Elza
me pergunta se vale a pena ler o
livro A
vida de Jesus, de Ernesto
Renan.
Renan
foi, como se sabe, um grande
escritor, mas, dada a sua irreverência
típica, em seu livro a imagem de
Jesus não é tratada com o
respeito devido. Eis o que Kardec
disse sobre referida obra: "Vê-se
assim que todas as suas apreciações
decorrem da idéia de que o Cristo
só tinha em vista as coisas
terrestres. Várias mulheres –
diz o Sr. Renan – proviam as
suas necessidades. E ele e os apóstolos
eram vivedores, que não
desdenhavam as boas mesas. Joana,
a mulher de Cusa, um dos
intendentes de Antipas, Suzana e
outras, que ficaram desconhecidas,
o seguiam sem cessar e o serviam,
afirma o Sr. Renan. Algumas eram
ricas e punham, por sua fortuna, o
jovem profeta em posição de
viver sem exercer o ofício que
tinha exercido até então.” (Revista
Espírita de 1864, pp. 164 e 165.)
Kardec
refere-se a Renan em quatro
momentos: na Revista Espírita de
1864, pp.
134 a
136; na Revista Espírita de 1864,
pp.
161 a
167; na Revista Espírita de 1866,
p. 271, e na Revista Espírita de
1867, pp.
136 a
139.
Concluindo,
diremos à leitora que ler
semelhante livro será
interessante tão-somente como
forma de entretenimento, mas não
espere encontrar nele algo que nos
edifique.