada que se compare à banalidade disso que está sendo atribuído a ele. Ao longo de sua vida, sua sabedoria foi-se revelando, sobrepondo-se à pouca escolaridade que teve na infância. Ele, como Espírito inteligente, dedicado, além de fazer vir à tona conhecimentos de sua bagagem espiritual, muito se enriqueceu na convivência com os Benfeitores que lhe usavam as faculdades e lhe partilhavam os dias.

Para aqueles que dizem ser ele a reencarnação de Kardec, a situação é mais delicada, pois se admitem que Chico tinha de ser assistido por Benfeitores Espirituais para responder as perguntas, face à sua pouca escolaridade na última encarnação, agora, com a memória integral, Chico / Kardec não responderia com profunda sabedoria?           

Se Chico Xavier foi a reencarnação de Kardec, fica difícil conciliar a trivialidade dos assuntos que lhe foram submetidos agora, e algumas respostas evasivas, com a postura do grande educador, sociólogo, teólogo, cientista, humanista, que teve capacidade para inquirir Espíritos Superiores sobre os assuntos pertinentes à Codificação, dialogando com eles, de igual para igual, a fim de codificar a Doutrina Espírita. É também difícil conciliar aquela nobre figura tão bem descrita por Humberto de Campos, no livro “Cartas e Crônicas” (cap. 28), com essa figura tão disponível para um bate-papo informal, superficial, aqui na face da Terra. Ou seria nos Altos Planos de onde ele saiu para comparecer àquela memorável reunião na noite de 31 de dezembro de 1799? Ou será que o médium foi lá a fim de entrevistá-lo?

Ficam aí, Irmãs e Irmãos, nossas observações, colocando-nos, por nossa vez, à sua disposição para ser analisado.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita