Raul Teixeira
abrilhanta as
comemorações dos
25 anos de
Espiritismo no
Reino Unido
A tarde de
domingo era
tipicamente
londrina,
temperatura não
muito alta com
um céu encoberto
e nublado, mas
tivemos a
felicidade de
sentir o sol
brilhar
intensamente em
nossos corações
com os eflúvios
instrutivos e
amorosos dos
ensinamentos
recebidos por
intermédio do
querido orador
José Raul
Teixeira.
Em uma série
de
compromissos
pela Europa,
Raul esteve
em Londres
para
proferir
algumas
palestras
promovidas e
organizadas
pela British
Union
Spiritist
Societies -
BUSS, em
parceria com
vários
grupos
espíritas da
capital
inglesa. Uma
das
palestras
foi
realizada
no dia 30 de
março, na
Oxford House,
em Bethnal
Green, sede
da Sir
William
Crookes
Spiritist
Society, em
comemoração
dos 25 anos
de
Espiritismo
no Reino
Unido
(fotos).
Para dar início
aos trabalhos
daquela tarde, a
prece inicial
foi feita pela
confreira Janet
Duncan,
precursora do
Movimento
Espírita na
Inglaterra.
O tema escolhido
pelo orador foi
o livro A
Gênese, os
Milagres e as
Predições
segundo o
Espiritismo,
mais
especificamente
o capítulo XIV,
que fala sobre
os fluidos. Ele
começou dizendo
que falar sobre
a Gênese, que é
o último livro
da Codificação,
que está em 2008
completando 140
anos, é algo
encantador e
complexo. É nele
que Allan
Kardec, na
introdução,
diz-nos o que é
a Doutrina dos
Espíritos e por
que é ela
chamada de O
Consolador,
além de mostrar
como é Deus à
luz do
Espiritismo e
focalizar a
gênese do
Universo
propriamente
dita, a origem
das terras, os
espaços, enfim,
estudos
fantásticos que
nos levam à
reflexão sobre a
grandiosidade da
Criação.
Aprofundando-se
mais no capítulo
citado,
dissertou sobre
o fluido cósmico
universal,
velho conhecido
dos antigos
filósofos que
atualmente os
astrofísicos
estão chamando
de matéria
escura, por
falta de outro nome,
segundo o
próprio o
palestrante.
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Falou sobre o perispírito,
sobre sua
composição,
sobre a
semelhança
existente na
base
material de
todos os
corpos e da
capacidade
de serem
manipulados
de formas
diferentes.
“Nos somos
deuses”,
afirmou,
então,
explicando
que podemos
alterar a
disposição
dos átomos e
conseguir
matérias
diferentes e
que podemos
e devemos
usar isso
para nos
auxiliar no
que se
refere à
cura, que
ocorre de
acordo com a
possibilidade
que temos de
alterar a
disposição
das células
doentes.
“Quando
ativamos o
fluido
cósmico
universal,
ele ganha
qualidade,
adquire a
qualidade
que lhe
damos, que
podem ser
calmantes ou
irritantes,
salutares ou
não.” |
Voltamos a ser
vistos como um
todo
e não mais como
partes
Raul falou, em
seguida, sobre a
importância de
mantermos nossas
energias
equilibradas e
com maestria
explanou acerca
dos plexos, dos
centros de força
e suas funções,
ressaltando que
toda doença no
corpo físico é
resultante do
descontrole do
centro
energético.
Dissertou sobre
a medicina
holística dos
tempos antigos,
lembrando que
felizmente
estamos voltando
ao antigo
conceito e a
sermos vistos
como um todo e
não mais como
partes, como
especialidade,
frutos da escola
positivista que
muito auxiliou
no
aprofundamento
dos
conhecimentos em
todas as áreas,
mas se revelou
insuficiente
para auxiliar o
ser humano como
um todo.
Afirmou, então,
que muitas vezes
o ser humano
sofre
fisicamente sem
causas
aparentes, mas
que muitas
febres são
frutos de um
sistema
emocional
desequilibrado
ou mesmo de
resquícios de
erros
pretéritos, de
vidas passadas,
que se mantêm em
nosso psiquismo,
causando mazelas
físicas, agindo
em nós como uma
equivocada
forma de
autopunição.
Com ênfase falou
sobre a
importância do
passe, da
qualidade
energética a ele
necessária e,
sobretudo, da
qualidade moral
do médium
curador,
fundamental para
o
desenvolvimento
de tal trabalho,
e explicou como
encarnados e
desencarnados
trabalham juntos
durante o
tratamento da
fluidoterapia.
Na parte final
alertou para a
responsabilidade
que temos
perante nós
mesmos, e disse
que precisamos
ter mais lucidez
com relação à
cura. Podemos
tomar passes
todos os dias,
“na veia” como
ele mesmo
brincou, mas se
não fizermos a
nossa reforma
íntima, nenhuma
célula se
regenera.
Quantas pessoas
que retiram
parte dos seus
órgãos enfermos
e tudo fica bem
por um tempo,
mas depois
adoecem
novamente!...
“Faze a tua
parte e os céus
te ajudarão”,
disse o
palestrante,
recordando
conhecidas
palavras de
Jesus.
Pensamentos
nobres imprimem
uma
freqüência mais
alta aos fluidos
Comentou que o
número de
pessoas com
câncer cresce a
cada dia,
observando que
não podemos
deixar que os
venenos do ódio,
da angústia, da
maledicência nos
encharquem a
alma,
danificando
corpo e
espírito. É
preciso ter
coragem de
mudar, sem usar
de desculpas,
porque
geralmente
queremos
soluções
exteriores para
os problemas que
são íntimos, que
pertencem à
alma. Nesse
ponto lembrou
mais uma vez
palavras de
Jesus, que
disse: “A cada
um será dado
segundo sua
obras”.
Quando explicou
como devemos
proceder para
mudar a
qualidade dos
fluidos que
existem dentro
de nós mesmos,
Raul disse com a
beleza de
exemplos que lhe
é peculiar:
“Naturalmente,
todos os fluidos
que emitimos
saem com a
freqüência dos
nossos
pensamentos.
Quanto mais
elevados sejam
nossos
pensamentos em
quaisquer áreas,
eles imprimem
uma freqüência
mais alta aos
fluidos; por
isso é que
brilham os
fluidos dos
Espíritos
angélicos, das
almas nobres. É
por causa da
intensidade, da
freqüência
vibratória com
que eles pensam,
com que eles
agem. Nós
ampliamos a
freqüência de
nosso pensamento
quando nossos
pensamentos
passam a ser
nobres, dignos,
bondosos, não
somente na área
religiosa, mas
em tudo quanto
façamos. Não foi
à toa que Cristo
disse que
quando os teus
olhos forem bons
todo teu corpo
terá luz. Quando
a nossa visão de
mundo melhorar,
quando
aprendermos a
olhar as coisas
com maturidade,
então teremos
um perispírito
mais bem
aquinhoado e o
nosso corpo terá
saúde”.
Esse brilho
–
lembrou o
palestrante
–
tem um sentido
figurado e um
sentido real,
porque
perispiritualmente
nós realmente
brilhamos,
emitimos essa
claridade e
fisicamente
podemos ter um
corpo mais
saudável.
Tudo se iniciou
há 25 anos,
graças
aos esforços de
Janet Duncan
Nas comemorações
dos 25 anos de
Espiritismo no
Reino Unido não
podemos ignorar
os esforços da
precursora desse
movimento, a
confreira Janet
Duncan.
Janet, 25 anos
atrás, reunia na
sala de sua casa
em Walthamstow,
na região norte
de Londres, seis
ingleses que a
partir de então
começaram a se
interessar pelas
questões
espirituais. Foi
Janet quem,
depois de viver
por 30 anos no
Brasil, trouxe à
sua terra natal
os ensinamentos
de Allan Kardec.
Mais de duas
décadas se
passaram e
daquele pequeno
grupo nasceu o
Allan Kardec
Spiritist Group
(AKSG),
presidido por
ela durante
todos esses
anos. Realizada
por ter chegado
até aqui, mas
ainda um pouco
desapontada por
não ter
realizado mais,
ela diz que
muito ainda tem
de ser feito em
termos de
Espiritismo no
Reino Unido, mas
que muito já se
conseguiu e, que
com o passar dos
anos, muitos
espíritas vêm
trabalhando no
Movimento de uma
maneira mais
séria.
Adverte-nos que
não podemos
perder as bases
da Codificação,
afirmando que a
nossa bíblia
são os cinco
livros de
Kardec. Ressalta
a importância de
se entender a
história e a
cultura do país
onde se vive
para, a partir
daí, trabalhar
os ensinamentos
espirituais da
maneira mais
aceitável pelas
pessoas do
lugar.
Janet Duncan,
que completa 80
anos em 2008,
diz que a saúde
já não lhe
permite fazer
muito e que, por
isso, deixará de
presidir o AKSG
em breve, mas
que estará
sempre por
perto, para
auxiliar quando
for preciso.
Brincando, diz
que já pediu um
prazo extra de
20 anos a mais
de vida e que
nesse tempo
pretende se
dedicar às
traduções de
quantas obras
forem possíveis,
concluindo assim
sua tarefa.
“Vamos ver se
eles me dão”,
finalizou
sorrindo.
Colaborou nesta
reportagem a
jornalista
Patricia
Voltolin, autora
das fotografias
que a ilustram.