Quando o
Parlamento
holandês
aprovou
o
projeto
de lei
que
tornou
legais
naquele
país o
suicídio
e a
eutanásia,
a
medida,
que
repugnou
a todos
nós,
apenas
formalizou
o que os
médicos
holandeses
vinham
praticando
desde
1993. E
a
Holanda,
uma
nação em
que 54%
da
população
se diz
cristã,
inscreveu-se
como o
primeiro
país do
mundo a
legalizar
a
eutanásia.
Segundo
dados
divulgados
na época
pelos
jornais,
2.216
holandeses
morreram
em 1999
– antes
portanto
da
aprovação
da lei –
com a
ajuda
dos
profissionais
da
Medicina,
que
conhecem
muito
bem o
juramento
de
Hipócrates,
reiterado
na
colação
de grau
dos
formandos
em
Medicina,
o qual
afirma
que cabe
ao
médico
lutar
pela
vida,
nunca
pela
morte.
Diversas
tentativas
têm sido
feitas
no mundo
todo
para
legalizar
a
eutanásia,
um tema
que vem
produzindo
polêmicas
desde
1903,
quando o
Parlamento
da
Alemanha
vetou
proposta
nesse
sentido.
Dez anos
atrás, o
Estado
americano
do
Oregon
aprovou
iniciativa
semelhante,
mas a
Suprema
Corte
dos
Estados
Unidos
impediu
que o
assunto
prosperasse,
dada a
sua
flagrante
inconstitucionalidade.
Os
defensores
da
eutanásia
dizem
que a
lei
holandesa
é
importante
e mesmo
muito
boa
porque,
segundo
seus
termos,
só
alcança
adultos
com
doenças
incuráveis
e que
estejam
sofrendo
de forma
insuportável.
Por que,
então,
negar-lhes
atendimento,
se esse
é o seu
desejo?
O
argumento
é, não
há
dúvida,
irrespondível
no campo
do
materialismo,
que
apenas
vê o
corpo e
não se
dá conta
da alma
nem dos
destinos
do homem
na
Terra.
No livro
O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
cap. 5,
item 28,
São Luís
(Espírito)
trata do
assunto
e lembra
que o
espírita,
que sabe
o que se
passa
além-túmulo,
“conhece
o valor
do
último
pensamento”.
Ora, as
vicissitudes,
as
amarguras
e os
sofrimentos
existem
não para
nos
abater,
mas para
serem
vencidos.
Se não
forem
suportados
com
coragem
e
resignação
até o
fim, a
prova
deverá
ser
repetida.
É isso
que
desejamos
para os
nossos
pais e
amigos?
Será
justo,
por
causa
dos
sofrimentos
de
algumas
horas ou
alguns
dias,
que eles
percam a
prova
toda?
Não.
Certamente
que
ninguém
deseja
isso
para o
seu ente
querido.
Eis aí,
pois, a
razão
que
levou
São Luís
a
escrever,
reportando-se
à pessoa
que
padece,
sem
muitas
esperanças,
sofrimentos
amargos:
“Suavizai
os
últimos
sofrimentos
tanto
quanto
vos seja
possível
fazê-lo;
mas
guardai-vos
de
encurtar
a vida,
ainda
que seja
apenas
por um
minuto,
pois
esse
minuto
pode
poupar
muitas
lágrimas
no
futuro”.
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